Valores, estilos parentais, stresse infantil e vivência emocional dos filhos

Pires, Mónica Rute Taveira

http://hdl.handle.net/10400.1/10588

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tese de doutoramento - Mónica Pires - VALORES, ESTILOS PAREN.pdf		2 MB	Adobe PDF	Download

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Authors

Pires, Mónica Rute Taveira

Advisor(s)

Jesus, Saul Neves de

Hipólito, João E. de Jesus

Abstract(s)

Os objectivos da presente investigação de metodologia mista, são conhecer os estilos parentais (EP’s) predominantemente adoptados, percepcionados por pais de crianças dos 3 aos 10 anos, verificar se o sistemas de valores predizem a sua adopção e se os EP’s percepcionados por pais-filhos se associam aos sintomas de stresse infantil, nas crianças dos 5 aos 8 anos. Com a análise das díades familiares pretendeu-se verificar a consistência de EP’s entre casais e a concordância entre as percepções de pais e filhos. À excepção da Escala de Valores de Nunes, O., todos os instrumentos utilizados, PAQ-P, PAQ-C e ESI, foram adaptados/validados no decorrer da investigação. Os resultados encontrados revelam a predominância, em pais e mães, da dimensão afectiva e investimento profissional (DAIP), em termos de valores, e do EP autoritativo. A idade e o género, exercem efeito na adopção de EP’s, e o género, a escolaridade e o rendimento económico um efeito na importância atribuída aos valores. O valores existenciais e DAIP predizem a autoritatividade e a permissividade (esta negativamente), e os valores de investimento intelectual, auto-controlo e Investimento religioso (este último, apenas no caso dos homens) o autoritarismo. Verificou-se uma concordância nas percepções das díades parentais nos valores e nos EP’s autoritativo e permissivo, surgindo os pais como mais autoritários, e uma concordância de EP´s de ambos os pais pelos filhos, mas não na percepção mães/pais-filhos. Os EP’s percepcionados pelas crianças correlacionam-se com os sintomas de stresse, surgindo a permissividade como o melhor predictor. As crianças referiram maioritariamente a adopção de práticas parentais punitivas, acompanhadas por expressão emocional negativa de pais-crianças e decorrente vivência emocional negativa na criança. Apenas se verificaram diferenças no stresse infantil segundo o tipo de ensino frequentado. Reflexões metodológicas e referentes à revisão de literatura são discutidas.