Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
1.58 MB | Adobe PDF | |||
104.81 KB | Adobe PDF | |||
2.69 MB | Adobe PDF |
Authors
Abstract(s)
Este estudo versa sobre a temática do herói pícaro, estudando a evolução do romance
picaresco, desde as suas origens no Século de Ouro espanhol até à literatura
contemporânea nacional, sob uma perspectiva sincrónica e diacrónica.
O modelo foi inaugurado com La vida de Lazarillo e estabelecido com Guzmán de
Alfarache. Quevedo subverte e parodia o modelo picaresco, mostrando a possibilidade
de inovação dentro do subgénero.
Este ultrapassou as fronteiras hispânicas: as novelas espanholas foram traduzidas
para outras línguas europeias e conduziram ao aparecimento de subgéneros romanescos:
a rogue literature, as histórias cómicas, os romances autobiográficos e o romance
picaresco francês. Na Alemanha, a influência sentiu-se de forma mais modesta e
indirecta.
O subgénero influenciou também a produção literária portuguesa. Encontramo-lo na
sátira e na imagem picaresca dos Portugueses transmitida na Peregrinação e na sátira de
costumes à sociedade portuguesa em O Piolho Viajante. O século XIX trouxe novos
exemplos do espírito pícaro remanescente através da presença de anti-heróis (o cego de
Landim e Teodorico Raposo). A narrativa portuguesa contemporânea permitiu a
discussão acerca da neo-picaresca. Encontrámos sobrevivências em vários autores –
Miguel Torga, Aquilino Ribeiro, Fernando Namora e Fernando Assis Pacheco –, que
recuperaram a tradição, inovando-a e adaptando-a a outras realidades.
Description
Tese de dout., Literatura, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2012
Keywords
Literatura Novela picaresca Estudo literário