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O presente trabalho, investiga as origens históricas e as características formais do
maneirismo de Hollywood, através de uma análise da produção cinematográfica dos
estúdios de Hollywood, entre o final da década de 1920 e o fim do chamado studio
system (em meados da década de 1960).
Tal como o maneirismo histórico, o maneirismo hollywoodiano constitui um fenómeno
artístico complexo e contraditório, cujas origens remontam ao estilo germânico
introduzido no cinema dos estúdios em final dos anos vinte, por cineastas europeus
como F.W. Murnau, Paul Leni, Rouben Mamoulian e James Whale.
Tendo eclodido no final da II Guerra Mundial, período que assinala o início crise do
sistema social, cultural e industrial que havia originado o cinema clássico, o maneirismo
de Hollywood nasceu de uma consciência do cinema em relação ao seu passado.
Obrigado a concorrer com a chamada “modernidade” cinematográfica europeia e com a
ficção televisiva (que se apropriara do modelo clássico), o cinema de Hollywood
explorou novos temas e géneros cinematográficos e investiu na exibição da técnica e do
aparato tecnológico, forçando os limites do paradigma clássico, através de uma retórica
de efeitos maneiristas que, não implicando um corte radical com o classicismo,
representou uma clara tentativa de renovação formal, levada a cabo por cineastas como
Alfred Hitchcock, Vincente Minnelli, Douglas Sirk, Stanley Donen e Jerry Lewis.
A coexistência de varias correntes estéticas no cinema do pós-guerra (1945-1968),
período em que, a par das últimas grandes obras clássicas, o maneirismo enquanto
manifestação estética emergiu como modelo dominante, permite-nos concluir que o
chamado cinema “clássico” (do estúdios de Hollywood) incluiu também, desde cedo,
um cinema maneirista.
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Keywords
Cinema Período clássico Hollywood Maneirismo Estúdios de produção