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- Cartografia e estimativa da biomassa de macrófitas aquáticas nas lagoas da Vela e das Baças (Centro Litoral de Portugal) utilizando a técnica de detecçäo remotaPublication . Alface, Isabel Cristina; Boski, T.As zonas húmidas constituem ecossistemas de grande importância em termos de biodiversidade e produtividade, podendo a vegetação aquática, que normalmente lhes está associada, contribuir, de forma significativa, para a sua caracterização como unidade de paisagem.
- The activity of methaemoglobin reductase in toadfish (Halobatrachus didactylus) and gilt head sea bream (Sparus aurata)Publication . Aníbal, J.; Bicho, M.The erythrocytes intracellular oxidative stress oxidizes the haemoglobin forming methaemoglobin, which is nonfunctional. To oppose this formation fishes have an enzyme that reverses the process called methaemoglobin reductase. In vitro activity of the methaemoglobin reductase was determined in two marine fishes with different habitats and behaviours (Halobatrachus didactylus and Sparus aurata). The KM and Vmax, were determined through the Eisenthal and Cornish-Bowden Plot. The basis for this study is that the methaemoglobin reductase system has very active ferricyanide reductase activity, using NADH as the electrons donor. Halobatrachus didactylus showed higher values of methaemoglobin reductase activity (38.9 mmol NAD+/min/gHb) than Sparus aurata (27.8 mmol NAD+/min/gHb). The reductase of Halobatrachus didactylus had, for both substrates, higher values of KM (potassium ferricyanide: 0.133 mM, NADH: 0.067 mM) and lower values of Vmax (potassium ferricyanide: 0.097 min-1; NADH: 0.025 min-1), than Sparus aurata (potassium ferricyanide: KM=0.092 mM, Vmax=0.176 min-1, NADH: KM=0.032 mM, Vmax=0.062 min-1). The results indicated that Halobatrachus didactylus’s methaemoglobin reductase had high antioxidant efficiency, although that one of the Sparus aurata had more sensitivity to the presence of low concentrations of methaemoglobin. The meaning of this different behaviour, at the moment can not be envisaged.
- Dinâmica dos nutrientes na Ria Formosa: efeitos da interacçäo da laguna com as suas interfaces na reciclagem do azoto, fósforo e sílicaPublication . Falcão, Manuela Marinho; Bebianno, Maria João; Vale, CarlosA Ria Formosa é uma laguna costeira pouco profunda e mesotidal, com uma área húmida de cerca de 10 500 ha, situada na costa sul de Portugal. Este sistema lagunar funciona como nursery relativamente a grande número das espécies ictiológicas costeiras e as suas áreas intertidais são usadas na cultura extensiva de amêijoa e na produção piscícola. Pelo facto de ser uma laguna pouco proíúnda, as interacções entre o sedimento e a coluna de água reflectem-se intensamente na química da água. Nesta laguna o metabolismo bentónico envolve não só remineralização heterotrófica, mas também produção de matéria orgânica e consumo de nutrientes. Estas características, associadas a temperaturas elevadas de verão e a uma considerável pressão antropogénica, podem gerar situações pontuais de crescente stress ambiental e contribuem para uma grande variabilidade dos processos físicos, químicos e biológicos internos ao ecossistema, que condicionam a reciclagem dos nutrientes e a produtividade primária da coluna de água. Procedeu-se a um programa de amostragens na laguna e na zona costeira adjacente, para conhecimento dos ciclos biogeoquímicos dos nutrientes, tendo em conta as trocas sedimento-água, laguna-mar e efeitos de escorrências costeiras de ordem antropogénica e fluvial. As amostragens foram realizadas na coluna de água da laguna; na zona costeira adjacente e na água intersticial dos sedimentos superficiais para determinação de compostos dissolvidos de azoto, fósforo e sílica e no material particulado e sedimento superficial, para a determinação de compostos de carbono, azoto e fósforo. Estes estudos processaram-se em diferentes escalas de tempo; minutos, correspondentes ao início da inundação dos sedimentos intertidais; semi-diúrnas e quinzenais, correspondentes a ciclos de maré; mensais, correspondentes à produtividade primária do ecossistema. Os resultados obtidos mostraram globalmente que: (i) A variabilidade dos nutrientes na laguna é controlada sazonalmente e pelas trocas de massas de água com a zona costeira. O ciclo sazonal dos nutrientes é inverso do ciclo sazonal do fitoplâncton e, nas épocas do ano em que o consumo de nutrientes é excessivo estes são importados da zona costeira; (ii) Os inpuís antropogénicos de carbono, azoto e fósforo reflectem-se intensamente na camada superficial dos sedimentos intertidais, contrariamente ao que se verifica nas partículas em suspensão; (iii) A maré tem um efeito dinamizador na mistura de nutrientes dentro da laguna, nas trocas laguna-mar e nas trocas sedimento-água das zonas intertidais; (iv) As trocas sedimento-água nesta laguna, dependem notoriamente da temperatura, da qualidade do sedimento e da fauna bentónica; (v) As zonas intertidais são a principal fonte de enriquecimento nutritivo da coluna de água, contribuindo para a regulação dos ciclos de nutrientes na laguna.
- Estudo do recuo das arribas a leste de Quarteira (Algarve-Portugal) por restituiçäo fotogramétricaPublication . Correia, Filomena; Boski, T.A crescente necessidade de se obter informação precisa sobre a linha de costa, levou ao desenvolvimento de uma série de métodos, os quais variam grandemente em termos de abordagem e precisão. Um dos problemas que advém desta variabilidade é a produção de um grande número de dados, a partir de métodos diferentes, dificultando ou mesmo inviabilizando a sua comparação. Este é o caso dos dados publicados sobre o recuo das arribas situadas a leste de Quarteira (Algarve, Portugal). Para a realização deste estudo foi restituída fotografia aérea vertical de vários anos, utilizando um estereo-restituidor analítico de grande precisão. Adicionalmente, apresentamse estimativas da precisão em altimetria e planimetria, tendo em conta os parâmetros que influenciam o cálculo dessas precisões. Os resultados obtidos indicam que este troço do litoral está sujeito a um recuo acelerado, reflectindo uma intensa actividade antrópica. Até ao início dos anos 70 todo o troço estudado apresentou valores de recuo da ordem de 0.5 m/ano, sugerindo um processo de erosão "natural". Após a construção das estruturas de Vilamoura - Quarteira registou-se um aumento das taxas "naturais" para mais do dobro, atingindo-se um máximo de 3.5 m/ano no sector mais próximo das estruturas, no período 1983/91. Este recuo é preocupante não só porque afecta as edificações existentes, mas também pelas perspectivas de evolução que apresenta. Será importante que se definam estratégias de gestão que possibilitem adopção de medidas minimizadoras que permitam acautelar este recuo.
- Litostratigrafia do neogénico terminal e plistocénico, na bacia centro-Algarve evolução paleoambientalPublication . Moura, Delminda; Boski, T.Bem conhecida até ao Miocénico, a Bacia Algarvia carecia de um estudo aprofundado para o Neogénico terminal e Quaternário. Quando me foi proposto o lema "Litostratigrafia do Quaternário no Algarve" e se fizeram as primeiras campanhas de campo, fui confrontada com um problema que se afigurou desde o início, deveras difícil: a separação de unidades terrígenas, de outras unidades igualmente terrígenas e aparentemente muito idênticas. Agrupadas sob uma única designação, as "Areias de Faro-Quarteira", de idade mal conhecida, encontravam-se cartografadas como Plio-Plislocénicas.
- Morfodinâmica de praias expostas: aplicação ao sector costeiro Aveiro-Cabo MondegoPublication . Ferreira, Óscar; Dias, Alveirinho; Andrade, César
- Biogeoquímica do manganês, ferro, cobre e cádmio em sedimentos da Ria FormosaPublication . Caetano, M.; Vale, Carlos Alberto Garcia do; Bebianno, Maria João da Anunciação FrancoA Ria Formosa é uma laguna costeira de características mesotidais, situada na costa Sul de Portugal, que apresenta pronunciadas variações sazonais de temperatura e radiação luminosa. As extensas zonas intertidais desta laguna são inundadas pela maré duas vezes por dia ficando, por isso, também sujeitas a flutuações semidiurnas de temperatura, pressão e radiação luminosa. Estas condições podem afectar os equilíbrios físico-químicos existentes no sedimento. Foi elaborado um esquema de amostragem de sedimentos em suspensão e de fundo em diversos locais da zona intertidal da Ria Formosa em duas escalas de tempo distintas: (a) uma escala sazonal, com o objectivo de estudar a influência das variações anuais de temperatura e os mecanismos por si desenvolvidos na composição elementar dos sedimentos; (b) ao longo de alguns minutos durante a inundação dos sedimentos pela água da maré, com objectivo de estudar o efeito da maré nos equilíbrios físico-químicos existentes no interior do sedimento. Nos sedimentos recolhidos sazonalmente foi medida a temperatura, o pH e o potencial redox, determinado o conteúdo em matéria orgânica e os teores de Al, Si, Mn, Fe, Cu e Cd na fracção sólida. Na água intersticial foram determinadas as concentrações de Mn(II), Fe, Cu e Cd totais dissolvidos. Nas amostras de água intersticial colhidas durante a inundação dos sedimentos foram determinadas as concentrações de Cl-, Mn(II), Fe(II), Fe(III), Cu e Cd totais dissolvidos. A variação do teor de cloretos na água intersticial indicou que a inundação dos sedimentos intertidais pela maré causa infiltração da água através da superfície do sedimento e movimentos de água intersticial no seu interior. Estes movimentos de fluídos ocorreram preferencialmente nas camadas de maior permeabilidade. As alterações ao equilíbrio dinâmico da água intersticial foram mais intensas nos primeiros 28 minutos de inundação, diminuindo ao longo do tempo. Os processos físicos acima referidos provocaram a exportação de Mn(II), Fe(III), Cu e Cd totais dissolvidos da água intersticial para a coluna de água e simultaneamente induziram a oxidação das espécies reduzidas de manganês e de ferro. O Mn(II) foi oxidado a Mn(IV) na camada superficial dos sedimentos e, também, exportado para a coluna de água. A oxidação do Fe(II) a Fe(III) ocorreu, por sua vez, no interior do sedimento numa curta escala de tempo (<7 min.), saindo para a coluna de água uma pequena porção de Fe(III). Estas alterações, provocadas pela inundação dos sedimentos intertidais, mascararam eventuais variações sazonais das concentrações de Mn e Fe na fracção intersticial dos sedimentos. Os perfis de Cu e Cd totais dissolvidos na água intersticial mostraram a existência de várias zonas de mobilização nos primeiros 4 cm de sedimento. A mobilização de Cu não apresentou uma variação sazonal enquanto que as concentrações de Cd mostraram um incremento no Verão. Neste período, o cálculo de fluxos difusivos indicou uma intensificação dos processos de transferência destes metais através da interface sedimento-água relativamente aos existentes no interior do sedimento. Os fluxos difusivos de Cu foram uma ordem de grandeza inferiores ao transporte advectivo associado à inundação pela maré, enquanto que para o Cd as estimativas dos fluxos difusivos e do transporte advectivo foram comparáveis. Em suma, os resultados obtidos mostraram que a distribuição destes elementos na água intersticial é reflexo do regime de transporte-reacção induzido pela inundação dos sedimentos intertidais, sendo para o Fe mais importantes os processos de reacção, enquanto que para o Mn, Cu e Cd os transportes advectivos são mais rápidos do que as reacções. Com base nestes resultados é proposto um modelo para os ciclos de Mn, Fe, Cu e Cd nas zonas intertidais de lagunas costeiras.
- Teores de mercúrio total em exemplares de peixe-espada-preto (Aphanopus carbo Lowe, 1839) capturados no arquipélago da madeiraPublication . Vasconcelos, Paulo da Conceiçao Silva; Bebianno, Maria JoãoO presente estudo teve por objectivo a determinação da concentração de mercúrio total no músculo, fígado e gónadas de peixe-espada-preto (Aphanopus carbo Lowe, 1839), espécie de profundidade (700 - 1300 metros) com elevada importância económica no sector das pescas do Arquipélago da Madeira.
- Estudo morfosedimentar da península de CacelaPublication . Matias, Ana; Dias, Alveirinho; Ferreira, ÓscarA Península de Cacela localiza-se no extremo oriental do sistema de ilhas barreira da Ria Formosa, caracterizado por possuir um carácter extremamente dinâmico, quer ao nível das movimentações sedimentares transversais, quer longilitorais. Devido à elevada vulnerabilidade em que o seu cordão dunar se encontrava foram realizados vários tipos de medidas de recuperação que incluem a alimentação artificial, a colocação de estacaria, a re-vegetação dunar e a colocação de passagens pedonais sobreelevadas. A presente dissertação visou por um lado a caracterização morfodinâmica da Península de Cacela e, por outro, a compreensão da evolução desta zona na sequência das intervenções, tentando encontrar formas de avaliar quantitativamente a sua eficácia. Para tal foi estabelecido um programa de monitorização que consistiu na realização mensal de perfis de praia emersa e na recolha de amostras de sedimentos de praia e de duna, embora com menor regularidade, e na realização ocasional de levantamentos topográficos em alguns locais da península. Foram ainda analisados dois anos de dados de agitação marítima, uma série de fotografias aéreas verticais (entre ~1940 e 1999) e a vulnerabilidade do cordão dunar através de uma checklist. A evolução recente da Península de Cacela (~1940 a 1999) caracterizou-se por uma substancial diminuição do cordão dunar, dado o significativo recuo da linha de costa, a migração para nascente da Barra do Lacém e o aumento das áreas de galgamento oceânico. Este processo conduziu a uma fragilização do cordão dunar desta península, tendo ocorrido ruptura total durante o inverno de 1995/96. No inverno seguinte (1996/97) as características desta península foram drasticamente alteradas pela implementação de um conjunto de medidas de recuperação dunar. A aplicação da checklist de vulnerabilidade dunar demonstrou uma melhoria das condições de praia e de duna devido às medidas de intervenção a que este troço costeiro foi sujeito. No entanto, a aplicação deste método a todos os corpos dunares da Ria Formosa revelou que, genericamente, os resultados são concordantes com as condições reais, mas existe necessidade de reformulação de certos parâmetros e índices. O material usado para a alimentação artificial das dunas da Península de Cacela possuía características granulométricas muito distintas das apresentadas pelas dunas naturais, tendo ocorrido aproximação granulométrica nos locais em que houve recuperação dunar por colocação de armadilhas de areia. Quanto à praia, verificou-se uma grande variabilidade longilitoral e temporal, já notória antes da realimentação. Esta heterogeneidade sedimentar pode constituir vi uma característica intrínseca deste troço costeiro, relacionada com uma fraca selectividade do agente de transporte, com a existência de variações longilitorais significativas da morfologia de praia emersa, ou com a existência de várias fontes sedimentares distintas. De um ponto de vista morfológico, a praia emersa apresentou variação entre dois estados distintos, o perfil de tempestade e o perfil de calmaria, desenvolvendo-se o primeiro numa escala de tempo relativamente curta, tendo-se observado que a recuperação para um perfil de calmaria foi relativamente lenta. Para uma análise quantitativa da evolução morfológica do perfil de praia foram estabelecidos cinco parâmetros, a que se designou por descritores (pendor da face, pendor do terraço, largura da berma, profundidade do runnel e volume de praia). O comportamento da praia, em termos de pendor de face, é relativamente coerente com a transição entre os dois estados da praia referidos, variação esta que se torna mais homogénea longitudinalmente no segundo ano analisado. Existe relativa concordância entre as variações volumétricas sazonais das zonas realimentada e natural, excepto no primeiro verão (1997), devido ao reajuste inicial da zona realimentada. Tendo sido efectuada a refracção dos dados de agitação para o litoral em estudo, foi efectuada a comparação entre a evolução dos vários descritores e as variações mensais e semanais da altura significativa da onda na rebentação (Hsb). Verificou-se que o pendor da face mostra dependência de Hsb média mensal na rebentação. A variação de volume da zona realimentada parece relacionar-se melhor com Hsb média semanal enquanto que a zona natural se relaciona com Hsb média mensal, o que pode ser um indicador de uma maior robustez da praia na zona onde se colocaram os dragados, ou resultar de uma fragilização da praia como consequência da remoção dos sedimentos da praia da zona dita natural, para colmatação dos galgamentos. Quanto ao depósito de dragados propriamente dito, ocorreu acentuada erosão (33% do total depositado) durante o período de monitorização. Estas perdas sedimentares foram mais acentuadas na zona adjacente à Barra do Lacém (45% da erosão registada) e nas zonas relativamente salientes do depósito, num processo que tende, provavelmente, para a linearização da frente da realimentação. Foram propostos métodos de avaliação da eficácia de alimentações artificiais e de estacaria de retenção de areia. A sua aplicação ao caso presente mostrou que o tempo de vida para o qual o índice de eficácia da realimentação é óptimo é de aproximadamente 14 anos. O método proposto de avaliação da estacaria mostrou que, globalmente, esta possui uma eficácia de cerca de 40%.
- Bivalves marinhos do miocénio superior (Tortoniano superior) de Cacela (Algarve, Portugal)Publication . Santos, Ana Alexandra Guerreiro dos; Boski, T.O conhecimento e estudo da jazida fossilífera da Ribeira de Cacela, remonta aos meados do século passado. O interesse por esta jazida centra-se principalmente na grande riqueza e diversidade da fauna malacológica, dos quais há a destacar o excelente estado de preservação que estes apresentam. Muito embora existam numerosos trabalhos sobre esta jazida, escasseiam trabalhos de descrição, figuração e classificação da principal fauna fóssil aí existente, nomeadamente bivalves e gastrópodes. Pretende-se assim, retomar o estudo da jazida da Ribeira de Cacela, mais concretamente o estudo sistemático da malacofauna de bivalves, tendo ainda como objectivo subjacente abordar esta paleocomunidade desde o ponto de vista paleoecológico e biostratigráfico. O material malacológico recolhido e analisado provem do membro inferior da Formação de Cacela, denominado por "Conglomerados e areolas fossilíferas da Ribeira de Cacela", mais especificamente da camada 3, e resultou de dois tipos de amostragem: amostragem por busca e amostragem volumétrica. Do estudo realizado foi possível identificar um total de 85 espécies e subespécies, duas das quais identificadas com sinais de nomenclatura aberta. Estas espécies dislribuem-se por 61 géneros agrupados por 29 famílias. Há a destacar que, destas 85 espécies identificadas, 36 são primeira referência para a zona. A análise tafonómica da oriclocenose em estudo permitiu determinar o seu carácter subautóctone. Apesar de ser pouco frequente a ocorrência de bivalves com ambas as valvas unidas e em posição de vida, algumas das características observáveis permitem supor para o conjunto da fauna fóssil um tempo de exposição reduzido c transporte pouco significativo, seguido de um enterramento relativamente rápido. Essas características são a ausência de orientação posí-moríem das conchas no substrato, a ausência de selecção de tamanho dos exemplares, a preservação de estruturas de ornamentação delicadas, a preservação de restos ligamentos calcificados, bem como um baixo grau de acção biológica nas valvas. O estudo da paleocomunidade de bivalves do seu ponto de vista paleoambiental, permitiu obter uma visão das condições ambientais então vigentes no local, indiciando para a área dc estudo a presença de um ambiente marinho litoral, com hidrodinamismo de baixa a moderada energia, profundidade estimada para valores entre 20-30 metros, salinidade marinha semelhante à actual, temperatura das águas superior à que actualmente se observa para as latitudes em que se encontra a área, com regime térmico tropical a subtropical. Relativamente ao modo de vida das espécies identificadas, há o destacar a predomínio das endobentónicas, com predominância de filtradores. Finalmente, a partir da análise da distribuição estratigráfica das espécies de bivalves identificadas foi possível deduzir uma idade Miocénica superior para os sedimentos da camada fossilífera em análise.