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Abstract(s)
Apesar de ser um destino de férias icónico, motivando anualmente milhões de visitas, o
Algarve está longe de ser um território muito representado na literatura. Ainda assim,
escritores locais como João Lúcio, Emiliano da Costa, Manuel Teixeira Gomes, Cân dido Guerreiro ou Lídia Jorge, e escritores de fora do Algarve, como Raul Brandão,
Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner e José Saramago presenteiam os leitores com
as paisagens algarvias desenhadas pelas suas palavras.
Não cabe neste prefácio a procura de uma explicação para o vazio na representação
literária da paisagem de um território tão visitado por portugueses e estrangeiros, antes
o regozijo pela viagem ao Algarve que nos é proporcionada pela poesia de Salvador
Santos. Uma verdadeira revisitação de um território que, não sendo vasto, é heterogé neo, tanto na sua geografia física, que se compõe de serra, barrocal e litoral (sotavento
e barlavento), como na sua geografia humana, na inevitável distinção entre a gente da
serra, a gente do mar, a gente do campo, a gente da cidade e os visitantes (viajantes e
turistas). É sobre este mapa físico que Salvador Santos, poeta-viajante, apresenta aos
leitores um eu-poético que desenha o seu mapa do Algarve, a sua Cartographya.
Constituído por um conjunto de poemas que nos conduzem à descoberta da
região, partindo de Alcoutim em direção a Sagres, este livro de paisagens é um precioso contributo para a construção de uma cartografia literária da região. Note-se que
estes poemas não foram escritos com o objetivo de produzir um volume dedicado ao
Algarve. Poemas que resultam das deslocações do poeta pelo território, dos momentos
de pausa nessas deslocações e da sua posterior organização.
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Keywords
Literatura comparada Estudos em literatura e turismo Poesia Algarve
Citation
Publisher
Universidade do Algarve, CIAC - Centro de Investigação em Artes e Comunicação