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- Electrophysiological evidence for colour effects on the naming of colour diagnostic and noncolour diagnostic objectsPublication . Bramão, Inês; Francisco, Ana; Inácio, Filomena; Faísca, Luís; Reis, Alexandra; Petersson, Karl MagnusIn this study, we investigated the level of visual processing at which surface colour information improves the naming of colour diagnostic and noncolour diagnostic objects. Continuous electroencephalograms were recorded while participants performed a visual object naming task in which coloured and black-and-white versions of both types of objects were presented. The black-and-white and the colour presentations were compared in two groups of event-related potentials (ERPs): (1) The P1 and N1 components, indexing early visual processing; and (2) the N300 and N400 components, which index late visual processing. A colour effect was observed in the P1 and N1 components, for both colour and noncolour diagnostic objects. In addition, for colour diagnostic objects, a colour effect was observed in the N400 component. These results suggest that colour information is important for the naming of colour and noncolour diagnostic objects at different levels of visual processing. It thus appears that the visual system uses colour information, during naming of both object types, at early visual stages; however, for the colour diagnostic objects naming, colour information is also recruited during the late visual processing stages.
- A influência das competências de leitura nas estratégias de dupla codificaçãoPublication . Inácio, Filomena; Bramão, Inês; Faísca, Luís; Reis, AlexandraRecentemente, alguns autores demonstraram que o desempenho em provas de memória não verbal pode envolver o recurso simultâneo a estratégias verbais e visuo-espaciais para codificar a informação. A leitura tem sido apontada como um factor que pode contribuir para o desenvolvimento destas estratégias de dupla codificação. Neste estudo, fomos investigar se a capacidade de leitura interfere de algum modo na utilização de mecanismos de dupla codificação. Comparámos o desempenho de dois grupos de crianças com diferentes competências de leitura, mas equivalentes na idade e em anos de escolaridade, numa prova de memória não verbal. Foram definidas três condições experimentais, manipulando o grau em que os itens a memorizar eram verbalizáveis. Os resultados mostraram que o grupo com melhores competências de leitura apresenta um desempenho superior na condição pictórica mais difícil de verbalizar quando comparado com o grupo com piores competências de leitura. Estes resultados são discutidos à luz do contributo das competências de leitura na facilitação em utilizar estratégias de dupla codificação para codificar a informação visuo-espacial em memória de trabalho.
- Implicit sequence learning is preserved in dyslexic childrenPublication . Inácio, Filomena; Faísca, Luís; Forkstam, Christian; Araújo, Susana; Bramão, Inês; Reis, Alexandra; Petersson, Karl MagnusThis study investigates the implicit sequence learning abilities of dyslexic children using an artificial grammar learning task with an extended exposure period. Twenty children with developmental dyslexia participated in the study and were matched with two control groups-one matched for age and other for reading skills. During 3 days, all participants performed an acquisition task, where they were exposed to colored geometrical forms sequences with an underlying grammatical structure. On the last day, after the acquisition task, participants were tested in a grammaticality classification task. Implicit sequence learning was present in dyslexic children, as well as in both control groups, and no differences between groups were observed. These results suggest that implicit learning deficits per se cannot explain the characteristic reading difficulties of the dyslexics.
- The influence of color information on the recognition of color diagnostic and noncolor diagnostic objectsPublication . Bramão, Inês; Inácio, Filomena; Faísca, Luís; Reis, Alexandra; Petersson, Karl MagnusIn the present study, the authors explore in detail the level of visual object recognition at which perceptual color information improves the recognition of color diagnostic and noncolor diagnostic objects. To address this issue, 3 object recognition tasks with different cognitive demands were designed: (a) an object verification task; (b) a category verification task; and (c) a name verification task. The authors found that perceptual color information improved color diagnostic object recognition mainly in tasks for which access to the semantic knowledge about the object was necessary to perform the task; that is, in category and name verification. In contrast, the authors found that perceptual color information facilitates noncolor diagnostic object recognition when access to the object's structural description from long-term memory was necessary—that is, object verification. In summary, the present study shows that the role of perceptual color information in object recognition is dependent on color diagnosticity.
- The interaction between surface color and color knowledge: behavioral and electrophysiological evidencePublication . Bramão, Inês; Faísca, Luís; Forkstam, Christian; Inácio, Filomena; Araújo, Susana; Petersson, Karl Magnus; Reis, AlexandraIn this study, we used event-related potentials (ERPs) to evaluate the contribution of surface color and color knowledge information in object identification. We constructed two color-object verification tasks – a surface and a knowledge verification task – using high color diagnostic objects; both typical and atypical color versions of the same object were presented. Continuous electroencephalogram was recorded from 26 subjects. A cluster randomization procedure was used to explore the differences between typical and atypical color objects in each task. In the color knowledge task, we found two significant clusters that were consistent with the N350 and late positive complex (LPC) effects. Atypical color objects elicited more negative ERPs compared to typical color objects. The color effect found in the N350 time window suggests that surface color is an important cue that facilitates the selection of a stored object representation from long-term memory. Moreover, the observed LPC effect suggests that surface color activates associated semantic knowledge about the object, including color knowledge representations. We did not find any significant differences between typical and atypical color objects in the surface color verification task, which indicates that there is little contribution of color knowledge to resolve the surface color verification. Our main results suggest that surface color is an important visual cue that triggers color knowledge, thereby facilitating object identification.
- Implicit learning in dyslexic childrenPublication . Inácio, Filomena; Petersson, Karl MagnusA dislexia é uma perturbação específica de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldades no reconhecimento exacto e/ou fluente de palavras escritas e por dificuldades ortográficas e de descodificação. Estas dificuldades coexistem com capacidades cognitivas normais e surgem apesar de existir instrução e condições sócio-económicas adequadas. Ao longo das últimas décadas tem-se observado uma explosão de estudos dedicados a identificar quais os défices manifestados pelos disléxicos e qual a sua causa. Mais recentemente, alguma desta investigação tem-se centrado nas capacidades de aprendizagem implícita e eventuais défices nestas capacidades apresentados pelos disléxicos. A aprendizagem implícita é definida pela aprendizagem não intencional de informação complexa, desenvolvida de um modo automático apenas pela constante exposição às regularidades ambientais. Esta aprendizagem ocorre sem que a pessoa tenha intenção de o fazer e sem conhecimento explícito e verbalizável do conteúdo aprendido. Na aprendizagem da leitura e escrita as crianças estão expostas não só a processos explícitos, mas também a processos implícitos. Inicialmente, as crianças adquirem explicitamente as correspondências grafema-fonema e posteriormente estas correspondências passam a ser aplicadas, e até adquiridas, de um modo implícito (Gombert, 2003; Sperling, Lu, & Manis, 2004). Simultaneamente, as regularidades dos sistemas de escrita podem também ser extraídas implicitamente, sob a forma de padrões visuais (ortografia), palavras ditas oralmente e associadas a esses padrões (fonologia e léxico) ou pelo significado que estes padrões activam (morfologia e léxico) (Gombert, 2003). Processos implícitos estarão também presentes quando a aquisição de significado associado a este padrão ortográfico é efectuado através do contexto (Howard, Howard, Japikse, & Eden, 2006). Esta combinação de processos explícitos e implícitos na aquisição da leitura leva-nos a pressupor que um défice nas capacidades de aprendizagem implícita pode contribuir para as dificuldades apresentadas pelas crianças disléxicas. Contudo, os poucos estudos sobre a aprendizagem implícita em disléxicos têm revelado resultados díspares. Enquanto alguns autores referem que os disléxicos apresentam um défice na aprendizagem implícita (Pavlidou & Williams, 2010; Pavlidou, Williams, & Kelly, 2009; Sperling et al., 2004; Stoodley, Harrison, & Stein, 2006; Vicari, Marotta, Menghini, Molinari, & Petrosini, 2003), outros estudosapontam para que estas capacidades estejam intactas em crianças e adultos disléxicos (Kelly, Griffiths, & Frith, 2002; Roodenrys & Dunn, 2008; Russeler, Gerth, & Munte, 2006; Waber et al., 2003). Alguns autores referem que esta discrepância de resultados se deve à utilização de diferentes provas, que podem estar a avaliar diferentes processos de aprendizagem implícita e que os disléxicos podem ter défices apenas em alguns destes processos (Howard et al., 2006). Com o presente estudo pretendemos clarificar esta questão, investigando se crianças disléxicas apresentam capacidades de aprendizagem implícita. Para tal, foi utilizado um paradigma de aprendizagem implícita complexo, a aprendizagem de gramática artificial, mas adaptado a crianças disléxicas. Adicionalmente, examinámos a relação entre a aprendizagem implícita e as competências de leitura e outras capacidades relacionadas com a leitura. Participaram no estudo doze crianças com diagnóstico ou suspeita de dislexia, do 2º ao 4º ano de escolaridade. Este grupo foi emparelhado com dois grupos de controlo: um grupo equivalente em termos de idade e escolaridade e outro grupo equiparado em termos de capacidade de leitura, todos do 1º ano de escolaridade. Todos os grupos realizaram provas complementares de leitura, escrita, consciência fonológica, nomeação rápida, vocabulário e memória de trabalho. A experiência de aprendizagem de gramática artificial foi dividida em três sessões, realizadas em três dias seguidos. No início de cada sessão os participantes realizavam uma prova de memória (as crianças memorizavam sequências de símbolos coloridos e posteriormente tinham de reproduzir a sequência memorizada, com recurso a uma caixa de resposta apropriada), na qual eram expostos a sequências gramaticais, sem terem conhecimento desse facto. Na última sessão os participantes foram informados de que as sequências que tinham visto na prova de memória obedeciam a conjunto de regras complexo e foi-lhes pedido que classificassem um novo conjunto de sequências, constituído por sequencias gramaticais e não gramaticais. No fim de cada sessão, os participantes eram entrevistados no sentido de se verificar se estes possuiam conhecimento explícito acerca das regras subjacentes às sequências gramaticais. Os resultados revelaram que não havia diferenças significativas no desempenho dos disléxicos e dos dois grupos de controlo na prova de classificação de sequências. Este resultado indica que todas as crianças deste estudo extraíram as regularidades dos estímulos ao mesmo nível. Foi ainda calculado um índice de discriminação (d’) que também não diferiu entre os grupos. Apesar de não haver diferenças entre grupos, o desempenho geral dos participantes foi mais baixo do que o esperado. Procedeu-se então a uma análise individual do desempenho dos sujeitos e verificou-se que alguns disléxicos apresentavam índices de discriminação bastante elevados. O mesmo padrão foi observado nos grupos de controlo. Através das entrevistas pós-experimentais verificámos também que os sujeitos não tinham conhecimento explícito acerca das regras subjacentes às sequencias gramaticais. Todos estes dados levam-nos a concluir que os disléxicos são capazes de extrair as regularidades implícitas de uma gramática artificial ao mesmo nível que as crianças sem défices de leitura. Os nossos dados levam-nos a supor que os diferentes resultados observados nos estudos de aprendizagem implícita em disléxicos pode dever-se não só à grande variação das provas utilizadas para avaliar a aprendizagem implícita (diferentes paradigmas, com diferentes estímlos, diferentes comprimentos de sequências, diferentes tipos de resposta e consequentemente com procedimentos experimental diferente), mas também devido às características da amostra. Os critérios de inclusão dos disléxicos nos estudos também diferem de um estudo para outro e muitas vezes não há qualquer reavaliação das capacidades dos disléxicos. Simultaneamente as diferenças individuais dentro do grupo dos disléxicos são também habitualmente ignoradas. Estas diferenças individuais podem estar na origem desta discrepância de desempenho apresentado pelos disléxicos nos diferentes estudos. Estudos futuros, com maiores amostras de disléxicos e com uma avaliação mais detalhada das suas características individuais podem clarificar esta questão. Em suma, o nosso estudo revela que a capacidade de aprendizagem implícita de gramática artificial está presente em crianças disléxicas. O ensino da leitura e os programas de intervenção na dislexia podem explorar estas capacidades de aprendizagem implícita preservadas nos disléxicos para auxiliar os processos explícitos na aquisição das competências de leitura.