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A barra e o estuário do Periyâr, localizados a cerca de cinco léguas a norte de Cochim, foram palco, desde muito cedo, em virtude de se tratar de um local estratégico tanto do ponto de vista militar como económico, de sucessivos confrontos navais e terrestres entre as forças do Samorim, suportadas pelos seus aliados muçulmanos, e as armadas portuguesas. Local de confluência de vários rios que desciam dos Gates e que serviam de meio de transporte para a pimenta ali produzida, era também um ponto obrigatório de passagem das tropas de Calecut por altura dos raides militares lançados sobre o vizinho estado de Cochim. Não
tardou, por isso, que as forças da coroa portuguesa ali tivessem estabelecido um sistema fortificado constituído por uma torre artilhada, edificada em Palipuram à entrada da barra, e, mais tarde, de uma pequena fortaleza construída em Cranganor (Kodungallor) com o objetivo de dominar o porto.
No artigo que agora se publica abordaremos não só a problemática em torno da data da construção dessas estruturas fortificadas, inserindo-as no processo mais vasto de fixação dos portugueses no Malabar com o objetivo de controlar os fluxos da pimenta em direção às rotas do Levante, elemento fundamental para a
viabilização económica da “Carreira da Índia”, mas analisaremos também o seu desenvolvimento posterior, marcado sobretudo pelos conflitos político-militares mantidos com o reino de Calecut, até à conquista da praça pelos holandeses em 1662.
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Fortaleza de Cranganor