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Navigating sustainability in the blue economy: innovations, challenges, and opportunities

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Abstract(s)

How can the Blue Economy evolve to be both innovative and truly sustainable? What challenges and opportunities do firms face as they integrate environmental, social, and governance principles into ocean-based industries? And how can theory and practice come together to foster responsible growth in this vital sector? This thesis addresses these questions through a three-pronged investigation into the intersections of sustainability and innovation within the Blue Economy. The first study presents a systematic literature review, identifying key trends, gaps, and opportunities in the fields of sustainability-oriented innovation and ocean-based economic activity. It highlights the need for clearer conceptual frameworks and stronger alignment between environmental imperatives and innovation drivers. Building upon these findings, the second study draws on survey data collected from Portuguese Blue Economy firms and employs Partial Least Squares Structural Equation Modeling (PLS SEM) to explore how sustainability initiatives influence innovation, and how these innovations mediate economic, environmental, and social impacts. The results demonstrate that sustainability is not merely an obligation but a catalyst for innovation that enhances multidimensional performance. The final study builds on these perceptions through real-world case studies, exploring how innovative Blue Economy firms apply sustainability principles in practice. It validates best practices, identifies common barriers to implementation, and examines how these organizations reflect on and assess the impact of their sustainability and innovation efforts. These findings provide valuable guidance for companies striving to enhance their practices, and for policymakers aiming to foster a supportive environment for sustainable and innovative growth in the sector. Collectively, these studies advance the theoretical understanding of sustainability-driven innovation within the Blue Economy, contributing to institutional theory and the triple bottom line framework, while offering evidence-based direction for policy and strategy development. This thesis bridges academic knowledge and practical application, underscoring the role of innovation as both an outcome and a driver for sustainable transformation. Ultimately, it charts a path toward a more resilient and inclusive Blue Economy, one that balances economic opportunity with environmental stewardship and social responsibility.
A Economia Azul, é entendida como o uso sustentável dos recursos marinhos para o desenvolvimento económico, a criação de emprego e melhoria do bem-estar humano, enquanto se salvaguarda a saúde dos ecossistemas oceânicos (World Bank & United Nations Department of Economic and Social Affairs, 2017). Tem vindo a ganhar crescente relevância no âmbito das políticas europeias e internacionais. A sua importância torna-se ainda mais evidente num contexto de urgentes desafios ambientais, tais como as alterações climáticas, a degradação da biodiversidade e a escassez de recursos naturais (Cisneros-Montemayor et al., 2021). Paralelamente, existe uma necessidade crescente de transição para modelos económicos mais resilientes e sustentáveis, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, em particular o ODS 14 - Proteger a Vida Marinha (United Nations, 2020). Apesar do reconhecimento do seu potencial, a implementação de práticas inovadoras e sustentáveis na Economia Azul enfrenta desafios significativos. A literatura aponta para a falta de quadros conceptuais sólidos que integrem de forma eficaz as dimensões económica, social e ambiental (Geissdoerfer et al., 2018). Acrescem barreiras institucionais e organizacionais que dificultam a adoção de práticas sustentáveis por parte das empresas, bem como a resistência cultural à mudança e à inovação (DiMaggio and Powell, 1983). A nível empresarial, observa-se frequentemente a predominância de abordagens centradas no curto prazo, orientadas para a rentabilidade imediata, em detrimento de estratégias sustentáveis de longo prazo (Bocken et al., 2014). Neste contexto, esta tese procura contribuir para o avanço do conhecimento sobre o papel da inovação sustentável nas empresas Economia Azul, abordando as seguintes questões fundamentais: de que forma a sustentabilidade impulsiona a inovação nas empresas da Economia Azul? Quais são os principais fatores facilitadores e inibidores da integração de práticas sustentáveis e inovadoras? E que caminhos podem ser delineados para promover uma maior adoção de estratégias alinhadas com o desenvolvimento sustentável? Este trabalho desenvolve-se em torno de três estudos complementares, organizados em formato de artigos científicos. O primeiro artigo apresenta uma revisão sistemática da literatura, tendo como objetivo evidenciar e sistematizar as principais linhas de investigação sobre inovação e sustentabilidade no âmbito da Economia Azul. A análise xvi da literatura revelou não só a dispersão conceptual existente, mas também a falta de estudos empíricos que explorem de forma integrada a influência da inovação sustentável no desempenho das empresas do setor. Este estudo destaca a pertinência de enquadrar a análise no âmbito do Triple Bottom Line (Elkington, 1998), conjugando os pilares económico, ambiental e social, bem como a relevância da Teoria Institucional (DiMaggio and Powell, 1983) para compreender as pressões externas que condicionam a atuação empresarial. O segundo artigo apresenta uma investigação empírica desenvolvida junto de empresas portuguesas da Economia Azul. Com base num inquérito por questionário aplicado a um conjunto de empresas inovadoras identificadas através de plataformas e redes especializadas, como o Fórum Oceano, bem como beneficiárias de financiamento do Fundo Azul (DGPM, 2021, 2016). O questionário foi também divulgado através de fóruns e associações do setor, incluindo o portal Economia Azul, que colaboraram na sua disseminação interna aos seus associados. A análise dos dados, através da metodologia Modelação por Equações Estruturais baseada em Mínimos Quadrados Parciais (PLS SEM), permitiu identificar a significância das relações entre a adoção de práticas sustentáveis, a capacidade de inovação e os resultados económicos, ambientais e sociais. Os resultados confirmam que as empresas que integram a sustentabilidade no centro da sua estratégia inovam mais e obtêm melhores desempenhos multidimensionais, reforçando a sua competitividade e contribuindo para a resiliência do setor (Bossle et al., 2016; Nidumolu et al., 2013). O terceiro artigo centra-se na validação prática dos princípios identificados nos estudos anteriores, por meio da análise de estudos de caso em empresas portuguesas da Economia Azul. Esta análise permitiu identificar boas práticas, barreiras à implementação de estratégias sustentáveis e as dinâmicas de interação entre empresas, autoridades públicas e outros stakeholders. Verificou-se que, embora existam esforços relevantes no sentido da sustentabilidade, a ausência de mecanismos de monitorização estruturados e de métricas consistentes dificulta a avaliação do impacto das práticas adotadas. Este estudo reforça a importância das redes de colaboração e da partilha de conhecimento entre empresas, universidades e entidades públicas, enquanto fatores críticos para a promoção da inovação sustentável (Rupo et al., 2018; Voyer et al., 2018). xvii Em conjunto, os três artigos desta tese oferecem um contributo teórico e empírico relevante para o campo da Economia Azul, colmatando lacunas identificadas na literatura e respondendo a desafios práticos enfrentados pelas empresas do setor. Este trabalho reforça a ideia de que a inovação orientada para a sustentabilidade não deve ser encarada apenas como uma resposta a exigências externas ou regulamentares, mas antes como um motor estratégico de crescimento, diferenciação e resiliência organizacional. Além disso, a investigação evidencia a necessidade de um maior alinhamento entre políticas públicas, instrumentos financeiros e iniciativas empresariais, de forma a criar um ecossistema propício ao desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis. Finalmente, esta tese apresenta recomendações práticas para empresas, decisores políticos e entidades reguladoras, destacando a importância de: (i) integrar a sustentabilidade nas estratégias empresariais de inovação; (ii) promover a capacitação organizacional e o desenvolvimento de competências; (iii) incentivar a criação de plataformas colaborativas intersectoriais; e (iv) desenvolver instrumentos de avaliação de impacto adaptados às especificidades da Economia Azul. Com estes contributos, pretende-se não só alargar o conhecimento científico neste domínio mas também apoiar a transição para um modelo de desenvolvimento mais equilibrado, inclusivo e orientado para o futuro, capaz de responder de forma eficaz aos desafios económicos, ambientais e sociais contemporâneos.

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Blue Economy Sustainability Innovation Triple Bottom Line Institutional Theory Policy and Practice

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