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A presente proposta de trabalho assenta na leitura da obra poética de João Lúcio (1880-1918), constituída essencialmente pelas obras Descendo (1901) , O Meu Algarve (1905), Na Asa do Sonho (1913) e Espalhando Fantasmas (1921), a partir de uma questão transversal a toda a sua poesia: a permanente problematização do eu poético face ao mundo que o rodeia.
Tal noção é o que parece unificar a heterogeneidade da obra publicada – desde a permanente e deliberada busca de um sentido no mundo em Descendo, passando pela assumida defesa de um ponto de vista pessoal do espaço em O Meu Algarve, até a um redimensionar do mundo circundante a partir da revalorização de uma dimensão onírica
em Na Asa do Sonho. A relação, ora harmoniosa, ora tensa, é resolvida no último poema publicado em vida pelo poeta, «Espalhando Fantasmas», que determina a figura do sujeito/poeta como o efetivo criador do mundo em que vive.
Esta perspetiva determina um pleno reconhecimento da importância da poesia na criação do real. É a partir da Arte que o sujeito entende e se entende no mundo, o que determina, no trabalho literário do poeta, a poesia como o paradigma da representação do real.
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Literatura portuguesa Criação literária Poesia Estudos literários Sujeito Modernidade
