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Abstract(s)
Este estudo incide sobre Espaços Exteriores Escolares e pretende contribuir para a compreensão dos efeitos / benefícios, que a presença de elementos naturais nos espaços de brincadeira, têm no desenvolvimento infantil. O principal objetivo foi estudar os efeitos que a presença-abundância de elementos naturais nos espaços exteriores escolares tem na frequência de atividades, brincadeiras ou comportamentos das crianças. Testou-se a hipótese geral de que, a maior ou menor, presença de elementos naturais influencia o tipo de brincadeiras das crianças no espaço exterior de recreio, incluindo que reduz a ocorrência de situações de conflito e/ou de comportamentos violentos entre as crianças.
Foram estudados os espaços exteriores de quatro escolas do ensino básico. Efetuaram-se observações preliminares para definição de settings (divisão do espaço em áreas que correspondem a distintos cenários comportamentais) e affordances (lista de oportunidades de atividades, brincadeiras ou comportamentos). Segue-se um período de observação sistemática, de modo a descrever as intensidades de uso e frequência de comportamentos por setting. Classificaram-se os comportamentos por tipologia de brincadeiras (brincadeiras funcionais, construtivas, simbólicas, auto-focadas e de conversa) e por intensidade da atividade física (vigorosa, moderada e baixa), e os comportamentos conflituosos por nível de gravidade (grave, média e baixa). Testou-se a existência de diferenças significativas entre o grupo de espaços exteriores naturalizado e o grupo dos espaços artificializados.
Os resultados revelam a existência de diferenças significativas entre grupos, no que se refere à frequência de ocorrência de brincadeiras construtivas e simbólicas (frequências superiores nos espaços naturalizados) e “de conversa” (frequência menor nos espaços naturalizados). Apesar da frequência de ocorrência de comportamentos de conflitos ser menor no grupo naturalizado, estas diferenças não são significativas. Não foram encontradas diferenças significativas na frequência de brincadeiras com distintos níveis de intensidade da atividade física. O uso do equipamento pelas crianças é significativamente maior nos espaços de recreio artificializados. Conclui-se que há efeito da maior ou menor presença de elementos naturais nos espaços exterior de brincadeira no desenvolvimento infantil. Espera-se que estas evidências contribuam para que o desenho do espaço exterior e/ou do projeto de arquitetura paisagista de espaços exteriores infantis sejam mais potenciadores do desenvolvimento infantil.
Description
Dissertação de mestrado, Arquitetura Paisagista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2016
Keywords
Comportamento infantil Parque-infantil Parque-infantil naturalizado Natureza Mapas comportamentais Arquitetura paisagista