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Publicado em 1950, Festa Redonda é um livro de poeta proteiforme, extasiado com
a substância telúrica e literária da sua terra natal. A força apelativa dos poemas
coligidos nesta obra provém em grande parte da literatura de transmissão oral, à qual a criatividade nemesiana dá o cunho de poesia individual e original. A euforia do telurismo e da oralidade artística de Festa Redonda interage com as características
da poesia moderna que percorrem grande parte da poesia de Vitorino Nemésio: a austeridade e a ideia obsidiante de vazio.
A poesia de Festa Redonda, radicada nas fontes remotas da iniciação humana e literária de Vitorino Nemésio (quadras e outros géneros literários orais, com os quais
ele conviveu desde a infância), é, numa palavra, um macrodiscurso festivo que nunca
deixará de o acompanhar enquanto poeta de expressão e de conteúdos múltiplos e
versáteis. Ler estes textos é por isso entrar de algum modo na individualidade de um
espírito criador que demanda e constrói a sua própria (uni)diversidade idiossincrásica
em comunhão com a oralidade literária da sua comunidade.
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Keywords
Dieta mediterrânica