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The leadership fo schools in three regions in Portugal based on the findings of external evaluation
Publication . Quintas, Helena; Gonçalves, José Alberto
School leadership has significant effects on the learning, development and academic success of the pupils and on the quality of educational organisations, so, to a large extent, the effectiveness of the school depends upon the way in which leadership is carried out. It is on this basis that we undertook our study which led in this article. In it we sought to characterise the leadership of schools and school clusters in the regions of the Algarve, Alentejo and Lisbon and Tagus Valley, globally and specifically, based on the analysis of the content of external evaluation reports produced by teams from the General Inspectorate of Education during the 2006/2007, 2007/2008 and 2008/2009 academic years. This analysis was carried out as part of the research project FSE/CED/83489/2008 under the responsibility of the Centre for Sociology Research and Studies from the Lisbon University Institute, the University of the Algarve and the Barafunda Association, and we were part of the respective research team. By analysing the data we have been able to establish a joint and per region “profile” of the leaderships in the schools and school clusters that were evaluated, although we onsider that their results cannot be extrapolated, given he imits in the wording of the valuation reports and the fact at these reports were produced by different teams from egion to region and even within the regions themselves.
Avaliação externa e auto-avaliação das escolas
Publication . Quintas, Helena; Vitorino, Teresa
Em Portugal, a questão da avaliação das escolas tem vindo a ser cada vez mais debatida e as atitudes dos vários intervenientes do setor educativo, nomeadamente das escolas, têm vindo a ser objeto de algumas transformações. Apesar de não ser ainda uma prática consistente e estabelecida na cultura organizacional dos nossos estabelecimentos de educação e ensino, nos últimos anos têm sido desenvolvidas algumas atividades e projetos que têm possibilitado uma certa tomada de consciência relativamente à importância dos procedimentos de avaliação das escolas.
Aideia que subsisteéadeque a avaliação externa tem como principal função a prestação de contas, no sentido de devolver às escolas um balanço sobre o seu desempenho
e a educação e o ensino que proporcionam, enquanto a auto-avaliação, como refere MacBeath, “é um mecanismo crucial para a aquisição de qualquer tipo de desenvolvimento da escola” (1999:40). Esta complementaridade não é fácil de concretizar e razões de ordem vária explicam a dificuldade. Por umlado, e emmuitos
casos, os processos avaliativos não fazem parte da cultura organizacional das escolas.
Por outro lado, e para que haja uma relação de parceria que rentabilize as
potencialidades do binómio avaliação externa/auto-avaliação, as escolas e os professores têm que se sentir seguros no desenvolvimento da sua própria auto-avaliação
(MacBeath e McGlynn, 2002). Aeste propósito, Nevo (2001:99) refere: Quando as escolas não possuem mecanismos próprios para a sua auto-avaliação, têm muita dificuldade em desenvolver uma atitude positiva perante a avaliação e muita falta de confiança para entabularem um diálogo construtivo com a avaliação externa. Nestes casos, a avaliação torna-se numa fonte de acusações e de posições defensivas, em vez de se constituir comoumveículo de comunicação entre a avaliação externa e a auto-avaliação. Em Portugal, o Programa deAvaliação Externa (IGE, 2007) deu a conhecer às escolas a necessidade de desenvolverem procedimentos e dispositivos de auto-avaliação,até então legalmente obrigatórios, mas na prática inexistentes. Porém, a falta de conhecimento
e de apoio externo, associados à ausência de formação, conduziu a maior parte das escolas ao desenvolvimento de ferramentas que apenas dessem a necessária resposta ao cumprimento burocrático exigido pelos normativos, e que se aproximassem dos referenciais decorrentes da exigência da avaliação externa (Alves e
Correia, 2008). É inegável que uma das questões fundamentais da avaliação das organizações escolares, seja ela de natureza interna ou externa, relaciona-se com a dinâmica do processo de avaliação. No que se refere à auto-avaliação, esta poderá exigir um trabalho de reflexão acerca das práticas educativas avaliadas e de como é que, a
partir desse conhecimento, se pode elaborar um plano de melhoria que introduza mudanças efetivas nas práticas, de modo a proporcionar melhores aprendizagens e resultados escolares dos alunos. Deste modo, o processo de auto-avaliação numa escola ou num agrupamento de escolas pode constituir um meio, um instrumento fundamental de conhecimento e de caraterização da organização escolar e de identificação
dos fatores mais importantes que permitem orientar a mudança, se necessário,
concebendo e desenvolvendo planos de ação adequados à realidade de cada escola.
Opresente capítulo propõe-se refletir sobre estas duas modalidades de avaliação de escolas: avaliação externa e auto-avaliação. Relativamente à avaliação externa são analisadas práticas que têm vindo a ser desenvolvidas em países que já contam com um longo historial: como é que a avaliação externa tem evoluído no seu propósito e nas suas formas de intervenção, e qual é a influência dessas trajetórias no processo que atualmente está a ser implementado em Portugal. No que respeita à auto-avaliação, é apreciada a sua função, simultaneamente reflexiva e instrumental, podendo propiciar processos de análise da (e sobre a) escola, mas também induzir processos de melhoria da organização escolar (Azevedo, 2007).
Avaliação externa e sucesso escolar
Publication . Veloso, Luisa; Abrantes, Pedro; Craveiro, Daniela; Quintas, Helena; Gonçalves, José Alberto; Vitorino, Teresa; Caixeirinho, Telma; Veloso, Luisa; Abrantes, Pedro
O presente texto resulta de uma investigação que teve como objeto de estudo principal os contextos institucionais das escolas do ensino básico e secundário em Portugal, abordando a relação entre as políticas educativas, os modelos de organização, os processos de avaliação e o sucesso escolar. O estudo incide sobre a análise da informação contemplada na totalidade dos relatórios da avaliação externa das escolas realizada pela Inspeção Geral da Educação e Ciência nos anos letivos de 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009 das regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve (298 relatórios de escolas e agrupamentos de escolas). A seleção destas três regiões prende-se com a preocupação em contemplar regiões com características distintas e que são constituídas, na sua maioria, por territórios urbanos, rurais e semiurbanos , respetivamente.
O estudo analisou o programa de avaliação externa das escolas, criado em 2006, enquanto promotor de concepções de sucesso educativo (e de organização), com impacto no trabalho das escolas. Desta forma, não se abdicou de compreender esta iniciativa, no seio das tendências e políticas educativas, em curso, em Portugal (ver ponto 2). E como este sistema produziu uma enorme manancial de informação sobre as organizações escolares e o sucesso educativo, o presente projeto propôs-se a explorar, de forma sistemática e cientificamente válida, estes dados, em busca de padrões, tendências e correlações. Em ambos os casos, interessou-nos particularmente o facto de se tratar de um processo que não apenas abordou a questão do sucesso na escola, mas que procurou simultaneamente promover e aferir o sucesso da escola, colocando ênfase numa vertente organizacional ainda com escassa tradição, em Portugal (ver ponto 3).
A opção por centrar a análise nos relatórios de avaliação externa constituiu uma via desafiante para a investigação, na medida em que se assumiu a informação disponível nos relatórios de avaliação externa (que resulta de uma operação prévia de recolha de informação junto das escolas e de painéis de atores sociais) como a documentação central para a análise. A análise de fontes secundárias de informação faculta o acesso à informação a partir da interpretação que outros atores sociais – a equipa de avaliação, neste caso – fazem dela.
A estratégia metodológica adotada assentou num conjunto diversificado de técnicas de análise e recolha de informação. O primeiro procedimento acionado consistiu na análise dos relatórios de avaliação externa das regiões e horizontes temporais acima explicitados, incidindo nos domínios “Resultados”, “Organização e gestão escolar” e “Liderança”. Os relatórios foram objeto de uma análise de conteúdo de cariz quantitativo e numa análise categorial com uma ênfase qualitativa. O segundo procedimento consistiu na análise de conteúdo da legislação educativa produzida em Portugal durante o período de 2005 a 2009. Para o período temporal entre 2007 e 2009 também foram analisados: comunicados de imprensa e materiais divulgados no sítio do Ministério da Educação, discursos da então Ministra da Educação em cerca de quinze intervenções públicas e dez entrevistas aos principais órgãos de comunicação social e notícias sobre políticas educativas publicadas no jornal Público. Um terceiro procedimento técnico-metodológico concretizou-se numa análise multivariada realizada com o objetivo de estruturar tipos de organizações escolares. O conjunto das variáveis identificadas permitiu a caracterização das escolas avaliadas ao nível das suas opções de gestão, da caracterização do contexto territorial onde estão inseridas, da sua dimensão, do nível de instrução que oferecem, das características da sua população e dos seus resultados escolares. Finalmente, e de forma a alcançar um conhecimento mais próximo das realidades escolares, foi selecionado um conjunto de escolas para a realização de duas entrevistas, a saber: o diretor da escola ou do agrupamento de escolas e o presidente do Conselho Geral. Esta seleção teve na sua base a tipologia de escolas construída (ver mais adiante neste texto), as regiões em que se enquadram e as taxas de sucesso/ insucesso escolares.
Com esta estratégia metodológica perspetivou-se concretizar um olhar sobre a avaliação externa das escolas cruzando uma análise centrada nos respetivos relatórios e nas perspetivas e enfoques dos atores sociais que ocupam cargos de direção das escolas e agrupamento de escolas.
Neste texto não se irá desenvolver uma síntese dos resultados do estudo, mas antes procurar salientar um conjunto de reflexões que resultaram desta investigação, enfatizando a relação entre avaliação, organização e sucesso escolar. Para concretizar este objetivo, ir-se-á recorrer aos resultados da investigação, adotando um critério de seletividade e, necessariamente, de exclusão, que não substitui (pelo contrário exige) o aprofundamento no relatório do estudo que sustenta este texto (Veloso, 2010).
Práticas e estilos de liderança
Publication . Quintas, Helena; Gonçalves, José Alberto; Veloso, Luisa
No presente capítulo, procura-se caracterizar as práticas e estilos de liderança das escolas e agrupamentos de escolas das regiões objeto do estudo realizado, a partir da análise de conteúdo dos respetivos relatórios de avaliação externa, tendo presente que o referencial utilizado por todas as equipas de avaliação perspetiva a liderança segundo quatro fatores: visão e estratégia, motivação e empenho, abertura à inovação e parcerias, protocolos e projetos. Os objetivos deste capítulo são caracterizar a liderança exercida pelos diferentes órgãos de gestão escolar: diretor, Conselho Geral e lideranças intermédias (Conselho Pedagógico, áreas departamentais, diretores de turma, etc.); compreender como os diferentes órgãos se articulam entre si, ao nível da tomada de decisões; identificar constantes de atuação (padrões) caracterizadores das práticas de liderança e relacionar a inovação, enquanto face visível (e percetível) da liderança e da
sua expressão prática. Não cabe no âmbito deste estudo a análise de uma eventual relação entre a qualidade das lideranças e o sucesso escolar dos alunos. Embora se trate de um campo de estudo muito promissor, e que está a ser objeto de inúmeros estudos internacionais, os dados de que dispúnhamos não legitimavam uma análise com esse propósito. O referencial da avaliação externa que organizou a redação dos relatórios analisados,não remete para cruzamentos conclusivos nesse domínio e esta limitação impôs uma linha metodológica que só poderia ser orientada para objetivos como os anteriormente enunciados. Em termos estruturais, o presente capítulo inicia-se com um enquadramento teórico da problemática em estudo, em que são apresentados alguns conceitos-chave para a análise da liderança das organizações escolares, nomeadamente o
conceito de liderança; os traços distintivos entre gestão e liderança; as condições
necessárias para o exercício das lideranças e, a concluir, algumas reflexões sobre uma eventual influência das lideranças escolares no sucesso escolar dos alunos. Seguidamente são apresentados e discutidos os resultados do estudo desenvolvido, no que a este capítulo interessa. Nesse ponto, subordinado ao título “Perspetivando práticas de liderança”, analisam-se os resultados obtidos na análise aos relatórios de avaliação externa por referência a vários aspetos, nomeadamente: i) o papel e a função da escola, consubstanciada na visão e no exercício da liderança pelos vários órgãos da escola (diretor, conselho geral e outros órgãos da escola); ii) a circulação e utilização da informação; iii) os processos de tomada de decisão; e, ainda, iv) a abertura à inovação. Em cada uma destas categorias são analisados interpretativamente os dados recolhidos na sua globalidade, mas também distinguindo cada uma das regiões que tomámos como objeto de estudo (Algarve, Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo) e, ainda, de acordo com a tipologia de escolas que os processos de análise que efetuámos permitiram construir (ver capítulo
3): escolas tradicionais, inovadoras e difusas. Finalmente, apresenta-se a conclusão, na qual, e de acordo com o que a análise efetuada admite que se conclua,
se caracteriza a liderança exercida pelos diferentes órgãos de gestão escolar, se
aprecia como os circuitos de informação funcionam e dão corpo a processos de tomada
de decisão e ainda se reflete sobre a inovação educativa enquanto expressão
da liderança das escolas.
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FSE/CED/83498/2008