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O Manifesto Antropófago, publicado pelo escritor brasileiro Oswald de Andrade em 1928, constitui um dos mais potentes signos do modernismo literário brasileiro e uma práxis cultural presente nas artes e no pensamento crítico durante o século passado e com potenciais contribuições ao contemporâneo. É essa atualidade do pensamento antropofágico pensado para além do campo literário, como uma filosofia decolonial avant la lettre, que procuramos desenvolver através de um ciclo de conferências, realizado em 2022, e da produção de uma coletânea de textos de pensadores e artistas da África, Brasil e Portugal.
O projeto ALMA (Audiovisual, Literatura, Modernismo e Antropofagia) é resultado de uma parceria institucional entre a Universidade Federal de São Carlos (por meio do Labor – Laboratório de Estudos do Discurso); a Universidade do Algarve (por meio do CIAC – Centro em Investigação em Artes e Comunicação); a Universidade Estadual de Minas Gerais e o Polo Audiovisual da Zona da Mata,um arranjo produtivo local em torno do cinema e da educação midiática sediado em Cataguases. A proposta do projeto foi utilizar a metáfora antropofágica para discutir as relações culturais entre África, Brasil e Portugal a partir da literatura e do audiovisual. Diálogos e influências recíprocas, similitudes e diferenças. A perspectiva adotada foi considerar os aspectos políticos, antropológicos, sociais e históricos que ensejaram essas relações. Houve, assim, no desenvolvimento deste projeto um duplo movimento: pensar, no tempo histórico, o lugar da literatura e do audiovisual e como essas manifestações do campo artístico refletiram relações mais profundas entre os países de língua portuguesa. A antropofagia como mediação cultural, mistura de linguagens e temporalidades.
Entre março e novembro de 2022, foram realizados seis eventos on-line com artistas e pensadores dos territórios contemplados no projeto. O escritor angolano, João Melo fez a conferência de abertura, “Antropofagia para além da Brasilidade”, na sequência, o escritor brasileiro Luiz Rufatto e o cineasta português, José Barahona, conversaram sobre a adaptação cinematográfica do romance de Rufatto, “Estive em Lisboa e Lembrei de Você”. As demais mesas de debate reuniram Ana Soares e Isabel Nogueira para tratar do tema “O moderno em Ernesto de Souza”. A cineasta mineira Elza Cataldo e o ator e documentarista português, Miguel Pinheiro, falaram sobre o filme dirigido por Elza, “As Òrfãs da Rainha”. Miriam Tavares, Patrícia Dourado, investigadoras do CIAC/Universidade do Algarve Algarve exploraram, em conjunto com o cineasta brasileiro, Leonardo Moura Matteus, o tema da autoficção em sua obra. O documentarista e pesquisador da Universidade Estadual de Minas Gerais Charles Bicalho explorou a obra que fez em conjunto com Isael Maxacali, intitulada “O dilúvio Maxacali”. Ele estava acompanhado de Cláudio Santos Rodrigues, também professor da Universidade Estadual de Minas Gerais. Todas essas atividades estão disponíveis no canal do Youtube do CIAC e do site do projeto.
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Artes Literatura Modernismo Audiovisual
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Universidade do Algarve, CIAC - Centro de Investigação em Artes e Comunicação