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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
This report aims to understand if the Portuguese teachers of English in Primary
Education are familiar with the pedagogical value of songs and if they make use
of them in their classrooms in order to reap most of their benefits. This research
replicated a previously conducted study by Mustafa Sevik, in Turkey, in 2011,
entitled “Teacher views about using songs in teaching English to young learners”.
The purpose of this replication was to verify if the Turkish and Portuguese realities
were as different as I imagined them to be. While analyzing the results obtained
in both studies, conclusions were drawn in light of, first attempting to understand
what the Portuguese reality was, and second, comparing the results of this study
with the previous one. A questionnaire was applied to various Portuguese
teachers of English as a Foreign Language (EFL), working either in state or
private schools along the country. The original study received 52 answers, this
study was able to collect a total of 85 answers. The participants were all teachers
of English with experience in Primary Education. Findings showed on the one
hand, that for both Turkish and Portuguese participating EFL teachers, songs are
pedagogically valuable in the YL contexts, and that they should be an essential
part of the EFL curriculum. On the other hand, it demonstrated that in the
Portuguese study the majority does not find it difficult to find appropriate songs to
use in their classes and is capable of measuring their students’ success when
using songs in the classroom, as opposed to what happened in the original study.
Portuguese teachers of English had to have proper EFL training, due to a recent
government regulation and there is an extensive variety of materials available
through course books and websites that teachers can freely access.
O mundo está cada vez mais “pequeno”, no sentido em que as distâncias físicas que impediam que se pudesse comunicar com alguém ao longe não existem mais. O fácil acesso a recursos tecnológicos como um telemóvel, um tablet, ou um computador, de preferência com uma ligação wi-fi, permite a comunicação com quem esteja em qualquer parte do mundo. No entanto, para além da avançada tecnologia que permite tornar essa comunicação uma realidade, é fundamental o conhecimento de Línguas Estrangeiras, pois, sem isso, de nada serve poder comunicar com falantes de outras línguas, se não nos vamos fazer compreender. São muitos os países em que o ensino de uma Língua Estrangeira tem sido cada vez mais antecipado. Em grande parte deles, como é o caso português, a Língua Inglesa é, desde 2015, obrigatória a partir do terceiro ano do Primeiro Ciclo do Ensino Básico, ou até mesmo no Ensino Pré-Escolar, no caso de instituições de caráter privado. Noutros países em que existe a possibilidade de escolha da Língua Estrangeira, a primeira opção é habitualmente a Língua Inglesa, “enquanto língua de comunicação internacional por excelência e instrumento das novas tecnologias da informação” (Bento et al., 2005). Especialmente na realidade europeia, em que existe uma extensa variedade de línguas, o Inglês funciona como a Língua Franca, seja em ambientes profissionais, académicos, turísticos, desportivos, científicos e tecnológicos (Shin & Crandall, 2014). Isto é, o Inglês é a língua escolhida para que a comunicação ocorra sem obstáculos. É também um dado adquirido, por parte dos pais, que um correto investimento na aprendizagem da Língua Inglesa na educação das suas crianças trará benefícios para o futuro profissional, sendo, para a maior parte das empresas, um dos principais requisitos à contratação. O facto de a aprendizagem do Inglês acontecer cada vez mais cedo é algo que traz inúmeras vantagens à criança. Shin & Crandall (2014) destacam quatro razões fundamentais: mais tempo para a aprendizagem, possibilidade de melhor pronúncia e fluência, a possibilidade de um despertar global e de uma competência intercultural, e uma maior flexibilidade mental. Apesar das vantagens aqui apresentadas, é importante notar que, para que a aprendizagem seja verdadeiramente eficaz e compensadora, é fundamental que o ensino da língua ocorra de uma forma correta e apropriada. Um ensino incorreto da pronúncia das palavras poderá levar ao resultado inverso e a criança ficar “fossilizada” num erro. Uma seleção inapropriada de materiais poderá levar a criança a perder o interesse e a desmotivar-se. Aprender uma língua estrangeira é, sem dúvida, algo extremamente importante. Para que seja conseguido com sucesso, é fundamental trabalhar e desenvolver todas as competências linguísticas da oralidade, audição, escrita e leitura. Apesar de considerar que a oralidade se encontra num lugar central, não é possível descurar das outras competências linguísticas. É de extrema importância também trabalhar os diferentes sistemas da língua como o vocabulário, o léxico, a gramática, a pronúncia e a entoação. A língua deve ser trabalhada de forma holística e é aqui, na minha opinião, que as canções se apresentam como a ferramenta mais completa para utilizar no ensino de Inglês no 1º ciclo do ensino básico. Podem servir para introduzir estruturas lexicais ou vocabulário isolado, para dar início a uma aula, ou terminar, para trocar de atividades, relaxar. Ao longo dos anos a trabalhar com jovens aprendentes, as canções têm feito parte dos meus recursos, precisamente para desenvolver todas as competências previamente mencionadas. Este relatório de investigação insere-se no contexto da Prática de Ensino Supervisionada (PES) do Mestrado em Ensino de Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico e visa verificar quais as perspetivas dos professores de Inglês neste nível de ensino, no que diz respeito à utilização de canções como ferramenta de aprendizagem. Replica um estudo de 2011 de Mustafa Sevik, intitulado “Teacher views about using songs in teaching English to young learners”, e pretende agora verificar que resultados são obtidos no contexto português. Foi aplicado um questionário que contou com a participação de 85 respondentes, 80 do género feminino e 5 do género masculino. A mais variada literatura e alguma investigação realizada defendem as inúmeras vantagens trazidas pela utilização das canções com jovens aprendentes, cujas caraterísticas vão precisamente ao encontro das necessidades desta faixa etária. No momento em que foi necessário escolher um tema para a investigação deste relatório, as canções foram uma escolha quase imediata. De início, fez sentido tentar perceber quais as perceções dos outros professores e analisar se são da mesma opinião que eu. Quando me deparei com o estudo de Mustafa Sevik, imediatamente considerei que seria um bom ponto de partida, pois as suas questões eram muito semelhantes às minhas dúvidas: perceber se os professores acreditam no valor pedagógico das canções no ensino de Inglês; quais as suas atitudes relativamente à utilização de canções nas aulas de Inglês; se consideram que a utilização das canções é eficaz na aprendizagem da língua; e com que frequência e em que contextos utilizam as canções nas suas aulas de Inglês. Após a análise dos resultados do estudo original, considerei que em Portugal os resultados seriam diferentes. Enquanto que para a realidade turca, os professores sentiram uma grande dificuldade em ter acesso a canções apropriadas para o ensino de Inglês no 1º ciclo, em Portugal não foi esse o caso; a maioria considerou que tem acesso ao material necessário. Outra questão levantada pelos professores turcos foi a situação da falta de formação dos professores. Aqui, mais uma vez, o mesmo não se verificou, já que sendo recente a obrigatoriedade do ensino de Inglês no 1º ciclo, desde 2015, todos os professores que participaram no questionário tiveram obrigatoriamente de realizar formação específica para esta faixa etária, seja um complemento de formação ou um Mestrado como este, em ensino de Inglês no 1º ciclo do ensino básico. Os professores participantes foram muito firmes e convictos nas suas respostas, não deixando margem para dúvida do valor pedagógico e da eficácia das canções no ensino de Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico.
O mundo está cada vez mais “pequeno”, no sentido em que as distâncias físicas que impediam que se pudesse comunicar com alguém ao longe não existem mais. O fácil acesso a recursos tecnológicos como um telemóvel, um tablet, ou um computador, de preferência com uma ligação wi-fi, permite a comunicação com quem esteja em qualquer parte do mundo. No entanto, para além da avançada tecnologia que permite tornar essa comunicação uma realidade, é fundamental o conhecimento de Línguas Estrangeiras, pois, sem isso, de nada serve poder comunicar com falantes de outras línguas, se não nos vamos fazer compreender. São muitos os países em que o ensino de uma Língua Estrangeira tem sido cada vez mais antecipado. Em grande parte deles, como é o caso português, a Língua Inglesa é, desde 2015, obrigatória a partir do terceiro ano do Primeiro Ciclo do Ensino Básico, ou até mesmo no Ensino Pré-Escolar, no caso de instituições de caráter privado. Noutros países em que existe a possibilidade de escolha da Língua Estrangeira, a primeira opção é habitualmente a Língua Inglesa, “enquanto língua de comunicação internacional por excelência e instrumento das novas tecnologias da informação” (Bento et al., 2005). Especialmente na realidade europeia, em que existe uma extensa variedade de línguas, o Inglês funciona como a Língua Franca, seja em ambientes profissionais, académicos, turísticos, desportivos, científicos e tecnológicos (Shin & Crandall, 2014). Isto é, o Inglês é a língua escolhida para que a comunicação ocorra sem obstáculos. É também um dado adquirido, por parte dos pais, que um correto investimento na aprendizagem da Língua Inglesa na educação das suas crianças trará benefícios para o futuro profissional, sendo, para a maior parte das empresas, um dos principais requisitos à contratação. O facto de a aprendizagem do Inglês acontecer cada vez mais cedo é algo que traz inúmeras vantagens à criança. Shin & Crandall (2014) destacam quatro razões fundamentais: mais tempo para a aprendizagem, possibilidade de melhor pronúncia e fluência, a possibilidade de um despertar global e de uma competência intercultural, e uma maior flexibilidade mental. Apesar das vantagens aqui apresentadas, é importante notar que, para que a aprendizagem seja verdadeiramente eficaz e compensadora, é fundamental que o ensino da língua ocorra de uma forma correta e apropriada. Um ensino incorreto da pronúncia das palavras poderá levar ao resultado inverso e a criança ficar “fossilizada” num erro. Uma seleção inapropriada de materiais poderá levar a criança a perder o interesse e a desmotivar-se. Aprender uma língua estrangeira é, sem dúvida, algo extremamente importante. Para que seja conseguido com sucesso, é fundamental trabalhar e desenvolver todas as competências linguísticas da oralidade, audição, escrita e leitura. Apesar de considerar que a oralidade se encontra num lugar central, não é possível descurar das outras competências linguísticas. É de extrema importância também trabalhar os diferentes sistemas da língua como o vocabulário, o léxico, a gramática, a pronúncia e a entoação. A língua deve ser trabalhada de forma holística e é aqui, na minha opinião, que as canções se apresentam como a ferramenta mais completa para utilizar no ensino de Inglês no 1º ciclo do ensino básico. Podem servir para introduzir estruturas lexicais ou vocabulário isolado, para dar início a uma aula, ou terminar, para trocar de atividades, relaxar. Ao longo dos anos a trabalhar com jovens aprendentes, as canções têm feito parte dos meus recursos, precisamente para desenvolver todas as competências previamente mencionadas. Este relatório de investigação insere-se no contexto da Prática de Ensino Supervisionada (PES) do Mestrado em Ensino de Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico e visa verificar quais as perspetivas dos professores de Inglês neste nível de ensino, no que diz respeito à utilização de canções como ferramenta de aprendizagem. Replica um estudo de 2011 de Mustafa Sevik, intitulado “Teacher views about using songs in teaching English to young learners”, e pretende agora verificar que resultados são obtidos no contexto português. Foi aplicado um questionário que contou com a participação de 85 respondentes, 80 do género feminino e 5 do género masculino. A mais variada literatura e alguma investigação realizada defendem as inúmeras vantagens trazidas pela utilização das canções com jovens aprendentes, cujas caraterísticas vão precisamente ao encontro das necessidades desta faixa etária. No momento em que foi necessário escolher um tema para a investigação deste relatório, as canções foram uma escolha quase imediata. De início, fez sentido tentar perceber quais as perceções dos outros professores e analisar se são da mesma opinião que eu. Quando me deparei com o estudo de Mustafa Sevik, imediatamente considerei que seria um bom ponto de partida, pois as suas questões eram muito semelhantes às minhas dúvidas: perceber se os professores acreditam no valor pedagógico das canções no ensino de Inglês; quais as suas atitudes relativamente à utilização de canções nas aulas de Inglês; se consideram que a utilização das canções é eficaz na aprendizagem da língua; e com que frequência e em que contextos utilizam as canções nas suas aulas de Inglês. Após a análise dos resultados do estudo original, considerei que em Portugal os resultados seriam diferentes. Enquanto que para a realidade turca, os professores sentiram uma grande dificuldade em ter acesso a canções apropriadas para o ensino de Inglês no 1º ciclo, em Portugal não foi esse o caso; a maioria considerou que tem acesso ao material necessário. Outra questão levantada pelos professores turcos foi a situação da falta de formação dos professores. Aqui, mais uma vez, o mesmo não se verificou, já que sendo recente a obrigatoriedade do ensino de Inglês no 1º ciclo, desde 2015, todos os professores que participaram no questionário tiveram obrigatoriamente de realizar formação específica para esta faixa etária, seja um complemento de formação ou um Mestrado como este, em ensino de Inglês no 1º ciclo do ensino básico. Os professores participantes foram muito firmes e convictos nas suas respostas, não deixando margem para dúvida do valor pedagógico e da eficácia das canções no ensino de Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico.
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Inglês como língua estrangeira Alunos jovens Canções Educação primária