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  • Todos iguais, todos iguais. O anti-racismo em Portugal
    Publication . Marques, João Filipe
    Este texto procura explorar criticamente as práticas e políticas anti-racistas a partir da análise de um conjunto de documentos de entrevistas realizadas a actores sociais implicados no combate ao racismo na sociedade portuguesa contemporânea. Quer ao nível político e institucional, quer ao nível da acção militante, o combate ao racismo sofreu, nos últimos vinte anos, importantes transformações. Contudo, principalmente no que diz respeito à acção militante, o anti-racismo português parece não ter passado ainda de uma ética da convicção e da consequente «retórica da indignação» a uma verdadeira «ética da responsabilidade» que implica, necessariamente, uma compreensão sociológica dos fenómenos a combater.
  • Les "logiques" du racisme dans la société portugaise contemporaine
    Publication . Marques, João Filipe
    Le Portugal ne semble pas être une exception en matiére d'attitudes et de comportements racistes, observables dans la plupart des pays d'Europe.
  • O estilhaçar do espelho. Da raça enquanto princípio de explicação do social a uma compreensão sociológica do racismo
    Publication . Marques, João Filipe
    A Antropologia tem demonstrado inequivocamente que o primeiro mecanismo gerador de identidades sociais, ou por outras palavras, o modo primeiro de responder à pergunta "Quem somos nós"?, apela inevitavelmente para a genealogia.
  • Os dois racismos dos portugueses
    Publication . Marques, João Filipe
    Portugal - independentemente daquilo que pensam os portugueses - não constitui uma excepção no que diz respeito às atitudes e comportamentos racistas que se verificam noutros países da Europa. Há um conjunto de questões em torno deste problema que merecem ser formuladas : a que "lógicas" obedece o racismo na sociedade portuguesa? Quais são as suas fontes actuais e históricas? Quais são as transformações sociais que favorecem a emergência deste tipo de atitudes e comportamentos? As principais vítimas do racismo em Portugal são, inegavelmente, os imigrantes de origem africana e os seus descendentes e as pequenas comunidades ciganas. Mas estas duas colectividades não são vítimas do mesmo tipo de racismo. A abordagem tipológica utilizada na pesquisa que é apresentada neste artigo pode, efectivamente, distinguir os dois tipos ideais de racismo que existem na sociedade portuguesa. O racismo que vitima os imigrantes e os seus descendentes obedece claramente à lógica «desigualitária» cujas fontes podem ser encontradas no passado colonial do país e nas ideologias e preconceitos herdados desse mesmo passado. Os imigrantes e os seus descendentes possuem efectivamente um lugar na sociedade; não são excluídos da esfera produtiva ou da vida económica mas são sistematicamente inferiorizados e relegados para situações de invisibilidade social. No que diz respeito aos ciganos a situação é completamente diferente. Eles são actualmente vítimas de uma lógica de racização «diferencialista» ou de «exclusão». Não lhes é concedido nenhum lugar na sociedade, nenhuma função económica, nenhum espaço de interacção. Quer ao nível das práticas quotidianas, quer ao nível dos acontecimentos excepcionais e violentos com carácter racista, a colectividade cigana é percebida enquanto incompatível, inassimilável e indesejável à sociedade portuguesa. As fontes desta rejeição diferencialista parecem poder ser encontradas, simultaneamente, na dissolução dos modos de vida típicos desta colectividade e nas transformações recentemente sofridas pela sociedade portuguesa.
  • Do «não racismo» português aos dois racismos dos portugueses
    Publication . Marques, João Filipe
    Portugal - independentemente daquilo que pensam os portugueses - não constitui uma excepção no que diz respeito às atitudes e comportamentos racistas que se verificam noutros países da Europa. Há um conjunto de questões em torno deste problema que merecem ser formuladas: a que "lógicas" obedece o racismo na sociedade portuguesa? Quais são as suas fontes actuais e históricas? Quais são as transformações sociais que favorecem a emergência deste tipo de atitudes e comportamentos? As principais vítimas do racismo em Portugal são, inegavelmente, os imigrantes de origem africana e os seus descendentes e as pequenas comunidades ciganas. Mas estas duas colectividades não são vítimas do mesmo tipo de racismo. A abordagem tipológica utilizada na pesquisa que é apresentada neste tese pode, efectivamente, distinguir os dois tipos ideais de racismo que existem na sociedade portuguesa. O racismo que vitima os imigrantes e os seus descendentes obedece claramente à lógica «desigualitária» cujas fontes podem ser encontradas no passado colonial do país e nas ideologias e preconceitos herdados desse mesmo passado. Os imigrantes e os seus descendentes possuem efectivamente um lugar na sociedade; não são excluídos da esfera produtiva ou da vida económica mas são sistematicamente inferiorizados e relegados para situações de invisibilidade social. No que diz respeito aos ciganos a situação é completamente diferente. Eles são actualmente vítimas de uma lógica de racização «diferencialista» ou de «exclusão». Não lhes é concedido nenhum lugar na sociedade, nenhuma função económica, nenhum espaço de interacção. Quer ao nível das práticas quotidianas, quer ao nível dos acontecimentos excepcionais e violentos com carácter racista, a colectividade cigana é percebida enquanto incompatível, inassimilável e indesejável à sociedade portuguesa. As fontes desta rejeição diferencialista parecem poder ser encontradas, simultaneamente, na dissolução dos modos de vida típicos desta colectividade e nas transformações recentemente sofridas pela sociedade portuguesa.