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- A hotelaria e sua integração na dinâmica cultural regional: novos desafios na Região do AlgarvePublication . Vieira, Mónica Cristina Fernandes; Henriques, Cláudia; Afonso, Carlos M.Este trabalho pretende averiguar em que medida a indústria hoteleira se articula com a dinâmica cultural e indústrias culturais e criativas na região do Algarve. Visa identificar e analisar a interligação entre a hotelaria e a cultura, assente na assunção de que os hotéis não devem estar fechados em si próprios, mas beneficiam ao envolver-se e ao integrarem-se na dinâmica sociocultural da região em que estão inseridos, num contexto de aumento da preocupação com a sustentabilidade sociocultural. Após a apresentação de uma revisão da literatura sobre a importância da interconexão entre turismo e cultura, em contexto de desenvolvimento sustentável, são tidos em conta os aspetos metodológicos utilizados, que se basearam em questionários aos Estabelecimentos Hoteleiros (hotéis e hotéis-apartamento) e aos Agentes Culturais da região do Algarve bem como em entrevistas a três dos cinco principais Grupos Hoteleiros do Algarve. Os dados, foram analisados através de estatísticas descritivas (Gefen, Straub, & Rigdon, 2011; Marôco, 2003: 27), recorrendo também, a modelos de análise qualitativa com base no modelo de análise de conteúdo, sugeridas por Bardin (1977). O facto de termos obtido, simultaneamente, a perspetiva de hoteleiros e agentes culturais permitiu verificar que as relações intersectoriais hotelaria-cultura são ainda modestas, existindo um longo caminho a percorrer na região neste domínio. Contudo, existe o reconhecimento de que essa interconexão e seu reforço são importantes, destacando-se em particular a relação no domínio “hotelaria” – “artes do espetáculo”, muitas vezes apoiada na intermediação dos municípios. A situação pandémica afetou quer a hotelaria e a cultura, quer a relação entre ambos os domínios, mas no futuro perspetiva-se o seu estreitar.
- A velhice nas pessoas com deficiênciaPublication . Castro, Silvanira Hipólito da Conceição; São José, JoséVivemos um momento ímpar na história, onde o medo de ficar doente, da socialização, da morte, do contacto físico nos impede, muitas vezes, de continuar a exercer as atividades diárias de forma natural. Porque não afirmar que envelhecemos muito dentro desse novo cenário social, no qual voltamos a viver de forma mais limitada, lenta, como as pessoas que estão de facto na velhice. Imaginemos então, dentro desse contexto, a velhice das pessoas com transtorno do desenvolvimento intelectual, as quais já possuem limitações impostas pela sua própria deficiência. É possível afirmar que, para essas pessoas exercerem suas tarefas diárias, dentro desse novo cenário, ficou bem mais complicado, pois, somado às suas limitações, essas pessoas também convivem com o medo de se locomover em um cenário pós pandemia. Destarte, o envelhecimento da população se apresenta como um fenômeno mundial, na atualidade, que preocupa e enseja cuidados, sendo o Brasil um país no qual a população envelhece cada vez mais e de forma crescente, aumentando, assim, o número de pessoas envelhecidas com algum tipo de deficiência. Essa preocupação se respalda nos dados do Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no qual, os dados estatísticos mostram que as pessoas com sessenta anos ou mais somam 23,5 milhões, ou seja, mais que o dobro do registado em 1991, quando a faixa etária contabilizava 10,7 milhões de pessoas idosas. Esses motivos nortearam esta pesquisa, a qual abordará aspetos pontuais na trajetória de vida dessas pessoas com transtorno do desenvolvimento intelectual (TDI) e ressaltará, dentro desse processo, o aspeto da velhice e do envelhecimento, sobretudo como isso ocorre no âmbito social, nas relações com seus familiares e nos seus aspetos afetivos. Procurou-se, também, compreender se, ao longo da vida, essas pessoas envelhecidas, com essas características, conseguem estabelecer vínculos afetivos e quais, se tem ainda apoio familiar e qual a participação da família no seu processo de envelhecimento, quer seja no cuidar, quer seja na parte afetiva, buscando-se perceber, ainda, se existem relações afetivas estabelecidas pelas pessoas que envelhecem com transtorno do desenvolvimento intelectual ao longo da vida.