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Fear of socializing in the post covid-19 period: a systematic review of associated behaviors

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Abstract(s)

Contexto geral: A interação social e a conectividade são essenciais para o bem-estar humano. A pandemia de COVID causou perturbações socioeconómicas globais, tendo sido impostas medidas severas de contenção que restringiram a participação e a interação social. Somos levados a acreditar que o consenso predominante na visão social e no sentido da experiência foi de aplicação de restrições, distanciamento social e isolamento - uma prolongada e indesejável dificuldade que teve de ser suportada até que o perigo diminuísse, tendo como objetivo o bem individual e coletivo. Durante a pandemia, surgiram evidências de um aumento drástico nos problemas de saúde mental, no isolamento social, no medo e nos indicadores comportamentais associados a uma potencial disfunção, incluindo abuso de drogas, privação de exercício físico, alimentação e atividade na internet. Especificamente, havia algumas evidências de que, após essas várias e persistentes interrupções ao longo de anos sucessivos, muitas pessoas estavam a viver uma apreensão generalizada, medo e ansiedade relacionados com o retorno ao trabalho e ao retorno à vida social em geral – um medo ou ansiedade geral de socialização, participação social e interação em muitos níveis. Este medo ou ansiedade parecia ser aparentemente partilhado por muitos estratos da sociedade e em muitas áreas geográficas. Neste estudo, foram formulados dois objetivos e duas hipóteses com base nesses objetivos. A primeira hipótese afirmava que um aumento do medo e da ansiedade entre a população em geral levou à interrupção da interação social, tendo estes sentimentos persistido. A segunda hipótese afirmava que essa rutura da interação social também se manifestava em comportamentos de saúde associados à rutura. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura para investigar o impacto da pandemia de COVID-19 na ansiedade, medo e saúde mental. Após uma revisão da literatura de fundo, foram definidas metodologias de revisão que permitiram pesquisar a literatura relevante em quatro bases de dados: a PubMed, o Scopus, a Web of Science e o Google Scholar. Resultados: As pesquisas produziram um total de 4.346 referências que foram importadas para o instrumento de avaliação “Covidence”. Após a aplicação dos critérios de inclusão e de exclusão, foram selecionados 50 artigos para revisão completa, extração de dados e avaliação da qualidade, como base para a síntese e conclusões da dissertação. Destes, 27 estavam relacionados com a interrupção da interação social e 23 estavam relacionados com comportamentos associados específicos, como a atividade física, a alimentação, os comportamentos sedentários, o consumo de álcool e/ou tabaco e a utilização das redes sociais. Os resultados permitiram confirmar ambas as hipóteses. O surgimento e aumento da ansiedade social e outros problemas de saúde mental, também levaram a um aumento na interrupção da interação social e afastamento social que persistiu e ainda é evidente. O afastamento social e a redução ou perda da interação social e dos relacionamentos estão altamente correlacionados com a ansiedade. Confirmámos ainda diferenças de género, demográficas e socioeconómicas. As mulheres, os jovens e as pessoas com menores recursos financeiros apresentaram maior vulnerabilidade. É importante realçar que vários artigos apresentam novas aplicações de técnicas existentes para da enfase a essa hipótese de disrupção da interação social. Um estudo em particular relatou a medição da redução de ação social pós-pandemia e o desenvolvimento de uma escala e de uma ferramenta específicas para o estudo da mesma. O estudo concluiu que a ansiedade social foi correlacionada com o afastamento social muitas vezes não relatado quando medido com precisão. Este resultado está diretamente relacionado com a falta de relatórios sobre este tema específico da dissertação. Confirmámos ainda que indivíduos com maior resiliência e maior interação social, redes sociais e conectividade estavam mais protegidos contra distúrbios mentais e que, em alguns grupos da população, essa proteção levou a um desenvolvimento positivo do crescimento pós-traumático. Em vários estudos, a ansiedade social e outros problemas de saúde mental foram correlacionados com eventuais resultados positivos, como o crescimento pós-traumático e a qualidade de vida enriquecida através de atividades de vida mais variada e em maior escala, como a atividade física, as artes e o relacionamento social mais seletivo. Em muitos casos, este resultado positivo e de desenvolvimento, tal como acontece com o desenvolvimento de ansiedade e problemas de saúde mental em geral, foi mediado através de variáveis individuais e psicológicas, incluindo a resiliência e a presença e acesso a capital social. Os resultados de vários estudos mostraram que a atividade física, a alimentação, o comportamento sedentário, a falta de exercício físico, as comunicações digitais e o uso das redes sociais foram particularmente problemáticos, aumentaram e levaram a distúrbios da saúde mental e a mais ou menos graus de desconexão social e diminuição das relações sociais. Conclusão: O surgimento e o aumento da ansiedade social e de outros problemas de saúde mental durante e após a pandemia, levaram à interrupção da interação social, tendo essa interrupção persistido, sendo ainda evidente atualmente. Este fenómeno de ansiedade social, associado à perturbação da interação social é pouco compreendido, estudado e relatado na literatura. Embora existam e comecem a surgir artigos dispersos relacionados com vários aspetos do tema, estes resultados díspares exigiram agregação e coordenação intelectual. Esta dissertação procura agregar esses resultados díspares e provar as hipóteses e o seu mérito para futuras investigações. Este trabalho apresenta algumas limitações, como o desenho do estudo, a recolha de dados, a qualidade dos estudos analisados, o período de publicações abrangido, o âmbito limitado do estudo e a heterogeneidade e o tamanho da amostra. Os resultados preliminares desta dissertação, quando colocados no contexto da riqueza existente de estudos sobre o aumento alarmante e a persistência da ansiedade social e outros problemas de saúde mental relacionados durante e pós-pandemia, apontam para a necessidade urgente de estudos futuros nesta área. Os resultados deste estudo indicam ainda que o capital social, o apoio social e a formação de redes sociais impactam positivamente a qualidade de vida durante crises como esta e chamam à atenção para a importância de fatores individuais e comunitários na esfera social. As pessoas de todas as idades e níveis económicos devem ser incentivadas a participar em atividades cívicas, proporcionando assim uma distração positiva e uma ligação social e comunitária significativa. Esses resultados podem ser úteis para intervenção clínica direcionada, desenvolvimento de políticas sociais e de saúde pública e alocação de recursos governamentais.
Background: Social interaction and connectedness are essential for human well-being. The COVID- 19 pandemic has caused global socio-economic disruptions. Severe containment measures restricted social participation and interaction. The prolonged period of physical and social isolation contributed to a significant increase in fear, anxiety, and mental and physical health issues in the general population and specific subgroups. We formulated two hypotheses. Hypothesis 1 stated that an increase in fear and anxiety among the general population led to social interaction disruption and persisted. Hypothesis 2 stated that this social interaction disruption manifested in associated health behaviors. Methods: A systematic review of the literature was performed to investigate the impact of COVID-19 on anxiety, fear, and mental health. Following a scoping review of background literature a series of search strings were created and adapted for search in four databases PubMed, Scopus, Web of Science, and Google Scholar. The searches produced a total of 4346 references that were imported to the Covidence assessment tool. Following the application of screening and inclusion and exclusion criteria, 50 papers were subsequently approved for full review, data extraction, and quality evaluation as the basis for the dissertation's synthesis and conclusions. Result: Both Hypothesis were confirmed. We further confirmed gender, demographic, and socioeconomic differences. Women, younger people, and persons of lower financial means all exhibited greater vulnerability. We further confirmed that individuals with greater resilience and higher social interaction, social networks, and connectedness were more protected against mental disturbance and that in some portion of the population, this protection led to a positive development of PTG (Post Traumatic Growth). Conclusion: The emergence and rise of social anxiety and other mental health issues during and post- COVID Covid including loneliness and depression led to a rise in social interaction disruption, social disengagement, and avoidance, and that persisted and is still evident today.

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Covid-19 Associated behaviors Social anxiety Social phobia General population Pandemic

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