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- El “CHATÊS”: posibilidades de utilización de nuevos medios y sus códigos en el aprendizaje de los idiomas maternosPublication . Côrtes Moreira, Sandra Cristina; Aguaded Goméz, José IgnacioNeste trabalho analisou-se a forma como algumas novas tecnologias/canais/meios de Comunicação – os telemóveis e os Chats/Instant Messenges Softwares – podem influenciar o uso da língua materna (no caso, o Português) e a correcta aprendizagem da sua norma, por parte dos jovens utilizadores. Avaliou-se o perfil do utilizador típico e as regras implícitas nesse processo de construção de mensagens, bem como os problemas comunicacionais que podem resultar desse mesmo uso. Para além da pesquisa bibliográfica e da recolha de textos e sua análise (close reading), utilizaram-se, neste estudo, estratégias de observação participante e não participante, tendo-se realizado quinze entrevistas (via e-mail) e sessões com seis Focus Groups, compostos por professores e alunos da Escola Secundária de Silves – ESS (10º, 11º, 12º anos, entre os 16 e os 18 anos). Aplicaram-se conceitos como língua, linguagem, código, signo, ícone, entre outros, para perceber este “novo tipo de comunicação” –, a que, de forma lúdica, se deu o nome de “chatês” –, tendo-se concluído que o mesmo poderá classificar-se como um código híbrido, já que mistura particularidades das línguas maternas dos utilizadores (sintaxe, léxico), bem como novas características, algumas delas muito específicas (os emoticons, os smileys, as abreviaturas e acrónimos, a pontuação excessiva, entre outras), podendo, mesmo, como referem alguns autores, vir a considerar-se como um novo género textual. Este uso, que o senso comum aponta como sendo destruidor do conhecimento/domínio correcto da norma da língua materna nas faixas etárias mais jovens, não está a pôr em risco essa mesma língua, mas é mais um dos factores que contribuem para a permanente adaptabilidade e transformação da mesma, revelando os seus utilizadores uma competência criativa alta, grande capacidade de síntese e facilidade de introdução, no próprio “chatês”, de vários níveis da língua. Todavia, os alunos, sobretudo os de faixa etária mais baixa e com maiores dificuldades na aprendizagem da língua materna (comprovadas pelas notas mais baixas na mesma e pelas claras dificuldades de expressão manifestadas nos exercícios propostos), revelam, na sua prática escolar, marcas de utilização do “chatês”, como se demonstra pelos diversos exemplos recolhidos. Por isso, foram desenvolvidos/aplicados em diversas turmas da ESS, na disciplina de Português, exercícios recorrendo a este código, que se revelaram motivadores, quer para docentes, quer para alunos e eficientes na transmissão de conhecimentos relativos à norma do Português e que se compilaram num Pequeno Guia Rápido para o Uso do “Chatês” na Aprendizagem do Português. Conclui-se, do mesmo modo, que o “chatês” desempenha um papel social, sendo um elemento integrador dos jovens no seu grupo de pares.
- 1948-1965: o declínio do paradigma clássico e a emergência do maneirismo de HollywoodPublication . Carrega, Jorge Manuel Neves; Tavares, MirianO presente trabalho, investiga as origens históricas e as características formais do maneirismo de Hollywood, através de uma análise da produção cinematográfica dos estúdios de Hollywood, entre o final da década de 1920 e o fim do chamado studio system (em meados da década de 1960). Tal como o maneirismo histórico, o maneirismo hollywoodiano constitui um fenómeno artístico complexo e contraditório, cujas origens remontam ao estilo germânico introduzido no cinema dos estúdios em final dos anos vinte, por cineastas europeus como F.W. Murnau, Paul Leni, Rouben Mamoulian e James Whale. Tendo eclodido no final da II Guerra Mundial, período que assinala o início crise do sistema social, cultural e industrial que havia originado o cinema clássico, o maneirismo de Hollywood nasceu de uma consciência do cinema em relação ao seu passado. Obrigado a concorrer com a chamada “modernidade” cinematográfica europeia e com a ficção televisiva (que se apropriara do modelo clássico), o cinema de Hollywood explorou novos temas e géneros cinematográficos e investiu na exibição da técnica e do aparato tecnológico, forçando os limites do paradigma clássico, através de uma retórica de efeitos maneiristas que, não implicando um corte radical com o classicismo, representou uma clara tentativa de renovação formal, levada a cabo por cineastas como Alfred Hitchcock, Vincente Minnelli, Douglas Sirk, Stanley Donen e Jerry Lewis. A coexistência de varias correntes estéticas no cinema do pós-guerra (1945-1968), período em que, a par das últimas grandes obras clássicas, o maneirismo enquanto manifestação estética emergiu como modelo dominante, permite-nos concluir que o chamado cinema “clássico” (do estúdios de Hollywood) incluiu também, desde cedo, um cinema maneirista.
- O "Conde Claros en hábito de fraile" na tradição oral moderna Portuguesa. Entre a recriação e a memóriaPublication . Boto, Sandra; Ferré, PedroEste estudo procura centrar-se nalgumas das inúmeras questões que se encontram por responder relativamente ao romance "Conde Claros en hábito de fraile", em particular no âmbito da tradição oral moderna Portuguesa, aventando propostas de resolução. O objectivo é esclarecer, tanto quanto possível, aspectos que têm levado a crítica a olhar para este romance enquanto sinónimo de "texto-enigma".
- Literatura digital, uma leitura reinventada: estudo de caso do livro interativo "The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore"Publication . Mestre, Ana Isa; Nogueira, Adriana; Borges, GabrielaA dissertação que aqui se apresenta tem como objetivo propor uma reflexão acerca do livro infantil interativo The Fantastic Flying Books of Mr.Morris Lessmore, analisando-o e identificando-o como produto cultural contemporâneo e percebendo de que modo, acompanhando a tendência de surgimento de novos meios e novos suportes no campo literário, este se afirma como um “objecto-novo”, aberto e fruto de um processo de transcriação. O trabalho pretende ainda cruzar os conceitos de obra aberta e tradução intersemiótica de modo a verificar como estes se concretizam na transcriação da obra em questão.
- Eterno presente, o tempo na contemporaniedadePublication . Silva, Bruno; Tavares, Mirian; Lemos, AndréEste trabalho tem como objecto central a análise e a reflexão sobre o tempo no Cinema e na Banda Desenhada, nomeadamente no filme Taxandria, de Raoul Servais, e no álbum de Banda Desenhada Memórias do Eterno Presente, de Schuiten & Peeters, sendo o último uma variação sobre o primeiro. Pretendemos, acima de tudo, através do estudo destas obras, onde o tempo surge como tema central, perceber se a noção de tempo nestes dois suportes pode ser entendida como explicitação do tempo na contemporaneidade, tal como foi definido por teóricos das questões ligadas ao pós-modernismo, sobretudo através da preeminência da teletecnologia e da hiper-realidade.