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- Suporte organizacional percebido e os seus efeitos na satisfação profissional e na perceção de desempenho numa IPSSPublication . Fernandes, Maria Adelaide Rosa Lourenço; Gonçalves, Gabriela; Viegas, MargaridaDesde há muito que os investigadores analisam e relacionam os preditores da satisfação profissional e do desempenho profissional. O sucesso organizacional encontram-se dependente do capital humano e, devido aos acontecimentos vivenciados na nossa sociedade atual, que acarretam um aumento da exigência, acumulação de funções e acréscimo de horas trabalhadas, é necessário compreender o que as entidades empregadoras conseguem oferecer para facultar melhores condições laborais, conduzindo assim para o sucesso profissional. Este projeto tem como objetivo avaliar a perceção do apoio organizacional numa IPSS, os seus efeitos na satisfação profissional e na perceção do desempenho dos seus colaboradores. Realizou-se um estudo quantitativo de análise descritiva e correlacional. As medidas utilizadas estão operacionalizadas sob a forma de escalas ordinais tipo Likert e foram aplicadas a 66 dos 73 funcionários da Santa Casa da Misericórdia em Castro Marim, com uma média de idades de 47 anos, maioritariamente do sexo feminina (n = 65) e 63% possui apenas o ensino básico. Tendo em conta os resultados obtidos, é possível concluir que a perceção de suporte organizacional é relevante para a satisfação do trabalho. Neste sentido quanto mais o colaborador se sentir apoiado pela organização onde trabalha, maior probabilidade de estar satisfeito. No entanto, ao contrario do que nos diz a investigação da revisão da literatura a perceção do seu desempenho individual não é influenciada pela perceção de suporte organizacional. Para complementar o projeto, realizou-se um segundo estudo qualitativo com recurso a uma entrevista semi-estrturada ao provedor da instituição em estudo, com o intuito de obter o seu parecer sobre estas variáveis em relação aos colaboradores
- Educação inclusiva no Brasil e em Portugal: perspetivas de docentes de educação especialPublication . Mendanha, Fabiana de França; Guerreiro, AntónioAo longo da história, o processo de inclusão da pessoa com deficiência passou por diversas fases. Antes de atingirmos este conceito de escola inclusiva, há um longo período na história de movimentos e lutas para incluir a pessoa com deficiência na sociedade e na escola. A participação social das pessoas com deficiência perpassa por quatro estágios: Exclusão, segregação, integração e inclusão que deu seu início com a Declaração de Salamanca, nos anos 90 do século XX. As escolas passaram a seguir o estabelecido neste documento, porém com uma postura ambígua, aceitando as crianças com deficiência, mas mantendo a mesma estrutura, sem qualificação profissional e mudanças na organização escolar. A partir da experiência profissional da autora desta pesquisa na educação de pessoas com deficiência visual, questiona se: Como acontece o processo de inclusão dos alunos com deficiência visual nos países objeto deste estudo, Brasil e Portugal? Quais as perspetivas dos docentes dos dois países acerca da inclusão? Quais os agentes responsáveis pelo processo inclusivo nas escolas públicas? Como ocorre a flexibilização do currículo e adaptação para o aluno com deficiência visual? Quais as maiores barreiras encontradas pelos professores na prática pedagógica inclusiva? Para este fim, foram realizadas entrevistas com educadores e professores, docentes na área de deficiência visual, nos dois países com o objetivo de apresentar e comentar alguns dados levantados que são importantes para analisar perspetiva sobre a Educação Especial e Inclusiva no Brasil e Portugal. Os dados apontam para a existência de um esforço comum para promoção da inclusão nas escolas, particularmente dos professores dos alunos com deficiência visual. Os dois países promovem políticas públicas no sentido da inclusão, mas existem défices na concretização, particularmente nos recursos didáticos adequados aos alunos, na colaboração entre professores e na formação de professores. De um modo geral, a escola inclusiva, atualmente, ainda apresenta algumas dificuldades a serem vencidas: recursos humanos qualificados, recursos pedagógicos, físicos, a formação e a capacitação docente para a concretização do sistema educacional que inclua a todos verdadeiramente.
- Exploração criativa da matemática: práticas com alunos do 2.º ciclo do ensinoPublication . Vicente, Vanessa do Rosário Ventura; Guerreiro, AntónioO presente estudo realizou-se ao abrigo da unidade curricular de Prática de Ensino Supervisionada do mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo do Ensino Básico. Tratou-se de uma investigação desenvolvida no terceiro período do ano letivo 2020/2021, numa escola de ensino básico do 2.º e 3.º ciclos, localizada em Faro, cujos vinte e um participantes representavam uma turma do 6.º ano. O principal objetivo era promover a criatividade do raciocínio dos alunos, através da criação das suas próprias estratégias, na resolução de três tarefas, sob as quais assentou este estudo, recorrendo aos conhecimentos que previamente adquiriram em contexto formal, não formal ou informal, dando origem a uma exploração criativa da matemática. A seleção e planificação das tarefas requereram alguma criatividade da minha parte, enquanto professora/investigadora, de forma a garantir a motivação e o empenho dos participantes, o que me levou a optar por conteúdos matemáticos, ambientes (dentro e fora da sala de aula) e métodos de implementação completamente distintos, entre si, afastando os alunos de práticas rotineiras e, conferindo-lhes tempo e liberdade, tanto para pensar e manipular, como para expressar as suas ideias. As tarefas foram implementadas isoladamente, em dias distintos e não sequenciais e a análise dos dados que delas emergiu foi de carater qualitativo e interpretativo. Análise esta que, para além de revelar diversas estratégias matemáticas, denuncia também o receio e a visão que os alunos têm de uma simples tarefa, quando esta se apresenta em formato de papel (ficha). O medo de errar a resposta e das repercussões que isso pudesse ter na classificação final, refletiram-se no decorrer das tarefas, especialmente na primeira e na terceira, uma vez que eram as que tinham o modelo referido, depois de eu já lhes ter, inclusive, garantido que não classificaria resultados. Outro aspeto que também considerei de particular relevância aquando da dinamização das tarefas, foi o individualismo que se fez sentir entre a maioria dos alunos, mesmo quando a intenção era que trabalhassem a pares ou em grupos de cinco ou seis elementos, o que inviabilizou a partilha e o enriquecimento de estratégias.
- És tão bondoso quanto dizes ser? o uso de medidas de autorrelato e de desempenho para avaliar a empatia na Dark TetradPublication . Pereira, Joana Gomes; Martins, Ana Teresa; Faísca, LuísSujeitos com traços Dark Tetrad costumam apresentar défices empáticos, especificamente no que diz respeito à empatia afetiva. Por norma, a empatia afetiva tem sido avaliada com recurso ao autorrelato, uma abordagem que tem recebido inúmeras críticas por parte de autores que sugerem a avaliação multi-método deste construto, com recurso a medidas implícitas por fornecerem uma descrição mais real do funcionamento da empatia. Neste contexto, o principal objetivo do nosso estudo foi analisar a associação entre as medidas de empatia (autorrelato; medidas explícitas) e as de contágio emocional (desempenho; medidas implícitas de reatividade emocional) e os traços da DT. Para o efeito, foram avaliados 113 participantes (76 mulheres), com idades compreendidas entre os 18 e os 39 anos, que responderam aos questionários de autorrelato para avaliação da empatia e duas tarefas de contágio emocional, com recurso a estímulos auditivos e em contexto escrito. Os principais resultados dos instrumentos de autorrelato sugerem que, quando maior presença de traços DT, maiores as dificuldades empáticas, sobretudo ao nível da empatia afetiva. No que se refere às medidas de contágio emocional, observámos que os traços de maquiavelismo e narcisismo se encontravam associados a respostas emocionais incongruentes com os estímulos musicais, verificando-se que face a estímulos emocionais alegres experienciavam emoções negativas e face a estímulos emocionais tristes experienciavam emoções positivas. A mesma incongruência foi registada para todos os traços DT e os estímulos escritos.
- Um estudo comparativo sobre a prevalência de psicopatologia de tipo internalizante e recursos de resiliência em adolescentes delinquentes e adolescentes não delinquentesPublication . Romão, Raquel Cristina Ramos Gonçalves de Sousa; Lemos, IdaO presente estudo pretende analisar a relação entre problemas psicopatológicos de tipo internalizante (Perturbação de Ansiedade Generalizada, Perturbação de Pós-Stress Traumático, Depressão Major, Suicídio, Problemas de Autoconceito e Problemas Interpessoais) e os recursos de resiliência externos (famílias, pares, escola, e comunidade) e internos (ou competências de resiliência) em adolescentes com percurso delinquente, bem como compreender como estes recursos se relacionam com os problemas psicopatológicos de tipo internalizante. Participaram neste estudo um total de 190 adolescentes: 61 adolescentes em contacto com o Sistema de Justiça, abrangidos pela Lei Tutelar Educativa por cometimento de atos considerados crime à luz da lei e 129 adolescentes da população geral. Foram analisados os dados relativos a sexo, idade, número de reprovações, nível socioeconómico e nível de escolaridade dos pais. Foram estudadas as relações entre os recursos de resiliência internos e os problemas psicopatológicos de tipo internalizante nos adolescentes do grupo delinquente, comparando-os com os adolescentes do grupo da população geral. Para a recolha de dados foram usadas as escalas: Escalas Perturbação de Ansiedade Generalizada (PAG), Perturbação Pós-Stress Traumático (PPST), Depressão Major (DEP), Problemas de Autoconceito (PAC), Tendência para o suicídio (SUI) e Problemas Interpessoais (PIP)da Escala APS-SF, Adolescent Psychopathology Scale – Short Form (Reynolds, 2000; Martins, 2005, Lemos, 2011), a Escala HKRAM,–versão 6.0 (Bernard, 1991) e um Questionário de dados sociodemográficos e familiares construído para o efeito (Lemos, 2007). Os resultados obtidos sugerem uma relação entre as variável sexo, nível socioeconómico, número de reprovações, problemas psicopatológicos internalizantes e recursos de resiliência no grupo de adolescentes delinquentes. O grupo delinquente apresenta mais problemas psicopatológicos de tipo internalizante e uma perceção mais baixa dos recursos internos de resiliência, enquanto os adolescentes do grupo da população geral percecionam menos recursos externos de resiliência para lidar com situações adversas.