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Browsing FCH1-Teses by Subject "1936"
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- Um Teatro da Pólis - adaptações cénicas de romances de José SaramagoPublication . Barradas, Sónia Filipa Gonçalo; Nogueira, Adriana; Rosa, Armando NascimentoNesta investigação, debruçámo-nos sobre o trabalho do Grupo de Ação Teatral A Barraca, onde identificámos duas assinaturas distintas no que respeita à direção artística: Maria do Céu Guerra e Hélder Mateus da Costa. Para melhor consolidar uma perspetiva que testemunhe a pluralidade vigente na estética que caracteriza esta companhia de teatro, recorremos a dois espetáculos que partem dos romances do – até à data – único Prémio Nobel da Literatura de expressão portuguesa, José Saramago: Claraboia e 1936, O Ano da Morte de Ricardo Reis. Embora sejam produções que resultam de adaptações teatrais do universo de um mesmo autor literário, distinguem-se nas suas versões cénicas, dadas as assinaturas de cada um dos encenadores mencionados. Abordámos, assim, em cada uma delas, as respetivas coordenadas de criação cénica: a dramaturgia e a encenação; os universos de criação plástica para a cena; o trabalho de interpretação do ator para a construção de personagem n’A Barraca. Para compreender a conceção artística dos dois diretores e encenadores residentes, procurámos definir brevemente o contexto do seu trajeto artístico no teatro contemporâneo português, tentando identificar precursores e historial artístico, incluindo as ascendências dos mestres com que cada um trabalhou no início das suas carreiras e que se identificam ainda hoje na estética das suas encenações, bem como os mestres que marcaram mais amplamente a História do Teatro do século XX, para além da importância explícita do legado motivador da obra e da personalidade de Federico Garcia Lorca, patente na origem da designação do grupo. Enquanto companhia teatral, A Barraca foi fundada em 1976 por Maria do Céu Guerra e Mário Alberto, grupo ao qual Hélder Mateus da Costa se juntaria em 1978. A Barraca afirma-se como a grande obra artística na vida da atriz-encenadora e do encenador-dramaturgo, na qual ambos desenvolvem há mais de quatro décadas um coletivo de teatro, a um tempo culto e popular, que deseja conquistar públicos para o teatro, que aposta na itinerância e na intervenção e formação cívicas, proporcionando novos olhares, a partir da cena teatral, sobre os tempos que vivemos, muitas vezes a partir de narrativas que implicam a História e a Cultura portuguesas.