Faculdade de Economia
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- Biblioteca Municipal de Faro: uma riqueza à espera do futuroPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaA Biblioteca Municipal de Faro possui um espólio superior a 17000 volumes, percorrendo um trajeto ideográfico que vai da Teologia às Ciências Socais, passando pelas Ciências Puras e Aplicadas. De um modo geral, a sua riqueza bibliográfica situa-se ao nível das designadas ciências sociais e humanas, pelo que constitui um local privilegiado de trabalho para os estudantes da Universidade do Algarve. Entre as raridades bibliográficas contam-se seis incunábulos, acrescido de um microfilme do Pentateuco e da fotocópia do Tratado do Divórcio, obras essas que foram no século XV impressas em Faro, na oficina do mestre Samuel Gacon. Possui ainda 88 volumes do século XVI, 194 obras do séc. XVII, abarcando um vasto leque de assuntos, e ao século XVIII pertencem 276 volumes, autênticas preciosidades, que bem mereciam encontrar-se em melhor estado de conservação.
- Manuel de Arriaga e o «Movimento das Espadas»Publication . Mesquita, José Carlos VilhenaPersonalidade relevante, com um carácter antidinástico a todos os títulos notável, Manuel de Arriaga procurou esforçadamente, logo após o 5 de Outubro de 1910, a conciliação de todos os portugueses com o novo regime acabado de implantar. A República era encarada, na época, como a «cura de todos os males de que enfermava a Nação», e esse era o ideal, e a esperança, do velho tribuno republicano. «Tendo passado toda a vida a procurar a República foi procurado por ela para seu Procurador», no Verão de 1911, sendo então eleito como primeiro Presidente da República Portuguesa. Era a justa homenagem prestada ao mais ancião dos republicanos. Todavia, a incompreensão dos políticos e o clima de desordem partidária, que se fez sentir com o desmembramento do Partido Republicano Português (PRP), ditaram o seu afastamento da presidência da Nação, depois de ter sido considerado traidor e fora-da-lei por destacados vultos da vida política nacional.
- Quem foi Silvio Pellico. Um herói? Um traidor?Publication . Mesquita, José Carlos VilhenaSilvio Pellico, ao longo da sua penosa existência, metamorfoseou a sua personalidade política em diferentes opções e sucessivas etapas, hesitando sempre no caminho a escolher. Por isso, começou por ser um fervoroso nacionalista, passou ligeiramente pelas fileiras clandestinas da carbonária, apodreceu durante dez anos nas masmorras austríacas e acabou por se converter definitivamente à causa religiosa, regressando à paz católica em que nascera. Este último gesto, talvez o de um desiludido, fará de Silvio Pellico uma espécie de desilusão pública do revolucionarismo político, o que lhe granjeará sérios dissabores, entre os quais o escárnio da traição. Para a maioria dos nacionalistas italianos, As Minhas Prisões de Silvio Pellico, são um “bluff”, espécie de literatura de seminário, que ninguém aproveita a não ser os inimigos da própria Itália. Por conseguinte, Silvio Pellico é um traidor à causa independentista italiana, um reles pacifista a quem não cabem as honras de perfilar ao lado de Garibaldi, de Cavour ou de Mazzini.
- Uma quarteirense que Camões amouPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaEm 1980 assinalou-se o 4º Centenário da morte do maior vate da Língua portuguesa. Porém, perdeu-se então a oportunidade de, através de uma singela placa evocativa, se perpetuar a existência no Algarve da casa que foi berço a D.a Francisca de Aragão, considerada como a musa inspiradora dos Lusíadas. O edifício, na praia de Quarteira, denominada «Estalagem da Cegonha», foi, no século XVI, residência de Nuno Rodrigues Barreto, alcaide-mor de Faro e vedor da Fazenda do Algarve, pai da «loira, viva, esperta e azougada» Francisca de Aragão. Foi nessa vetusta casa apalaçada do morgadio dos Barretos, que nasceu a formosa Francisca de Aragão, que viria a ser figura de proa nas cortes de Portugal e de Espanha.
- Tradições do Natal PortuguêsPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaO nosso país, apesar da sua pequenez territorial, possui largas e ancestrais tradições etnográficas relacionadas com a festa da Natividade. Em todo o planeta, especialmente entre as comunidades cristãs, celebra-se efusivamente o Natal, se bem que nem sempre com o mesmo espírito religioso e festivo que nós, europeus, lhe outorgamos. A quadra natalícia entre nós tem um carácter telúrico e vigoroso que, em certas regiões, especialmente em Trás-os-Montes e nas Beiras, assume-se como fonte inesgotável de conhecimentos nos domínios da etnografia e da demopsicologia. Como características gerais apontam-se a queima do madeiro ou cepo do Natal, a Consoada, a Missa do Galo, o Presépio, as Janeiras e Reis, os cortejos evocativos dos Reis Magos e os autos, entremezes e vilancicos.
- O ensino universitário antes das reformas pombalinasPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaA história da pedagogia em Portugal é intrinsecamente escolástica, interrompendo-se a sua linha de curso na 2.ª metade do século XVIII, precisamente com a reforma de Pombal. As culpas que tradicionalmente se atribuem aos jesuítas de serem eles os responsáveis pela situação caótica do nosso ensino, não corresponde, totalmente, à verdade. Não queremos com isto ilibar os inacianos, mas antes procurar compreender que a fundação, da Companhia remonta ao século XVI e que, nessa altura, em Portugal já existiam escolas e universidades onde o método aristotélico-tomista era praticamente uma instituição inabalável.
- Vila Real de Santo António no I Centenário do seu FundadorPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaEstudo relativo às comemorações do I Centenário do Marquês de Pombal, realizadas em 1882, as quais tiveram no Algarve forte repercussão em Vila Real de Santo António, cuja fundação no séc. XVIII se deve inteiramente à política de fomento das Pescas implementada por aquele grande estadista. Impõe-se dignificar a nossa história, por ser a essência do nosso povo e a razão de estarmos hoje aqui orgulhosamente livres, cientes da nossa própria identidade cultural. O nome de Portugal, já foi, em tempos idos, símbolo de um poder temível e duma cultura quase universal. Contra todos os erros cometidos e contra todas as críticas que lhe possamos tecer, uma coisa há que não podemos olvidar: a grandiosidade da nossa História.
- Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Um catálogo dos bispos de Silves datado do século XVIIIPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaEste Catálogo mais não é do que uma breve relação dos Bispos da Sé de Silves; mas cumpre acrescentar que o seu primordial interesse reside na comprovação documental da existência da conhecida contenda entre o rei de Castela e D. Afonso III respeitante à nomeação dos prelados silvenses, assim como a presença das suas assinaturas em vários diplomas de escrituras, doações e mercês, cuja citação constitui uma fonte de indesmentível importância para o estudo da História Eclesiástica do Algarve. Por outro lado, apercebi-me de que a maioria dos documentos aí referidos pertence ao Arquivo do Mosteiro de Stª. Cruz de Coimbra e ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, para além de serem citadas várias obras clássicas da historiografia ibérica. Tudo isto dava a entender que o seu autor seria um investigador erudito e bastante cuidadoso. Rapidamente me apercebi de que não me enganava ao verificar que a assinatura pertencia ao historiador Frei Manoel dos Santos, um dos mais notáveis intelectuais do seu tempo. O presente manuscrito que ora se dá a público, pela primeira vez, compõe-se de quatro folhas, preenchidas no rosto e verso, numeradas de fls. 112 a 115 do códice 152 depositado na B. N. L., pertencente ao espólio da antiga Academia Real da História Portuguesa.
- Faro e o Movimento do OrfeuPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaFaro foi a única cidade de província a dar cobertura e apoio ao movimento futurista liderado por Fernando Pessoa, Mário Sá-Carneiro e Almada Negreiros. É esse o principal aspecto focado nesta comunicação, para além de ser lembrado que Fernando Pessoa viveu em Tavira, em casa de sua tia cujo imóvel bem merecia a colocação de uma placa evocativa da passagem pelo Algarve de um dos maiores poetas da cultura portuguesa. Será igualmente analisado o papel do semanário «O Heraldo», dirigido pelo pintor Lyster Franco na cidade de Faro e recordada a colaboração do artista Carlos Porfírio, director da revista «Portugal Futurista», de Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Sá-Carneiro e de vários outros jovens algarvios. De salientar que o último sobrevivente do Movimento Futurista Português foi um algarvio, o Dr. Mário Lyster Franco, falecido em 1984.
- Um presépio napolitano do século XVIII no museu paroquial de MoncarapachoPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaEste presépio napolitano, cuja autoria creio ter pertencido a Giuseppe Sammartino, é composto por 45 peças, 11 das quais são representações animalistas, e pertenceu à principesca casa da família Júdice Fialho, grande impulsionadora da indústria conserveira e do comércio português além fronteiras, que após o seu desmoronamento, suscitado pelas consequentes partilhas da fortuna, acabou por ir parar às mãos do Asilo de Santa Isabel em Faro mercê de uma doação feita ainda em vida pela viúva daquele famoso industrial. Durante largos anos, por altura dos festejos natalícios, este esplendoroso conjunto artístico foi reunido e exposto ao público que, deste modo, pôde apreciar «in-loco» a riqueza, o talhe e a expressão das encantadoras figuras. Mas o correr dos tempos associado ao desconhecimento do valor das próprias peças permitiu que o desleixo fosse generalizado e que o abandono originasse, progressiva e irreversivelmente, um processo de desagregação que levou inclusivamente à destruição de algumas peças