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A segurança e perceção de risco no turismo constituem dois importantes critérios
na seleção dos destinos e no processo de tomada de decisão, principalmente quando
escolhemos destinos internacionais. Apesar do estudo da perceção de risco e de
segurança constituírem um tópico de análise explorado em diferentes contextos, no caso
do turismo os acontecimentos do 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos da
América deram-lhe uma maior amplitude de investigação. Foi nesta linha, e pela
constatação de que em Portugal este tema está insuficientemente investigado, que
quisemos explorar a temática aplicada a um destino turístico concreto: o Algarve.
O turismo envolve diferentes tipos de risco, os quais exploramos de forma a
encontrar uma matriz condutora a partir da qual pudéssemos proceder à construção de
uma escala que medisse diferentes itens de perceção de risco nos turistas que visitam o
Algarve. Apesar da revisão da literatura apontar para um conjunto alargado de itens, a
validação da escala de perceção de risco (através da análise das componentes principais)
veio permitir restringir o seu número a seis grandes fatores de risco: (i) socio temporal;
(ii) crime e de saúde física; (iii) político e de terrorismo; (iv) turístico; (v) funcional ou
de equipamento e (vi) cultural e de comunicação.
Nesta investigação foram objeto de análise um conjunto de variáveis, a saber: o
momento da viagem (chegada e partida); o país de origem dos turistas ; a familiaridade
vs novidade do destino Algarve ; a tipologia turística e da viagem ; os aspetos
sociodemográficos dos turistas. A relação observada entre as diferentes variáveis e o
problema em estudo permitiu, por um lado, compreender a realidade da perceção de
risco e segurança dos turistas que visitam o Algarve, e por outro, conhecer a
concetualização do tema através do discurso das diferentes entidades regionais (direta
ou indiretamente) ligadas ao turismo.
A investigação empírica divide-se em três estudos: o primeiro analisa o fator de
segurança no Algarve através dos dados recolhidos nas entrevistas às entidades
regionais; o segundo apresenta as diferentes fases presentes na construção e validação
de uma escala de perceção de risco (EPR); o terceiro apresenta e analisa os resultados
do questionário aplicado a 1223 turistas (internacionais e domésticos) inquiridos no
aeroporto de Faro.
O tratamento de dados permitiu perceber que existem diferenças significativas
no que toca à relação dos fatores encontrados com as principais variáveis em estudo.
Description
Tese de doutoramento, Psicologia, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2012
Keywords
Turismo Psicologia Riscos Perceção Segurança Motivação Tipologias Portugal - Algarve