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Sabe-se que a caudalosa produção artística ocorrida em Minas, durante o século XVIII, aflorou no momento em que as vilas e arraiais erguiam seus templos religiosos. Tais obras foram possíveis por intermédio do patrocínio das poderosas irmandades, que detinham grandes riquezas e se empenhavam em erguer igrejas e
capelas. A arquitetura desses templos religiosos é destaque na paisagem das cidades onde se encontram, mas foi em seus interiores que a arte se fez intensamente presente por meio, principalmente, da pintura e da talha dourada.
Esta última foi utilizada como elemento de composição ornamental e, sobretudo, como veículo de divulgação dos preceitos católicos contrarreformistas, delimitados pelo Concílio de Trento (1545-1563) e que em Minas foram amplamente divulgados.
São muitas as considerações que se pode fazer sobre esse fértil ciclo de produção artística, contudo, tem como finalidade este texto analisar algumas questões referentes às oficinas que estiveram a serviço da produção da talha na Capitania de Minas, no correr do século XVIII. Visto preexistirem alguns vazios a
respeito do assunto, frutos da estagnação de pesquisas em arquivos históricos que impossibilitam germinar novas discussões sobre a produção da arte local.