Browsing by Author "Macedo, Carmen Suzel Pais"
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- Apoio social, acontecimentos de vida negativos e adaptação em famílias com menores em risco psicossocialPublication . Macedo, Carmen Suzel Pais; Nunes, CristinaNo contexto atual de proteção à infância, as famílias em situação de risco psicossocial constituem uma realidade, com a qual as instituições e os profissionais se deparam e ainda pouco estudada em Portugal. As famílias têm de lidar com inúmeros acontecimentos de vida negativos que comprometem o adequado exercício das suas funções parentais. Neste trabalho analisámos o perfil psicossocial, a coesão e adaptação familiar, os acontecimentos de vida stressantes e de risco das suas trajetórias de vida e circunstâncias atuais, o seu impacto emocional, o apoio social percebido das famílias com menores em risco, a forma como se associam entre si e com as diversas características sociodemográficas. Foram entrevistados 51 participantes, 33 do sexo feminino e 18 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 16 e os 57 anos de idade, resultando uma média de idade de 36,33 anos (DP = 7,98), acompanhados pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Faro. Foram avaliadas as seguintes dimensões: adaptação e coesão familiar, acontecimentos de vida stressantes ou negativos, apoio social percebido em situações normativas e de risco e o perfil psicossocial dos participantes. Os resultados mostraram que as famílias com menores em risco psicossocial apresentam elevada taxa de desemprego, precaridade educativa, económica e profissional, elevado número de acontecimentos de vida negativos atuais e passados relacionados sobretudo com problemas psicológicos, económicos, profissionais e conjugais que são vivenciados com elevado impacto emocional. Ao nível do funcionamento familiar, os níveis de coesão foram superiores aos de adaptação familiar. Os participantes reportaram uma necessidade mais elevada de apoio emocional do que informativo ou material. A fonte de apoio social das famílias é constituída principalmente por familiares e amigos, que experienciaram um reduzido apoio de profissionais. As famílias evidenciaram importantes necessidades, entre as quais o apoio social e as intervenções psicossociais assumem um papel essencial nos contextos familiares de risco.
- Famílias em risco psicossocial: funcionamento familiar, competências parentais, apoio social e bem-estarPublication . Macedo, Carmen Suzel Pais; Nunes, CristinaO contexto português do sistema de proteção à infância tem vindo a ser objeto de alterações profundas. De uma perspetiva assistencial baseada no défice evoluiu para formas de atuação muito mais positivas, preventivas e direcionadas para fortalecimento e preservação familiar. As famílias em situação de risco psicossocial constituem um grupo heterogéneo ainda pouco investigado em Portugal, com o qual os serviços se deparam cuja compreensão das circunstâncias contextuais e dinâmica familiar se revelam fundamentais, na medida em que a eficácia das intervenções depende da adequação às necessidades destas famílias. Na presente investigação foram analisadas as características de 247 famílias da população em geral, 131 famílias acompanhadas pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da região do Algarve e entrevistados 21 profissionais que exerciam funções de técnicos coordenadores dos processos na respetiva instituição. Utilizámos o inventário de Situações Estressantes e de Risco, a entrevista estruturada de Apoio Social de Arizona, a escala de Apoio Social para Situações Vitais Estressantes, a escala da Coesão e Adaptação Familiar, a escala de Comunicação Familiar, a escala de Competências Parentais Percebidas, o questionário de Saúde Geral (GHQ 28), as escalas de Bem-estar Infantil, o questionário de Perceção de Risco pelos Profissionais e um questionário de dados sociodemográficos e familiares. As famílias em situação de risco apresentaram um perfil psicossocial caracterizado por baixo nível educativo, elevada precariedade económica, profissional e também um nível de médio de risco. Estas famílias evidenciaram índices mais elevados de acontecimentos de vida stressantes com elevado impacto emocional do que as famílias normativas. As famílias em risco reportaram uma necessidade mais elevada e significativa em todos os tipos de apoio do que as famílias normativas, em especial a nível emocional. A idade da criança, o tipo de trabalho, os acontecimentos de vida stressantes e de risco constituíram os preditores mais significativos da saúde mental dos pais. A idade, o sexo da criança e a saúde mental dos pais revelaram-se os preditores mais robustos do bem-estar infantil. Foram discutidos os principais fatores de risco e de proteção, necessidades de apoio e de intervenção a ter em consideração pelos profissionais dos distintos serviços que conduzam à implementação de projetos, programas de intervenção e desenvolvimento de políticas sociais eficazes, com vista à promoção e proteção efetiva da infância e famílias.
