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Advisor(s)
Abstract(s)
Na última década tem-se assistido a um enorme interesse a nível internacional pela psicopatia
enquanto constructo aplicado a adolescentes e a crianças, que se tem vindo a revelar no notório
aumento de artigos científicos publicados sobre o tema. A presente investigação teve por objetivos
analisar a inter-relação existente entre traços psicopáticos e idade de início na atividade criminal,
etnicidade e género em jovens portugueses. Os participantes foram rapazes e raparigas
provenientes de amostras forenses (Centros Educativos do Ministério da Justiça) e de amostras
escolares (escolas públicas da região da grande Lisboa), aos quais foram aplicados instrumentos
psicométricos de medição de traços psicopáticos e de constructos relacionados. Os resultados
confirmaram predominantemente as hipóteses inicialmente colocadas. Os rapazes e raparigas que
se iniciaram precocemente na atividade criminal demonstraram níveis mais elevados de traços
psicopáticos e de constructos relacionados (e.g., perturbação do comportamento). Os rapazes e
raparigas pertencentes a etnias diversas não demonstraram diferenças significativas entre si
relativamente aos traços psicopáticos. O constructo da psicopatia é aplicável às raparigas
portuguesas em contexto forense e em contexto escolar. Independentemente da etnia ou do género,
os traços psicopáticos tendem a estar significativamente associados a perturbação do
comportamento, problemas comportamentais, comportamentos delituosos, gravidade dos crimes
cometidos, idade de início da atividade criminal, idade do primeiro problema com a lei e idade da
primeira detenção em Centro Educativo. A presente investigação fornece apoio adicional à
literatura científica internacional que considera o constructo da psicopatia como universal e
interculturalmente consistente.
Description
Tese de doutoramento, Psicologia, Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, 2013
Keywords
Psicopatologia Criminalidade Etnia Género Delinguência juvenil