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- Antibioterapia das infeções por espécies de enterobacterPublication . Gonçalves, Carina Fernandes; Conceição, Jaime Manuel Guedes Morais daA descoberta do primeiro antibiótico por Alexander Fleming foi importante para reduzir o número de mortes causadas por infeções bacterianas. No entanto, o seu uso incorreto e descontrolado permitiu que as bactérias desenvolvessem vários mecanismos de resistência, levando à ineficácia dos antibióticos. O grupo ESKAPE é composto por bactérias que causam infeções nosocomiais e são resistentes aos antibióticos comuns, sendo por isso consideradas uma ameaça para a saúde pública. Neste grupo estão presentes diversas espécies de Enterobacter, sendo as mais comuns Enterobacter cloacae, Enterobacter asburiae e Enterobacter hormaechei. Enterobacterales resistentes aos carbapenemos e resistentes às cefalosporinas de 3.ª geração são classificados pela Organização Mundial de Saúde como prioridade crítica, já que as opções de tratamento são limitadas, provocam elevadas taxas de mortalidade e morbilidade e apresentam uma elevada resistência aos antibióticos. A resistência aos antibióticos é causada pela produção de β-lactamases do tipo AmpC, β-lactamases de espetro alargado e carbapenemases, e também através das bombas de efluxo e alterações de permeabilidade. As espécies de Enterobacter são responsáveis por vários tipos de infeções, como infeções do trato urinário, do trato respiratório, bacteremia, entre outras. O tratamento das infeções causadas pelas espécies de Enterobacter baseia-se no tipo de resistência e de infeção, incluindo fármacos como carbapenemos, cefalosporinas, aminoglicosídeos, monobactamos, entre outros, podendo ser usados em monoterapia ou terapia combinada. Estes fármacos são importantes no tratamento, mas são necessários novos antibióticos para combater estas bactérias que se vão tornando resistentes aos tratamentos existentes. Outras terapêuticas foram desenvolvidas para além dos antibióticos já que a sua produção tem vindo a diminuir ao longo do tempo, sendo que por isso é igualmente importante futuros estudos nestas áreas. O farmacêutico é fundamental neste processo uma vez que garante o uso correto dos antibióticos, de forma a combater a resistência bacteriana e a garantir a eficácia do tratamento.
- O Impacto da valência emocional, excitação e da vinculação na formação de memórias falsasPublication . Pereira, Maria Eduarda Fortcamp; Martins , Ana Teresa; Faísca, LuísNa literatura alguns estudos têm explorado o impacto da valência emocional e da excitação no processo de formação das memórias falsas. Entretanto, poucos exploram a associação entre as memórias falsas e o estilo de vinculação de cada indivíduo. Por isso o nosso objetivo foi compreender os efeitos da valência emocional, da excitação e da vinculação na suscetibilidade a produção de memórias falsas através de 67 participantes (46 mulheres e 21 homens), com idades entre os 18 e os 51 anos. Recorremos ao paradigma da desinformação como tarefa para avaliar a suscetibilidade a formação de memórias falsas através da exposição a desinformação, reconhecendo a diferença entre detalhes periféricos e centrais do contexto, utilizamos dois instrumentos de autorrelato: para avaliar a ativação emocional no contexto da primeira tarefa e outro para a vinculação no adulto. Os resultados apontam que as imagens negativas induziram um número significativamente maior de memórias falsas em comparação com imagens positivas ou neutras. Perante cenários negativos, a alta excitação reduziu a suscetibilidade a formação de memórias falsas quando há a desinformação, enquanto em cenários positivos, a alta excitação aumentou essa suscetibilidade. Por outro lado, quando não há a exposição a desinformação, as imagens positivas reduziram a susceptibilidade a memórias falsas. Em contrapartida não houve associação entre estilo de vinculação inseguro e a propensão para a produção de memórias falsas. Em síntese, os resultados deste estudo contribuíram para compreensão dos mecanismos que implicam a formação de memórias falsas, assim como do nível de influência da valência e da excitação nesta falha. Ainda que não tenham sido encontrados resultados significativos associados a vinculação, é proposto que a temática seja explorada em estudos futuros, com o intuito de reconhecer diferenças individuais que contribuam para a formação de memórias falsas.