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Abstract(s)
Drama em cinco actos, A Morgadinha de Valflor, um dos primeiros dramas de
Pinheiro Chagas, estreado na noite de 3 de Abril de 1869 no Teatro D. Maria, conheceu
um sucesso estrondoso, o qual se repetiu ao longo das suas inúmeras representações. O
nosso trabalho, intitulado A Morgadinha de Valflor: a esperança de um sonho. Estudo
comparativo da obra de Pinheiro Chagas, procura traduzir a ideia principal, presente
tanto no texto original como na versão francesa, da concretização de um sonho ilusório
(união do par amoroso no além), simbolizando uma união política e social no futuro
(século XIX), que concretizará as noções iluministas de igualdade e de liberdade (tanto
a nível humano como literário, social e político), sendo estes conceitos substituídos, na
versão francesa da autoria de Henry Faure (embora esta seguisse globalmente o
princípio de fidelidade), pelo de fraternidade, que, dando-lhes continuidade, completa o
lema revolucionário francês: “Liberté / Égalité / Fraternité”.
Assim, as duas versões focalizam o conflito social, cujo impacto debilita
principalmente o estado psicológico de uma das personagens principais, Luís, que,
oscilando entre o mundo de sonho idealista, portanto ilusório no tempo em que vive, e o
mundo da realidade, desfalece com a visão futura de uma esperança de igualdade e
liberdade, tão reivindicadas pelos românticos. O nosso estudo comparativo focaliza, por
um lado, alguns casos de convergências e divergências encontradas nas duas versões e
valoriza, por outro, uma interpretação pessoal do drama à luz dos aspectos
socioculturais e/ou políticos.
Description
Dissertação mest., Literatura, Universidade do Algarve, 2006
Keywords
Teses Litaratura comparada Ilusão Século XIX Drama Tradução
