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- Aprender com as marés e os moluscos bivalves da Ria Formosa, no 5.º ano do 2.º ciclo do ensino básicoPublication . Contreiras, Catarina Sofia Romão; Rocha, Rute Cristina Correia daO presente estudo decorreu durante a PES, do 2.º ano do Mestrado em Ensino do 1.º CEB e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º CEB, numa turma do 5.º ano do 2.º CEB, no concelho de Faro, durante o ano letivo 2022/2023. Face à necessidade e interesse, por parte dos alunos, por maior conhecimento sobre os seres vivos da Ria Formosa, a presente investigação tem como motivação a construção de momentos de aprendizagem que permitam relacionar questões culturais e científicas, articulando respetivamente conteúdos programáticos com o meio geográfico envolvente dos alunos do 5.º ano (2.º CEB).Para tal, associou-se o conteúdo da diversidade de seres vivos e as suas interações com o meio (promulgado nas Aprendizagens Essenciais), a situações problemáticas presentes no quotidiano da vida dos alunos, recorrendo a materiais e estratégias diversificadas, como modelos didáticos práticos e atividades práticas, de forma a promover uma aprendizagem ativa e significativa. Pretendendo trabalhar a diversidade animal de uma forma mais holística e aprofundada, considerou-se crucial abordar o tema das marés no processo de ensino e aprendizagem, emergindo o problema de investigação: “De que forma as aprendizagens dos alunos, do 5.º ano, sobre os animais bivalves da Ria Formosa, poderão ser enriquecidas com o estudo sobre as marés?” Ao longo de toda a intervenção educativa, os alunos são orientados numa investigação ativa, de forma a construírem conhecimento significativo sobre a sua localidade, da qual os bivalves e as marés da Ria Formosa fazem parte. Deste modo, neste contexto, a investigação pretende: (1) Identificar as perceções das crianças acerca dos bivalves e das marés da Ria Formosa; (2) Compreender como a sequência de tarefas de aprendizagem implementada durante a intervenção educativa promove aprendizagens significativas nos alunos do 5.º ano; (3) Compreender como os modelos didáticos do sistema Terra-Lua e as atividades de dissecação de bivalves, como o Lingueirão e o Berbigão, facilitam significativamente o processo de aprendizagem dos alunos; (4) Verificar se as conceções dos alunos progrediram durante a intervenção educativa. De acordo com as questões de investigação e os objetivos delineados, a metodologia utilizada enquadra-se no paradigma interpretativo de cariz qualitativo, e possui como instrumentos de recolha de dados: a entrevista semiestruturada; observação participante; registos escritos e gráficos e gravações áudio, que possibilitaram registar os diálogos e as discussões em sala de aula com os alunos do 5.º ano do 2.º CEB. Perante os dados analisados, as conceções dos alunos apresentam uma progressão consistente ao longo da intervenção, evidenciando uma aprendizagem com significado. As estratégias e os recursos utilizados permitiram mobilizar o pensamento crítico científico e promover a construção de um conhecimento ativo e significativo. Os mesmos potencializaram a motivação e o interesse dos alunos perante a aprendizagem.
- Representações matemáticas na resolução de problemas no 1.º ano de escolaridadePublication . Alves, Beatriz Marques; Guerreiro, António Manuel da ConceiçãoPressupõe-se que a resolução de problemas, capacidade matemática englobante, envolva a utilização de conhecimentos e técnicas matemáticas formais. Contudo, os alunos nem sempre conseguem solucioná-los da forma pretendida, não conseguindo explicar o seu pensamento. Para resolver problemas matemáticos, podemos recorrer a várias representações que, por sua vez, são uma forma de expressar ideias e conceitos matemáticos através de múltiplas formas, sejam elas operações numéricas ou desenhos. A questão surge ao pensar que se abrirmos o leque de possibilidades de representação, os alunos conseguirão mais facilmente explicar e representar o seu pensamento. Neste seguimento, indagou-se quais seriam as representações utilizadas por alunos de 1.º ano de escolaridade que ainda estão no começo do seu percurso escolar e que ainda não têm um aprofundado conhecimento da matemática formal. A presente investigação foi realizada com uma turma de 1.º ano de escolaridade, pertencente a uma escola em contexto rural, em Loulé – Algarve, no ano letivo 2023/2024. Foram apresentados aos participantes, oito problemas matemáticos, os quais foram resolvidos recorrendo a várias tipologias de representação. De forma a estudar quais as representações que surgiriam, foi deixado ao critério dos alunos que representação utilizar e posteriormente, foram solicitados três alunos em cada aula para apresentar o seu trabalho. As apresentações foram gravadas em vídeo e em áudio e as produções dos alunos recolhidas, servindo estes meios de suporte à apresentação e análise dos dados. Ao analisar os dados conclui-se que a tipologia de representação mais utilizada foi a representação gráfica, recorrendo a desenhos, enquanto a representação algébrica, relacionada com variáveis que misturam números e letras, demarcou-se como ausente. Por outro lado, a representação verbal teve alguma expressão no início da intervenção educativa, porém foi a representação numérica ou aritmética, relacionada com o uso de operações numéricas, que obteve um maior crescimento no seu aparecimento, começando a ganhar expressão entre as resoluções, à medida que os alunos iam apresentando os seus trabalhos.
- Comunicação matemática na aprendizagem da geometria no 2.º ciclo do ensino básicoPublication . Pinheiro, Cláudia Raquel Anastácio; Guerreiro, António Manuel da ConceiçãoO presente relatório de investigação trata, no âmbito do tema de geometria, o tópico de aprendizagem de figuras planas. Propõem-se tarefas de investigação que guiam para a resposta da seguinte questão geral: Como se desenvolve a comunicação matemática no ensino básico no contexto da aprendizagem da geometria? De forma mais precisa, pretende-se caracterizar a comunicação matemática oral em três dimensões: (i) Qual a estrutura da comunicação matemática aluno-aluno?, (ii) Qual a estrutura da comunicação matemática aluno-professor? e (iii) Qual a estrutura da comunicação matemática professor-aluno? Tendo em consideração a questão geral e os propósitos investigativos utilizou-se uma metodologia qualitativa que abrangeu procedimentos metodológicos próximos dos da investigação-ação. A investigação sucedeu-se num paradigma do tipo interpretativo, em que os instrumentos de recolha de dados foram: a observação direta, as gravações áudio e a análise documental das produções dos alunos. A investigação realizou-se numa turma do 6.º ano do 2.º ciclo do ensino básico, com 21 alunos, com idades compreendidas entre os 11 e os 13 anos, de uma escola localizada na cidade de Loulé, no ano letivo 2023/2024. As duas aulas, de 100 minutos cada, apoiaram-se no ensino exploratório da matemática, contemplando quatro fases designadas como: apresentação da tarefa, realização da tarefa, discussão da tarefa e sistematização das aprendizagens matemáticas. A análise dos resultados obtidos revela que a maioria dos alunos possuíam, à partida, o conhecimento das designações geométricas, mas não estavam, de facto, seguros em aplicá-las aos polígonos. Ademais, verificaram-se associações incorretas dos conceitos que a interação e o debate em sala de aula permitiram colmatar. As discussões conceberam um ambiente colaborativo que facilitou a construção de novos conhecimentos e a consolidação de outros já existentes. O modo como a professora geriu as intervenções promoveu o desenvolvimento de competências de comunicação pelos alunos.
- Dança matemática das abelhas: um estudo no 2.º ciclo do ensino básicoPublication . Silva, Mónica Alexandra de Oliveira Lopes da; Rocha, Rute Cristina Correia da; Graça, Sofia Isabel AndradeNo âmbito da Prática de Ensino Supervisionada, foi orientado um estudo no mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais do 2.º Ciclo do Ensino Básico, na Universidade do Algarve, durante o ano letivo de 2023/2024. O objetivo foi criar uma proposta didática com conexões internas e externas entre a Matemática e as Ciências Naturais, recorrendo à dança das abelhas Apis mellifera como tema central. A proposta tinha como meta não só enriquecer os currículos escolares, mas também formar uma consciência ecológica nos alunos, capacitando-os para lidar com elementos da natureza de maneira informada e consciente. As tarefas de aprendizagem foram desenvolvidas para explorar o comportamento das abelhas, os conceitos da Matemática e das Ciências Naturais, relacionados com a abelha Apis mellifera, a construção dos favos de mel e a sua forma de comunicação, por meio de dois tipos de danças (a dança circular e a dança do requebrado). A abordagem da articulação das duas áreas do saber procurou promover uma aprendizagem mais consistente e reflexiva, incentivando o pensamento crítico nos discentes. A aplicação prática da Matemática e das Ciências Naturais, em contextos reais e simbólicos, tornou o processo de aprendizagem motivador, demonstrando a sua relevância na vida quotidiana dos alunos A implementação das tarefas de aprendizagem incluiu o uso de jogos didáticos, Role-Playing Game (RPG), que permitiu aos alunos explorar temas científicos de forma lúdica e interativa, promovendo a cooperação, a interação social e a aquisição de conceitos matemático-científicos ao nível dos alunos do 2.º CEB. Na tentativa de responder à questão-problema do presente relatório da PES: “De que forma a dança das abelhas permite estabelecer conexões entre a Matemática e as Ciências Naturais numa turma do 5.º ano do CEB?”, podemos afirmar que os alunos do 5.º ano adquiriram conhecimentos estabelecendo conexões internas e externas ao estudar a abelha Apis mellifera. Na implementação pedagógica, recorreu-se à modelação no processo de pavimentação para compreender a construção dos favos de mel e recorreu-se à representação simbólica (metodologia de Role-Playing Game) na forma como se comunicam sobre a existência de uma fonte de alimento a outras abelhas, através das suas danças: “dança circular “e “dança do requebrado”.
- Criação de um produto de comunicação digital inclusivo da região do AlgarvePublication . Raimundo, João Filipe Andrade; Guerreiro, Maria Caeiro MartinsO presente projeto tem como foco principal o desenvolvimento de um exemplo de website, para ser utilizado por todos os tipos de públicos, que pretendam usufruir de umas férias agradáveis, aproveitando ao máximo tudo o que o Algarve tem para oferecer. Com base em experiências vividas, foi tido em atenção, na criação do produto de comunicação e divulgação digital, conceitos novos na área do turismo e cultura face a pequenos e grandes problemas apresentados diariamente por pessoas com necessidades especiais. Cada cliente/turista com necessidades especiais, nomeadamente, pessoas com mobilidade reduzida, invisuais, incapacidade psicológica e idosos, têm exatamente os mesmos direitos a aproveitar as suas férias como qualquer outra pessoa. Contudo, muitas das atividades e estâncias para pernoitar, não apresentam quaisquer variações ou adaptações para este tipo de clientes. Posto isto, a criação deste website irá servir para alertar e sensibilizar todo o tipo de pessoas, sejam elas os donos dos hotéis/ atividades turísticas, como todos os outros turistas/ clientes que pretendam passar as suas férias no Algarve, ou até praticarem algumas atividades, sejam elas, culturais, familiares ou até mesmo radicais. Antes da criação gráfica da imagem envolvente do website, foi necessário realizar uma pesquisa intensiva e, de certa forma, detalhada, para identificar alguns dos problemas que proporcionam a falta de inclusão de indivíduos com necessidades especiais em diversos espaços e atividades dentro do ramo turístico algarvio. Em termos metodológicos utilizámos um paradigma qualitativo, segundo uma abordagem fenomenológica, e um método de análise intensiva, de estudo de caso, com análise documental, observação, inquéritos, questionário e entrevistas a turistas e cidadãos residentes na área do Algarve. Aferimos assim que, a participação do designer na construção visual dos conteúdos expostos no meio turístico, ao público no geral, proporciona o bom funcionamento de determinados estabelecimentos, instituições, entre outros, fortalecendo uma sociedade equilibrada e justa.
- Relatório de estágio curricular competências socioemocionais em crianças institucionalizadas: Instituição Casa da Primeira Infância: Pólo "Os Miúdos"Publication . Pereira, Filipa Mestre Rosa; Vilhena, CarlaNeste relatório é apresentado o trabalho desenvolvido em contexto de estágio curricular, por uma estudante de educação social. A temática abordada são as competências socioemocionais em crianças institucionalizadas, que estavam inseridas na Instituição Casa da Primeira Infância, mais concretamente no Pólo “Os Miúdos”, situado em Loulé. O estágio ocorreu num contexto de institucionalização de menores, sendo assim, o público-alvo foram crianças com idades compreendidas entre os sete e os quinze anos. Os objetivos do Projeto destinavam-se ao desenvolvimento das competências socioemocionais das crianças. Ao longo dos meses de estágio foram desenvolvidas atividades direcionadas ao projeto de estágio, no entanto a estagiária realizou outras atividades que não estavam associadas ao tema do projeto, mas que asseguravam as necessidades das crianças, e cuja autoria era das técnicas e assistentes operacionais da instituição. Todas as atividades tornaram-se uma ferramenta importante para o enriquecimento das crianças e consequentemente do presente relatório e diário de campo, pois foram uma ferramenta constante ao longo dos meses. Através das atividades desenvolvidas, foi possível abordar, normalizar e conscientizar sobre a importância do tema das emoções junto do público-alvo e trabalhar as competências socio emocionais. As atividades destinavam-se ao enriquecimento social das crianças, pois através de uma observação gradual a estagiária verificou que as crianças apresentavam pouco interesse em manter/desenvolver relações interpessoais longas e respeitosas e nem sempre conseguiam compreender as necessidades emocionais de outras pessoas, adotando comportamentos negativos. Por fim, de modo a se obter um feedback final foi realizado um grupo focal para adquirir informação acerca das atividades elaboradas ao longo do estágio, e para que permitisse à estagiária observar e compreender se as crianças apresentavam algum desenvolvimento face ao tema escolhido do Projeto.
- Picturebooks enquanto promotores de motivação no ensino-aprendizagem de inglês no 1º ciclo do ensino básicoPublication . Ruivo, Cristina Alexandra Esparteiro; Orega, Maria Isabel MendonçaO presente estudo propõe-se responder à questão inicial: “Como poderão os picturebooks contribuir para o estímulo dos alunos no processo de ensino-aprendizagem de inglês no 1.º Ciclo do Ensino Básico, nomeadamente, na aquisição de conceitos como a empatia e/ou a relação entre si e o mundo (cidadania)?”. A fim de obter respostas mais direcionadas, decidimos criar duas sub questões: “Quais são as opiniões e práticas dos professores, relativamente à Educação para a Cidadania, no 1.ºCEB?” e “Como poderemos criar e desenvolver recursos que garantam que a empatia e a cidadania constituem os objetivos de aprendizagem? “. Fundamentado no conteúdo funcional da questão de investigação, definiram-se os objetivos: compreender o conceito de picturebook, enquanto recurso didático; compreender o papel dos picturebooks como elemento motivador no processo ensino-aprendizagem do inglês no 1.º Ciclo do Ensino Básico; estruturar um plano de ação focado nos conteúdos das Aprendizagens Essenciais de inglês, e na Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC). Este estudo decorreu entre outubro de 2021 a janeiro de 2022, numa turma do 3.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Após a experiência e observação, efetuadas na PES, julgámos ser possível integrar a Educação para a Cidadania Global, nas aulas, sem qualquer prejuízo nas aprendizagens do currículo. Compreendemos que a integração do álbum ilustrado (picturebook), no contexto curricular da aula, está intimamente ligada à figura do professor mediador e à melhoria da sua capacidade de mediação. Perante a impossibilidade de aplicar o projeto na sua totalidade, surgiu a concretização de brochuras com atividades propostas e adequadas para cada um dos álbuns ilustrados (picturebook) selecionados, que poderão ser utilizados como guião, na docência de inglês, no 1.º Ciclo do Ensino Básico.
- Escrita à mão aplicada em livros infantis. A sua legibilidade e leiturabilidadePublication . Serra, Célia Isabel Tamissa; Encarnação, Dionilde Saritta Graça Camacho da; Soares, Maria Gabriela Candeias Diasescrita à mão individual, também chamada de caligrafia pessoal, tem características que a tornam única e distinta. A crescente utilização da escrita à mão em livros infantis, muitas vezes como forma de complementação à ilustração, levanta a questão da sua adequação às faixas etárias em processo de alfabetização. O presente estudo tem por objetivos avaliar a tendência da utilização da escrita à mão em livros infantis e avaliar o grau de dificuldade que esta poderá implicar na legibilidade e na leiturabilidade em alunos em processo de alfabetização. Para responder a estes objetivos, foi necessário analisar 454 capas de livros incluídos no Plano Nacional de Leitura desde 2018 até 2023 e em 3 editoras, Porto Editora, Editora Asa e Planeta Tangerina, com a intenção de aferir sobre o número de publicações propostas para alunos do segundo, terceiro e quarto anos de escolaridade, no período de 2000 a 2023. Através da qual foi possível observar uma ligeira tendência para o aumento da utilização da escrita à mão e da tipografia em livros infantis. Elaborou-se um caso de estudo onde foram analisados 4 livros propostos pelo Plano Nacional de Leitura aos segundo, terceiro e quarto anos de escolaridade, sendo estes publicados pelas editoras Pato Lógico, Edição Tangerina e Suma de Letras. Com o objetivo de entender como e quais as normas tipográficas aplicadas, foram identificadas com características positivas, um correto espaçamento entreletras, a utilização dos exit strokes, a aplicação de uma correta dimensão que vão de acordo com as necessidades das crianças e por sua vez, como um conjunto de características negativas, um baixo nível de legibilidade influenciado por um incorreto espaçamento entreletras e uma escrita à mão pouco cuidadosa e muito expressiva. Foi ainda aplicado um questionário anónimo no sentido de aferir o grau de dificuldade na leiturabilidade e legibilidade da letra manuscrita e as preferências e práticas de leitura em 164 alunos do segundo, terceiro e quarto anos de escolaridade, e com o qual foi possível identificar níveis de dificuldade na leitura da escrita à mão nos três grupos. Paralelamente, foi realizada uma análise bibliográfica detalhada com o intuito de reunir o conjunto de normas gráficas ideais na apresentação das letras e dos textos na literatura infantil, de forma a melhorar a leiturabilidade e legibilidade por parte dos alunos, mas que poderá ser igualmente útil como linhas orientadoras para escritores, designers e editores.
- Expressão dramática em contexto prisional: a arte como ferramenta de intervenção socialPublication . Franco, Beatriz Estêvão; Monteiro, Angélica; Barros, RosannaA educação nas prisões enfrenta vários desafios e problemas, que se situam ao nível do sistema prisional, das políticas governamentais e das necessidades específicas dos reclusos. A intenção deste estudo é refletir sobre o papel das artes num espaço bastante singular: a Prisão. A expressão dramática foi a ferramenta utilizada nesta investigação, como uma forma de intervenção onde atividades relacionadas ao teatro e à dramatização foram mobilizadas no sentido de promover o desenvolvimento pessoal, emocional e social dos reclusos. Esta investigação centrou-se na problemática de que os reclusos ao serem inseridos num estabelecimento prisional passam por um processo de deterioração do seu Eu, por consequência, diminuição da sua autoestima. Considerando que a autoestima é a perceção que os indivíduos têm de si mesmos e do seu valor pessoal, esta pode ser significativamente afetada durante o tempo em que estão na prisão. Existem vários fatores que influenciam a autoestima dos reclusos, tanto antes de entrarem na prisão quanto durante o cumprimento da pena. A intervenção realizada nesta investigação envolveu 10 reclusos do Estabelecimento Prisional de Silves e consistiu em vários exercícios de expressão dramática ao longo de 10 sessões, durante um período de 2 meses, com o objetivo de trabalhar a autoestima, os sentimentos e as emoções, visando compreender como a expressão dramática pode contribuir para uma mudança interior nos reclusos. Dois objetivos específicos foram delineados: compreender como a expressão dramática pode contribuir para o aumento da autoestima dos reclusos e compreender o nível de satisfação e impacto das aulas de expressão dramática nos reclusos. Para a recolha de dados, foi realizado um questionário com o objetivo de avaliar a autoestima e diários de bordo para acompanhar a evolução interior dos reclusos. Os dados foram tratados com análise estatística simples e análise temática, de acordo com a natureza dos mesmos. Apesar de não ter sido possível obter resultados significativos relativamente à autoestima, pode-se concluir que o trabalho com as emoções, sentimentos e mudança interior dos reclusos foi positivo, com base no que foi relatado pelos mesmos após cada aula de expressão dramática nos diários de bordo.
- O impacto da animação musical na qualidade de vida dos idosos participantes da IPSS em pandemiaPublication . Fernandes, Susana Maria Oliveira; Aniceto, Ana Paula BaiãoNo âmbito do mestrado em Gerontologia Social, realizou-se um estágio na Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão, no Centro de Dia Dr. Ayres de Mendonça com doze utentes participantes, cujo objetivo geral foi melhorar com a experiência musical a qualidade de vida dos idosos participantes da Instituição Particular de Solidariedade Social. A questão de partida, nesta investigação foi a seguinte: “Será a experiência musical um fator diferenciador na qualidade de vida dos idosos participantes da IPSS- Instituição de Solidariedade Social, em pandemia?”. A investigação baseou-se na metodologia qualitativa, tendo sido efetuada uma Investigação-Ação, utilizando várias técnicas de recolha de dados, como a não documental, com a observação participante, o questionário de satisfação e qualidade de vida, WHOQOL- -BREF-26, a escala de classificação das emoções, as notas de campo e o diário do investigador. Neste estágio, a implementação das práticas musicais, proporcionaram a melhoria na satisfação e qualidade de vida dos utentes.