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Abstract(s)
O principal objetivo do presente estudo foi explorar o papel das práticas parentais no bem-estar subjetivo da criança em idade pré-escolar, no sentido de identificar as práticas mais positivas e provavelmente favoráveis a um desenvolvimento harmonioso. Deste modo, procurou-se avaliar até que ponto as diferentes práticas parentais utilizadas pelos pais afetam o bem-estar dos seus filhos, ao nível da sua satisfação geral com a vida e da avaliação emocional (positiva ou negativa) que fazem em relação à mesma.
Para a concretização da presente investigação foram efetuados dois estudos, um de natureza qualitativa e outro de natureza quantitativa.
O estudo qualitativo, efetuado através de Entrevistas Semiestruturadas Individuais, permitiu-nos conhecer a perceção da criança acerca do conceito de felicidade e os indicadores de bem-estar subjetivo das crianças a partir das suas próprias declarações. Através deste estudo, pudemos também identificar os fatores sociodemográficos e as práticas parentais mais relevantes na variância do bem-estar subjetivo das crianças e conhecer eventuais dificuldades e necessidades sentidas pelos pais na promoção do bem-estar subjetivo dos seus filhos.
O estudo quantitativo possibilitou a recolha de dados acerca do nível de bem-estar subjetivo das crianças (Escala de Afeto Positivo e Negativo para Crianças e Escala Multidimensional de Satisfação de Vida para Crianças; Giacomoni, 2002) e dos respetivos pais (Escala de Afetos Positivos e Negativos; Galinha & Pais Ribeiro, 2005; Escala de Satisfação de Vida; Simões, 1992). Permitiu-nos ainda fazer um levantamento das práticas parentais adotadas (Questionário de Estilos e Dimensões Parentais; Miguel, Valentim, & Carugati, 2009).
Os resultados obtidos apontam para um poder preditivo das práticas parentais enquadradas no estilo parental permissivo na dimensão satisfação com os pares do bem-estar subjetivo da criança. Por outro lado, os mesmos resultados parecem indicar que as variáveis do contexto da educação pré-escolar, nomeadamente o tempo passado no jardim-de-infância e a frequência de atividades extracurriculares, o tempo de interação dos pais com os seus filhos ao fim de semana, a estrutura familiar e nível de bem-estar subjetivo dos próprios pais (a satisfação com a vida) são melhores preditores do bem-estar subjetivo da criança do que as práticas parentais.
Description
Dissertação de mest., Psicologia da Educação, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, 2013