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Advisor(s)
Abstract(s)
As profissões de ajuda, como a enfermagem têm sido descritas pela maior parte dos autores, como profissões que implicam um grande desgaste físico, mental e emocional dos profissionais. O stresse e o burnout, são conceitos que estão presentes no dia a dia dessas profissões, e que se mostram relevantes no seu desenvolvimento.
Por outro lado, estes conceitos incidem não só sobre a população de profissionais activos, mas também nos pré-profissionais, ou seja nos estudantes. Sujeitos a diferentes tipos de pressões, os estudantes desenvolvem estratégias de coping, que não são necessariamente as dos profissionais, e que podem ou não ser eficazes.
É com estas ideias em mente, que se desenvolve este trabalho, realizado com uma amostra de 116 alunos do Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Beja, e em que se procurou avaliar um conjunto de indicadores (Stresse, Coping e Burnout) associados à actividade académica.
Os dados foram recolhidos através de quatro instrumentos: Questionário Sócio-Demográfico, 23 QVS – Questionário de Vulnerabilidade ao Stresse (Serra, 2000), Coping Job Scale de Latack (1986), adaptado por Jesus e Pereira (1994), e o Maslach Burnout Inventory (Maslach & Jackson, 1986) traduzido e adaptado por Cruz (1993) e Cruz e Melo (1996).
Os resultados revelaram que uma percentagem significativa de alunos, cerca de 20% estão vulneráveis ao stresse, mas que no entanto, a sua maioria não demonstra níveis elevados de burnout. Verificou-se que os mecanismos de coping mais utilizados pelos alunos em situações de mal-estar foram as estratégias de controlo. Não se verificou influências das variáveis demográficas sobre nenhum dos três itens em estudo (Stresse, Coping e Burnout). Por outro lado, na análise de relações entre estes itens, verificou-se nomeadamente: menor vulnerabilidade ao stresse em estudantes que usam estratégias de controlo; índices de burnout (menor exaustão emocional, menor despersonalização e maior realização profissional) directamente relacionados com o uso de estratégias de Controlo; índices de burnout (maior exaustão emocional, maior despersonalização e menor realização profissional) directamente relacionados com o uso de estratégias de Escape.
Description
Dissertação de mest., Psicologia, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2008
Keywords
Enfermagem Alunos Stresse Coping Burnout