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Abstract(s)
BODYBUILDERS, incide na análise e reflexão em torno de um conjunto de obras e criadores cujo discurso e prática autoral se foca no corpo enquanto matéria, forma e objecto, através da sua espectacularização/especulação. A auto-representação do corpo e a construção de identidade(s)/subjectividade(s) e do lugar do outro, surgem como problemáticas centrais desta investigação, Falamos de artistas e obras que vivem de imagens construídas, coladas, esculpidas, materializadas, subtraídas, travestidas e inscritas no corpo – o corpo do artista/criador/autor, ele mesmo, corporalizadas na primeira pessoa do singular. O corpo funciona aqui como canvas, como folha em branco, palco vazio, cenário e protótipo. A investigação de cariz, transversal e interdisciplinar, parte da análise de diferentes práticas e discursos artísticos que exploram, traduzem, desconstroem, problematizam ou questionam este corpo enquanto matéria, ferramenta, media, objecto, display ou linguagem. A apropriação e o jogo de palavras implícito no título - bodybuilders, surge-nos como a metáfora que atravessa toda a reflexão, para pensar e debater um corpo, que é simultaneamente construção, conceito, objecto e representação, problematizando um mundo pós-moderno de paradoxos e paradigmas. Reflecte-se de igual modo, sobre as implicações que tais alterações de paradigmas, inferem nas práticas artísticas contemporâneas, no espaço social e nas políticas corporais, dando relevância as suas dimensões éticas, políticas e estéticas. Os corpos que ocupam os palcos que aqui se investigam, são devedores das heranças da filosofia de Foucault e de Arendt (entre outros), e estão, sob influência dos contributos da teoria crítica feminista, dos estudos de género, dos cultural studies e do pós-colonialismo. O corpo destes bodybuilders é um corpo utópico mas real, e é nesse sentido que se conduz esta reflexão, procurando entender e problematizar o lugar de interpelação do real a que a criação artística convida, numa mediação constante dos nossos modos de ver o outro e a nós mesmos. O corpo que aqui se convoca, é um corpo ready-made, de espelhos e vontades de representação/transformação do mundo. É um corpo de alteridades, pluralidades e liberdades.
Description
Tese de doutoramento, Comunicação, Cultura e Artes, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2016
Keywords
Corpo Identidade Sujeito Self Outro Espelho Performance Género Pós-modernidade Pós-colonialismo Liberdade Pluralismo Pop