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Browsing Faculdade de Ciências e Tecnologia by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Médicas::Outras Ciências Médicas"
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- A dor oncológica. Intervenção farmacológica e não farmacológica. Ocorrência de efeitos adversos no uso de opioidesPublication . Martins, Carolina Ferreira; Silva, Isabel Maria JúlioA dor é um dos sintomas mais comuns entre os doentes oncológicos, fazendo com que a avaliação e o tratamento desta sejam fundamentais para melhorar a sua qualidade de vida e os resultados em saúde. Estima-se que cerca de 35% a 40% dos doentes sentem dor à data do diagnóstico de cancro ou na fase inicial da doença, mais de metade sentem dor em fase avançada e que a maioria sente dor na fase terminal. A dor oncológica pode estar associada à progressão da neoplasia, ao respetivo tratamento ou não ter relação com a doença. Em geral, a dor associada a este tipo de patologia afeta negativamente a qualidade de vida do doente, tanto a nível físico como psicológico, visto que a presença de dor representa evolução da doença e consequentemente o aproximar da morte. Deste modo, é importante que, antes do início do tratamento, seja realizada uma avaliação do doente e do tipo e intensidade da sua dor, permitindo perceber a interferência da mesma na sua qualidade de vida. As opções para o tratamento da dor oncológica, segundo a Organização Mundial da Saúde, variam desde o tratamento farmacológico com opioides fracos, fortes e analgésicos até às terapêuticas não farmacológicas. Neste âmbito, desenvolveu-se este trabalho com o objetivo de caracterizar a dor oncológica e a respetiva intervenção farmacológica e não farmacológica. Verificou-se que, na sua maioria, os doentes que se encontram num estado avançado da doença oncológica, apresentam dor moderada a grave, sendo os fármacos opioides, o tratamento de base. No entanto, dada a complexidade dos pacientes com dor e destes fármacos, a escolha do opioide deve ser uma decisão ponderada e analisada de modo que se consiga atingir um equilíbrio entre a analgesia pretendida e os efeitos adversos indesejados.
- Abordagem do Pé Diabético. A intervenção do Farmacêutico na prevenção e controloPublication . Costa, Ana Rita Madeira; Condinho, Mónica Sofia LealO Pé Diabético é uma complicação da diabetes mellitus que está associada a elevadas taxas de amputação e mortalidade em todo o mundo. Estas podem ser consideravelmente reduzidas com a implementação de medidas preventivas. O foco dessa prevenção compreende a redução de complicações nos membros inferiores e inclui a deteção e tratamento precoces de fatores que colocam a pessoa com diabetes em risco, controlo glicémico rigoroso e educação contínua. Medidas simples podem reduzir o impacto negativo desta doença a nível social e económico. O farmacêutico tem um papel vital na prevenção de doenças na comunidade, demonstrando contribuir significativamente para a sua diminuição. No Pé Diabético sublinha-se a contribuição positiva que este profissional de saúde tem na sua prevenção e controlo. Através de algumas intervenções, como promoção de estilos de vida saudáveis, rastreio e monitorização da doença, promoção de adesão e aconselhamento de cuidados relativos ao pé, consegue produzir efeitos positivos na saúde. Destaca-se, entre outros, a diminuição dos valores de HbA1c, pressão arterial, perfil lipídico e melhoria de autocuidado com os pés em indivíduos com diabetes.
- Abordagem terapêutica da diabetes gestacionalPublication . Guerreiro, Clara Luísa Fangueiro; Serralheiro, AnaA Diabetes Gestacional é um subtipo de diabetes Mellitus caracterizado por uma anomalia da tolerância aos hidratos de carbono que clinicamente se reflete no aumento da glicémia, diagnosticada ou detetada pela primeira vez durante a gravidez. As suas complicações podem ser notórias não só para a mulher como para o feto. Em Portugal, a taxa de prevalência da diabetes gestacional aumentou significativamente nos últimos anos representando, atualmente, 7,2% da população parturiente do serviço nacional de saúde [1]. De facto, vários estudos referem que o aumento da idade e obesidade maternas, contribuem para o desenvolvimento da doença e representam dois fatores de risco para o seu desenvolvimento. Deste modo, estima-se que num futuro próximo, o número de mulheres afetadas por esta doença continue a aumentar. Nos últimos anos, várias investigações foram desenvolvidas com o intuito de apurar os mecanismos envolvidos na fisiopatologia da doença, a fim de se desenvolverem novas estratégias de prevenção e tratamento da doença. A utilização de inositol, probióticos e vitamina D são alguns dos novos compostos aplicados na prevenção da doença por possibilitarem um controlo glicémico adequado e impedirem o desenvolvimento da doença. Os resultados de vários estudos, no campo da terapêutica farmacológica, demonstram que a utilização de insulina de ação rápida pode ser considerada uma estratégia interessante na diabetes gestacional. Atualmente, o foco investigacional está direcionado para a avaliação da segurança a longo prazo dos fármacos antidiabéticos orais. O papel do farmacêutico pode ser útil não só na prevenção, tratamento e gestão da doença, como também na educação terapêutica do doente promovendo a sua integração no processo de tratamento. No entanto, é necessário realizar mais estudos com o objetivo de definir a intervenção farmacêutica e motivar os profissionais para que seja prestado um serviço de aconselhamento ao doente da melhor forma possível.
- Abordagem terapêutica da dor neuropática diabéticaPublication . Silva, Ana Patrícia dos Santos; Condinho, Mónica Sofia LealA Dor é classificada, pela Internacional Association for the Study of Pain, como uma experiência sensorial ou emocional desagradável, associada a uma potencial ou real lesão tecidular. A Diabetes Mellitus é uma doença metabólica crónica, tendo como principal característica o aumento dos níveis de glicose na corrente sanguínea. A dor neuropática diabética é uma disfunção do sistema somatossensorial, associada à Diabetes Mellitus. É considerada uma das principais complicações desta doença, estimando-se que existe em cerca de 50% dos doentes diabéticos de todo o mundo. Sintomas como alodínia, parestesia, hiperestesia e hiperalgesia são característicos de dor neuropática diabética. Os mecanismos fisiopatológicos da doença ainda não se encontram bem definidos, o que dificulta a abordagem terapêutica. Esta apresenta ainda muitas falhas, especialmente no que toca aos efeitos adversos, uma vez que são utlizadas classes terapêuticas não específicos para a patologia (antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação da serotonina e noredrenalina, anticonvulsionantes e fármacos opióides). Novos alvos terapêuticos têm que ser descobertos, de maneira a tornar a abordagem da dor neuropática diabética mais efetiva e segura. Por outro lado, sabe-se que melhorias nos hábitos alimentares, prática de exercício físico, controlo dos níveis de glicémia e verificação do estado dos pés são medidas não farmacológicas que atrasam a evolução da doença. O farmacêutico detém um papel fulcral tanto na educação do doente para estas medidas, sensibilizando-o para a sua importância, como para a toma correta da medicação.
- Abordagem terapêutica da esclerose múltipla: presente e futuroPublication . Jogo, Mariana Nascimento; Serralheiro, AnaA esclerose múltipla é uma doença crónica, inflamatória, autoimune e degenerativa, que afeta a camada de mielina protetora dos neurónios do sistema nervoso central. Nesta doença a transmissão dos impulsos nervosos é afetada, torna-se mais lenta, ou não ocorre, pois, o sistema imunitário deixa de identificar a bainha de mielina como própria do organismo e degrada-a, dando origem a lesões. Trata-se da doença autoimune do sistema nervoso central mais comum nos jovens adultos sendo diagnosticada, maioritariamente, entre os 20 e os 40 anos de idade e apresenta uma incidência superior nas mulheres comparativamente aos homens. Estima-se que cerca de 2,8 milhões de pessoas, ou seja, um em cada 3 mil habitantes a nível mundial sofram de esclerose múltipla.(1) É uma doença atualmente sem cura, pelo que o tratamento assenta fundamentalmente no alívio sintomático, prevenção de episódios sintomáticos (surtos) ou diminuição da sua frequência e atraso da sua progressão. Neste trabalho são abordados, principalmente, os tratamentos com medicamentos modificadores da doença que têm como objetivo a modificação do curso da doença através da supressão ou modulação da atividade do sistema imunitário. Embora nos últimos anos se tenha verificado um extenso desenvolvimento de novas terapêuticas, são poucas as opções para os subtipos progressivos da doença. No entanto, de entre as terapêuticas emergentes constata-se que uma boa parte se foca na promoção da remielinização e da neuroprotecção, assumindo-se como promissoras para os subtipos progressivos onde predomina a neurodegeneração. Os farmacêuticos hospitalares e comunitários desempenham um papel importante na terapêutica da esclerose múltipla, pois contribuem para o alcance de melhores resultados clínicos e melhoria da qualidade de vida do doente. Posto isto, esta dissertação pretende recolher e sistematizar o conhecimento disponível sobre a fisiopatologia da esclerose múltipla, diagnóstico, e terapêutica farmacológica atualmente implementada na clínica bem como explorar as novas abordagens terapêuticas mais promissoras.
- Abordagem terapêutica da psoríase: o papel do farmacêuticoPublication . Luz, Isabel Maria Alpalhão de Brito da; Condinho, Mónica Sofia Leal; Silva, Isabel Maria Júlio daA Psoríase é uma doença crónica de natureza inflamatória, multissistémica, não contagiosa, com uma incidência considerável na população mundial, afetando mulheres e homens de todas as faixas etárias, ainda que mais frequente na fase adulta. Apesar da causa da psoríase continuar a levantar dúvidas, parece ser já possível compreender que resulta de vários fatores, nomeadamente ambientais e autoimunes, existindo uma predisposição genética da pessoa. Embora considerada uma doença de pele, pode atingir as unhas e as articulações, afetando outros órgãos e sistemas. Na base desta patologia ocorre uma desregulação do sistema imunitário que causa um processo inflamatório crónico e a hiperproliferação das células da camada mais superficial da pele denominadas queratinócitos, envolvendo ainda outros componentes deste sistema, como é o caso das células T e Citocinas. De entre os fármacos e tratamentos usados na terapêutica da Psoríase, podemos agrupá-los em tópicos e sistémicos, havendo ainda tratamentos adjuvantes como a fototerapia, os emolientes e os queratolíticos. Ainda que não curem a doença, controlam os sintomas e diminuem a sua frequência e gravidade. Relativamente aos tópicos podem usar-se os corticosteroides, os análogos da vitamina D, os inibidores da calcineurina e o alcatrão mineral. Quanto à terapia sistémica, o metotrexato, a ciclosporina, os retinoides (acitretina) e os agentes biológicos. Os agentes biológicos fornecem opções adicionais para doentes com psoríase mais grave. O papel do farmacêutico na abordagem terapêutica da Psoríase passa pela capacidade de reconhecer a patologia na sua fase inicial e as suas manifestações para melhor alertar o doente quanto ao caminho a seguir relativamente a terapêuticas existentes e/ou outras a evitar, bem como referenciar a consulta de especialidade, assumindo ainda o papel de monitorizar a efetividade e segurança das terapêuticas indicadas, promovendo a utilização da mesma e aconselhando o uso de adjuvantes quando necessários.
- Abordagem terapêutica multidimensional da úlcera gástrica: viver com a doençaPublication . Fil, Mariya; Serralheiro, Ana Isabel AzevedoA úlcera é uma patologia que atinge o trato gastrointestinal surgindo, mais frequentemente, no estômago e duodeno proximal. Caracteriza-se pela presença de lesões na mucosa gastrointestinal que podem ser originadas por inúmeros fatores sendo os de maior importância a infeção por Helicobacter Pylori (H. pylori), Anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) e hábitos tabágicos. Dependendo da causa subjacente, o tratamento da úlcera gástrica passa pela utilização de antibioterapia quando de origem infecciosa, suspensão da utilização de AINEs e controlo da secreção de ácido clorídrico com utilização de inibidores da bomba de protões. São ainda utilizados outros fármacos como o sucralfato, bismuto, análogos das prostaglandinas e neutralizadores da secreção ácida que auxiliam no esquema terapêutico, contribuindo para a proteção da mucosa gástrica, erradicação do agente infeccioso e/ou alívio da sintomatologia. Os probióticos têm ganho uma importância cada vez maior tendo demonstrado vantagens na sua utilização em doentes com úlcera gástrica. Estão ainda referenciados como potenciais vetores na elaboração da vacina contra H.pylori. Sendo a polimedicação uma realidade cada vez mais frequente na atualidade, o doente com úlcera gástrica requer uma atenção redobrada. O comprometimento da função normal da mucosa gástrica tem um elevado impacto na cinética dos fármacos sendo ainda necessário ter em conta os efeitos indesejáveis dos mesmos. Assim, existem estudos que comprovam a existência de benefícios na utilização de inibidores da enzima de conversão da angiotensina em doentes hipertensos com úlcera gástrica aguda ou crónica. Em doentes diabéticos, a metformina demonstrou ter vantagens em doentes com úlcera gástrica causada por H. pylori. Já em doentes com hiperlipidémia, as estatinas e os fibratos foram os que evidenciaram maiores benefícios. O farmacêutico é muito frequentemente o primeiro profissional de saúde a que os utentes recorrem e por isso essencial na identificação de comportamentos de risco e sintomas de úlcera gástrica.
- Abordagem terapêutica na dermatomiositePublication . Costa, Sofia Anastácio; Silva, Isabel Júlio daA Dermatomiosite é uma doença autoimune multissistémica rara, classificada como miopatia inflamatória idiopática. As suas principais características incluem manifestações cutâneas e inflamação das fibras musculares, que se traduz numa fraqueza dos músculos proximais, em especial dos músculos dos ombros, bacia e coxas. Apresenta uma incidência estimada nos adultos, de aproximadamente 1 a 10 casos novos por milhão de habitantes/ano, exibindo dois picos de ocorrência: na infância, dos 5 aos 15 anos, e nos adultos, dos 40 aos 60 anos. São reconhecidos seis subtipos da patologia, como dermatomiosite primária idiopática, dermatomiosite amiopática, dermatomiosite juvenil, dermatomiosite associada a outras doenças do tecido conjuntivo, dermatomiosite associada a neoplasia e dermatomiosite induzida por fámacos. O foco desta dissertação assenta na abordagem da atual terapêutica da dermatomiosite, que por se tratar de uma doença de origem autoimune, não existe uma cura, pelo que o seu tratamento incide no alívio dos sintomas e na manutenção das capacidades do paciente. Tendo em vista a obtenção da máxima eficácia no tratamento, a combinação de terapêuticas farmacológicas tópicas e sistémicas com terapias não farmacológicas e complementares, como fisioterapia, dieta e suplementação, fazem parte de um regime ideal. O tratamento farmacológico baseia-se na utilização de corticosteróides, e, caso a resposta não seja satisfatória, é instituída a segunda linha terapêutica, que compreende essencialmente agentes imunossupressores e poupadores de corticosteróides. A terapia com imunoglobulina humana normal intravenosa deve ser considerada em pacientes que não toleram a terapêutica imunossupressora pelos efeitos adversos que esta acarreta, bem como em pacientes cujos agentes citotóxicos são contra-indicados. Já o envolvimento cutâneo assenta sobretudo num regime de tratamento baseado na fotoproteção e na terapêutica tópica anti-inflamatória. Todavia, o surgimento de fármacos promissores, principalmente de componente biológica, requer um maior desenvolvimento ao nível da sua investigação de forma a serem incluídos num regime terapêutico seguro e eficaz.
- Adição conjugada na alquilação de azoles e avaliação da sua atividade antifúngica em levedurasPublication . Carmo, Catarina Alexandra Silva do; Lemos, Américo; Quintas, CéliaA necessidade de novos antifúngicos é inegável, pois as terapêuticas atuais para o tratamento de infeções fúngicas invasivas são limitadas e a maior parte dos antifúngicos no mercado não são completamente eficazes devido ao desenvolvimento de resistências, toxicidade e efeitos adversos nocivos. As infeções fúngicas invasivas têm aumentado nos últimos anos assim como os níveis de mortalidade que lhes estão associados. Os azoles são os antifúngicos mais utilizados devido às suas caraterísticas de segurança e biodisponibilidade, contudo a sua aplicação não se restringe apenas aos cuidados de saúde humana, sendo utilizados na agricultura, veterinária e como constituintes de tintas e proteção de madeiras para prevenir bolores. A sua utilização múltipla levou a um grande crescimento de resistências em diversos ambientes. Os compostos azólicos têm um papel fundamental em várias reações químicas e biológicas não só por serem intermediários na síntese de moléculas mais complexas, mas por terem atividade biológica conhecida, por exemplo anticancerígena ou antifúngica. Neste trabalho sintetizaram-se 6 compostos azólicos, dos quais 4 completamente desconhecidos, através de adição conjugada 1,4 de pirazole, 1,2,4-triazole e indazole a 1,2-Diaza-1,3-dienos (DDs) electrofílicos, estes gerados “in situ” por desidrocloração de -cloro- ou α,α’-dicloro-hidrazonas induzida por base. Estudou-se a atividade antifúngica dos compostos sintetizados em relação às seguintes espécies de leveduras: Candida albicans, Saccharomyces cerevisiae, Cryptococcus neoformans, Hanseniaspora uvarum, Zygosaccharomyces bailii, e Schizosaccharomyces pombe, utilizando o método da difusão em agar adaptado da técnica de Kirby-Bauer. Através desta metodologia, foi possível observar a influência de diferentes núcleos azólicos, da estrutura e substituintes da hidrazona no grupo alquilante na inibição do crescimento microbiano de várias espécies de leveduras. A presença de um grupo aromático como substituinte na hidrazona final e do núcleo indazólico foi um dos fatores diferenciadores na inibição do crescimento das leveduras.
- Análise do processo de ensino-aprendizagem da farmacovigilância em PortugalPublication . Perdigão, Margarida Isabel Grenha; Advinha, Ana Margarida Molhinho; Lopes, Manuel JoséA farmacovigilância destaca-se pela importância que tem na obtenção do conhecimento existente sobre cada medicamento, bem como na segurança do doente, devendo ser reconhecida como uma linha contínua de estudo. Constitui-se como uma componente de grande relevância nas atividades dos profissionais de saúde, sendo a notificação espontânea de suspeitas de reações adversas a medicamentos a sua principal face. No entanto, as atividades em farmacovigilância são cada vez mais diversificadas e exigentes a nível do rigor técnico-científico, sendo indispensável uma formação académica adequada às necessidades. Os profissionais devem possuir uma formação diferenciada que lhes permita desempenhar as suas funções de farmacovigilantes da forma mais simples, intuitiva e rigorosa possível. A subnotificação que ainda persiste pode ser preenchida através de programas de desenvolvimento profissional contínuo, reforçando o conhecimento teórico e prático nos planos curriculares dos cursos da área da saúde. Em consequência, profissionais com maior formação permitirão também aos cidadãos reconhecer a importância da farmacovigilância. O principal objetivo desta dissertação passa por descrever e caracterizar o processo de ensino-aprendizagem da farmacovigilância em Portugal, analisando os conhecimentos, as perceções e as atitudes dos estudantes e profissionais da área da saúde. No total, foram analisadas noventa e três fichas de unidades curriculares, dos dezassete cursos da área da saúde incluídos, nas quais apenas três referem a farmacovigilância como obrigatória e trinta e nove não abordam qualquer termo-chave. O questionário aplicado foi respondido por 650 pessoas entre estudantes (62%) e profissionais (38%). Destes, 81,9% dos estudantes revelou já ter ouvido falar de farmacovigilância e 70,7% dos estudantes, assim como 78,1% dos profissionais concordam totalmente que a mesma deva integrar os seus planos de estudo. Face a estes resultados, foi notória a necessidade de uma maior reflexão acerca da formação contínua aos profissionais em exercício, bem como a aposta na criação de uma unidade curricular que integre a farmacovigilância nos cursos da saúde.