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Authors
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Abstract(s)
Os ácidos gordos (AG) essenciais presentes nas dietas são tidos como
factores críticos no sucesso do cultivo larvar. Tem sido dado um maior
destaque aos ácidos docosahexaenóico (DHA) e eicosapentaenóico (EPA)
devido às suas funções na integridade celular membranar e predominância nos
tecidos. A importância do ácido araquidónico (ARA) no crescimento,
sobrevivência e resistência ao stress é também cada vez mais reconhecida.
Realizou-se um estudo para determinar os efeitos que diferentes
concentrações de ARA em microdietas causam no crescimento, sobrevivência
e perfil de ácidos gordos das larvas de dourada. As larvas foram alimentadas
durante 25 dias com microdietas, incluindo um período inicial de coalimentação
com rotíferos enriquecidos. Foram testadas, em triplicado, quatro
microdietas experimentais que diferiam nos níveis de ARA, variando entre 0,4%
e 3,0% da matéria seca (ARA0,4/ ARA0,8/ ARA1,5/ ARA3,0). As microdietas
apresentavam níveis de HUFA n-3 de 4,6% e um rácio DHA/EPA de 1,4.
Mediu-se o crescimento com base no peso seco e taxa de crescimento relativo,
e obteve-se a sobrevivência por contagem directa. O perfil em AG dos lípidos
totais das larvas foi determinado por cromatografia em fase gasosa. Após 34
dias, não se registaram diferenças significativas no crescimento e
sobrevivência, apesar de existir uma tendência nos tratamentos intermédios
para um menor crescimento. A composição lipídica dos tecidos reflectiu o perfil
de AG das dietas, particularmente quanto ao ARA. O DHA manteve-se
constante, enquanto o EPA diminuiu com o aumento de ARA, mesmo com
níveis semelhantes de EPA nas dietas, sugerindo uma competição entre estes
AG para a incorporação nos tecidos. Até 1,5% nas dietas, o ARA mostrou ser
preferencialmente depositado nos tecidos, sendo metabolizado em
concentrações superiores (3,0%). O DHA e alguns AG saturados foram
preferencialmente retidos enquanto que o EPA e os ácidos linoleico (LA), α-
linolénico (ALA) e oleico (OA) foram metabolizados, provavelmente para fins
energéticos.
Nas condições testadas, as larvas de dourada mostraram uma boa
tolerância à variação de ARA nas dietas, de 0,4% a 3,0%. No entanto, o
crescimento não foi afectado nem se verificou uma melhoria da sobrevivência.
Description
Dissertação mest., Aquacultura e Pescas, Universidade do Algarve, 2009
Keywords
Teses Piscicultura Dourada Larvas Alimentação Ácidos gordos Sparus aurata