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A influĂȘncia mediterrĂąnica nas redes sociais do solutrense final peninsular

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Abstract(s)

Esta dissertação apresenta os resultados de um estudo sobre a variabilidade tecnolĂłgica das indĂșstrias lĂ­ticas provenientes de um conjunto de sĂ­tios de cronologia solutrense, localizados ao longo da faixa costeira que liga a regiĂŁo do Levante espanhol e a Estremadura portuguesa. Estudos anteriores apontavam para que este se tratasse de um territĂłrio cultural relativamente alargado, definido pela presença de marcadores simbĂłlicos (pontas de seta e ornamentos), testemunhos de uma identidade Ă©tnica comum, que terĂŁo sido partilhados atravĂ©s de redes de contacto a longa distĂąncia. O objetivo deste estudo foi, precisamente, o de testar o grau de relação entre as vĂĄrias regiĂ”es de modo a poder melhor definir a influĂȘncia e o modo de funcionamento das redes de contactos. Este objetivo sĂł poderia ser cumprido atravĂ©s da anĂĄlise dos elementos bĂĄsicos do sistema adaptativo destas comunidades, neste caso a organização tecnolĂłgica. Assim, atravĂ©s da anĂĄlise de um conjunto alargado de atributos tecnolĂłgicos da produção lĂ­tica e da sua comparação mediante a utilização de mĂ©todos estatĂ­sticos multivariados estabeleceram-se uma sĂ©rie de semelhanças e dissemelhanças entre contextos que permitiram constatar que: (1) quando presente, a similitude entre as vĂĄrias regiĂ”es Ă© maioritariamente visĂ­vel nas dimensĂ”es e tipo dos suportes lĂ­ticos produzidos e, muito raramente, nos atributos tecnolĂłgicos especĂ­ficos da sua produção; (2) algumas destas associaçÔes tĂȘm uma base cronolĂłgica sĂłlida, o que demonstra por um lado, que as indĂșstrias semelhantes do ponto de vista tipolĂłgico sĂŁo contemporĂąneas e que, por outro, a divisĂŁo tradicional do Solutrense de influĂȘncia mediterrĂąnica nĂŁo pode ser comprovada com os dados atualmente disponĂ­veis. Do ponto de vista paleoantropolĂłgico, os resultados obtidos demonstram que o sistema adaptativo ao Último MĂĄximo Glacial funcionou a duas escalas distintas, mas complementares. Uma que Ă© essencialmente local, formada por nichos eco-culturais bem delimitados, em que as comunidades terĂŁo partilhado, e mantido sob a forma de tradiçÔes culturais, os esquemas tecno-econĂłmicos melhor adaptados Ă s particularidades ecolĂłgicas dos respetivos contextos. A outra, suprarregional, que se prende sobretudo com laços sociais a uma escala alargada, atravĂ©s da partilha de conceitos estilĂ­sticos nas pontas de projĂ©til, marcadores de uma identidade comum, mantidos tambĂ©m, muito provavelmente, por uma questĂŁo adaptativa de resposta ao impacto das mudanças climĂĄticas nas paisagens e abundĂąncia/distribuição de recursos.

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Arqueologia PrĂ©-histĂłria Solutrense Tecnologia lĂ­tica Época glacial MediterrĂąneo

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