Publication
Community-based aquaculture: using local ingredients for tilapia diets
datacite.subject.fos | Ciências Naturais::Outras Ciências Naturais | pt_PT |
dc.contributor.advisor | Engrola, Sofia | |
dc.contributor.advisor | Aragão, Cláudia | |
dc.contributor.author | Rebotim, Ana Catarina Domingos Perdigão | |
dc.date.accessioned | 2022-08-24T15:06:00Z | |
dc.date.available | 2022-08-24T15:06:00Z | |
dc.date.issued | 2021-12-13 | |
dc.description.abstract | The United Nations’ Sustainable Development Goal (SDG) 2 was developed in an endeavour to end world hunger as well as to achieve food security and improved nutrition by 2030. In developing countries, especially in Sub-Saharan Africa, food insecurity is probably still the biggest threat that comes with poverty. Aquaculture has been proposed to undermine this problem, as it has the potential to provide animal protein to low-income communities, without the need to further explore natural resources. The concept of community-based aquaculture is especially interesting as it involves local communities in the animal production process, creating not only a source of food but also a source of income, improving the livelihoods of those involved. Tilapia (Oreochromis spp.), referred by the International Development Agencies as “aquatic chicken”, is a great candidate species to be used in this context as it is an extremely robust fish, adaptable to a wide range of culture conditions. For community-based aquaculture to be sustainable, it is important that the ingredients used in diet formulation are readily accessible to farmers and have also low environmental impact. Therefore, the aim of this study was to formulate a diet mainly based on local ingredients commonly found in Mozambican household and agricultural waste. This diet was used in Nile tilapia juveniles and its effect on growth performance, feed utilization and nutrient balances was evaluated and compared to those obtained using a typical commercial formulation. The results show that inclusion of local ingredients does not significantly impair growth neither feed utilization in Nile tilapia juveniles. Moreover, higher retention values of phosphorous and nitrogen obtained from this diet, suggest that this formulation is more environmental friendly than the commercial formulations. | pt_PT |
dc.description.abstract | Em 2015, a Organização das Nações Unidas definiu um conjunto de objetivos de forma a promover o desenvolvimento sustentável. De entre estes, destaca-se o objetivo 2, que pretende terminar com a fome, a insegurança alimentar e a malnutrição até 2030. Em muitas áreas do mundo, de entre as quais se salienta a África subsaariana, a insegurança alimentar é ainda uma das mais sérias ameaças que vem com a fome, e com o ano 2030 a aproximar-se a um ritmo galopante, é imperativo que se desenvolvam soluções que sejam viáveis a longo prazo e que perdurem mesmo após o término dos projetos de promoção ao desenvolvimento das comunidades menos afortunadas. Sendo a aquacultura a indústria de produção animal com um maior crescimento nos últimos anos, esta tem sido sistematicamente sugerida como uma possível fonte de proteína animal suplementar, de modo a garantir a subsistência destas populações. Contudo, a sustentabilidade, quer económica quer ambiental, deverá ser priorizada aquando da implementação da aquacultura nos países menos desenvolvidos. Para tal, a formulação das dietas é de maior importância, de forma a garantir o crescimento dos indivíduos bem como minimizar as perdas de fósforo e compostos azotados para o ambiente, minorando assim o impacto ambiental. A aquacultura praticada em comunidade tem também o potencial de desenvolver a economia das mesmas, criando postos de trabalho e gerando rendimento suplementar que pode subsequentemente ser usado para adquirir outros géneros alimentares e não só, promovendo assim uma melhoria na qualidade de vida. A aquacultura desenvolvida em contexto comunitário recorre ao uso de tanques de terra e de recursos como restos alimentares e das atividades agrícola e pecuária, que são utilizados para alimentar os peixes e consequentemente como fertilizante, para promover a produtividade primária do tanque, reduzindo assim a necessidade de inputs alimentares externos. A tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) tem alto potencial para ser utilizada neste contexto de produção, uma vez que é uma espécie muito resiliente e que se encontra num nível baixo da cadeia trófica. A sua fácil manutenção em cativeiro, valeu à espécie a designação de “galinha aquática”, vulgarmente empregue pelas agências de desenvolvimento. Apesar do seu indubitável potencial, a aquacultura em comunidade tem ficado aquém das suas promessas, principalmente em zonas como a África subsaariana. Isto deve-se, em grande parte, a iniciativas levadas a cabo por organizações, governamentais ou não, com o objetivo de promover e estabelecer a aquacultura como um setor económico próspero nas mesmas áreas. Contudo, estas iniciativas têm-se baseado maioritariamente em incentivos monetários, desacreditando a formação contínua dos aquacultores, que uma vez findas as campanhas de promoção ao desenvolvimento se sentem incapazes de fazer face às despesas e às dificuldades que encontram, acabando assim por abandonar o seu ofício em detrimento de outro mais lucrativo. Muitas das vezes os aquacultores dependem de rações comerciais que podem constituir mais de 60% do total de custos operacionais. A eliminação ou minimização dos conteúdos de farinha e óleo de peixe nas dietas são de maior importância para reduzir os custos de produção, mas também para assegurar uma maior sustentabilidade das dietas. Muitas alternativas têm sido testadas, com resultados promissores, desde fontes alternativas de proteína vegetal, resíduos de produção da pecuária e aquacultura e também ingredientes alternativos como a farinha de inseto, os subprodutos da produção de bebidas alcoólicas e da pecuária, entre outros. O objetivo deste estudo foi, desta forma, formular uma dieta à base de alimentos locais de Moçambique, como a mandioca, o milho, o amendoim, e feijões. Esta dieta experimental continha um teor mínimo de farinha de peixe, para garantir a aceitação do alimento. Esta dieta foi testada em juvenis de tilápia do Nilo, durante um período de 57 dias. Os parâmetros utilizados para avaliar o potencial da dieta foram a performance de crescimento, a utilização do alimento, bem como os balanços de fósforo e azoto. Para tal determinaram-se parâmetros como o aumento de peso, o índice de ingestão voluntária, o índice de conversão alimentar, o índice de eficiência proteica, os índices hepatossomático e viscerossomático, bem como o fator de condição. A composição corporal dos indivíduos foi determinada para obter os teores de matéria seca e cinzas, bem como os teores brutos de proteína, lípidos, energia e fósforo. A retenção de energia, proteína, lípidos e fósforo foram calculadas como a percentagem de ingestão de cada componente. Por último foram também calculados os balanços de fósforo e azoto com base na ingestão, ganho e perda dos mesmos. Os resultados foram comparados com os obtidos em indivíduos mantidos durante o mesmo período de tempo e em condições análogas, mas alimentados com uma dieta seguindo uma típica formulação comercial. As diferenças estatísticas entre os resultados foram calculadas através de um teste t, utilizando o software SPSS. Os resultados mostram um menor crescimento dos indivíduos alimentados com a dieta experimental, o que pode estar relacionado com o menor teor de proteína presente nesta dieta. Relativamente à utilização do alimento, não foram encontradas diferenças na taxa de alimentação voluntária, o que sugere que a palatabilidade da dieta é adequada. Já a taxa de conversão de alimento foi superior para os indivíduos do grupo experimental, revelando uma menor eficiência na utilização do mesmo. Contudo, os valores registados neste estudo estão dentro da faixa de valores referidos na literatura para a tilápia do Nilo. A dieta experimental promoveu uma maior deposição de gordura na carcaça, o que pode ser devido à presença de ingredientes com alto teor energético como o amendoim e o milho. Por último, a dieta experimental promoveu a retenção de fósforo e compostos azotados, minorando a perda dos mesmos. Num contexto de cultivo em tanques de terra, esta é uma característica muito importante, pois permite evitar a eutrofização dos corpos de água que para além de comportarem a produção de peixe irrigam também os solos agrícolas circundantes. O baixo impacto ambiental da dieta experimental aliado à sua relação custo-benefício, fazem desta uma alternativa ideal para promover a aquacultura de espécies de baixo nível na cadeia trófica, como a tilápia do Nilo. | pt_PT |
dc.identifier.tid | 202911012 | pt_PT |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.1/18172 | |
dc.language.iso | eng | pt_PT |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ | pt_PT |
dc.subject | Small-scale aquaculture | pt_PT |
dc.subject | Sustainability | pt_PT |
dc.subject | Sustainable development goals | pt_PT |
dc.subject | Nile tilapia | pt_PT |
dc.subject | Community | pt_PT |
dc.title | Community-based aquaculture: using local ingredients for tilapia diets | pt_PT |
dc.type | master thesis | |
dspace.entity.type | Publication | |
rcaap.rights | openAccess | pt_PT |
rcaap.type | masterThesis | pt_PT |
thesis.degree.grantor | Universidade do Algarve. Faculdade de Ciências e Tecnologia | |
thesis.degree.level | Mestre | |
thesis.degree.name | Mestrado em Biologia Marinha | pt_PT |