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Abstract(s)
Vivemos um momento ímpar na história, onde o medo de ficar doente, da socialização, da morte, do contacto físico nos impede, muitas vezes, de continuar a exercer as atividades diárias de forma natural. Porque não afirmar que envelhecemos muito dentro desse novo cenário social, no qual voltamos a viver de forma mais limitada, lenta, como as pessoas que estão de facto na velhice. Imaginemos então, dentro desse contexto, a velhice das pessoas com transtorno do desenvolvimento intelectual, as quais já possuem limitações impostas pela sua própria deficiência. É possível afirmar que, para essas pessoas exercerem suas tarefas diárias, dentro desse novo cenário, ficou bem mais complicado, pois, somado às suas limitações, essas pessoas também convivem com o medo de se locomover em um cenário pós pandemia. Destarte, o envelhecimento da população se apresenta como um fenômeno mundial, na atualidade, que preocupa e enseja cuidados, sendo o Brasil um país no qual a população envelhece cada vez mais e de forma crescente, aumentando, assim, o número de pessoas envelhecidas com algum tipo de deficiência. Essa preocupação se respalda nos dados do Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no qual, os dados estatísticos mostram que as pessoas com sessenta anos ou mais somam 23,5 milhões, ou seja, mais que o dobro do registado em 1991, quando a faixa etária contabilizava 10,7 milhões de pessoas idosas. Esses motivos nortearam esta pesquisa, a qual abordará aspetos pontuais na trajetória de vida dessas pessoas com transtorno do desenvolvimento intelectual (TDI) e ressaltará, dentro desse processo, o aspeto da velhice e do envelhecimento, sobretudo como isso ocorre no âmbito social, nas relações com seus familiares e nos seus aspetos afetivos. Procurou-se, também, compreender se, ao longo da vida, essas pessoas envelhecidas, com essas características, conseguem estabelecer vínculos afetivos e quais, se tem ainda apoio familiar e qual a participação da família no seu processo de envelhecimento, quer seja no cuidar, quer seja na parte afetiva, buscando-se perceber, ainda, se existem relações afetivas estabelecidas pelas pessoas que envelhecem com transtorno do desenvolvimento intelectual ao longo da vida.
We live in a unique moment in history, where the fear of getting sick, of socialization, of death, of physical contact, often prevents us from continuing to carry out daily activities in a natural way. Why not say that we have aged a lot within this new scenario social life, in which we once again live in a more limited, slow way, like people who are actually in old age. Let us then imagine, within this context, the old age of people with intellectual development disorders, who already have limitations imposed by their own disability. It is possible to say that, for these people to carry out their daily tasks, within this new scenario, it became much more complicated, because, in addition to their limitations, these people also live with the fear of getting around in a post-pandemic scenario.
We live in a unique moment in history, where the fear of getting sick, of socialization, of death, of physical contact, often prevents us from continuing to carry out daily activities in a natural way. Why not say that we have aged a lot within this new scenario social life, in which we once again live in a more limited, slow way, like people who are actually in old age. Let us then imagine, within this context, the old age of people with intellectual development disorders, who already have limitations imposed by their own disability. It is possible to say that, for these people to carry out their daily tasks, within this new scenario, it became much more complicated, because, in addition to their limitations, these people also live with the fear of getting around in a post-pandemic scenario.
Description
Keywords
Transtorno do desenvolvimento intelectual Incapacidade Envelhecimento Velhice Laços familiares Sociais e afetivos