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- Algumas notas sobre "o sapo negro" no âmbito da 'edição crítica das obras completas de Almeida GarrettʼPublication . Boto, SandraEste estudo pretende demonstrar a pertinência do modelo editorial a aplicar à edição crítico-genética em curso do Romanceirodo escritor romântico português Almeida Garrett. Apela-se, para o efeito, ao exemplo concreto da fixação do texto inédito por ele intitulado O sapo negro,poema que consideramos uma recriação própria garrettiana a partir de romances da tradição oral. Paratal, apresenta-se uma recensiodos núcleos documentais manuscritos e das edições a considerar no âmbito da edição, para depois se discutirem os limites e a natureza do corpusa editar, em franco respeito pelos princípios norteadores da coleção ‘Edição Crítica das Obras Completas de Almeida Garrett’, na qual este labor editorial se insere. Através do estabelecimento do mencionado poema, onde se exibem naturalmente as soluções ecdóticas propostas para os problemas críticos que ele nos coloca, seremos levadosa extrair algumas conclusões relevantes que permitem não só compreender o processo criativo deste editor português como avançar no conhecimento do romanceiro da tradição oral moderna da primeira metade do século XIX.
- Projeto "O arquivo do romanceiro português da tradição oral moderna (1828-2010): sua preservação e difusão"Publication . Boto, Sandra; Ferré, Pere; Tavares, MirianO Romanceiro é um género poético tradicional que circula desde os finais da Idade Média na memória dos povos de expressão portuguesa, galega, castelhana e catalã, difundindo-se desde então oralmente de geração em geração. Trata-se, portanto, de um património imaterial de uma vitalidade excecional e de uma riqueza ímpar que importa preservar. O presente projeto, acolhido pela Fundação Manuel Viegas Guerreiro e pelo CIAC, e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, pretende salvaguardar e tornar acessível ao grande público o Arquivo do Romanceiro Português, absolutamente único no contexto ibérico, através dos novos recursos digitais.
- D. Francisco Manuel de Melo como fonte do romanceiro de Garrett ou o aproveitamento romântico da poesia barrocaPublication . Boto, SandraAlmeida Garrett morreu sem concluir o projeto do Romanceiro segundo ele próprio o concebeu. O estudo de alguns manuscritos autógrafos inéditos recentemente encontrados põe a descoberto esquiços do poeta com vista à continuação dessa obra, onde constam as traduções de cinco romances saídos da pena de D. Francisco Manuel de Melo, em castelhano, que Garrett verte para português. A partir do cotejo entre os poemas originais e as traduções gravitadas, estudar-se-á o labor criativo que Garrett emprega no processo de tradução e na escolha da lição mais adequada para a fixação destes textos em língua portuguesa. Ser-nos-á dado a observar , enfim, o modo como tais romances são adaptados à luz do profundo domínio que o Visconde apresenta da gramática do Romanceiro da Tradição Oral Moderna, ou como se aproxima e afasta, no fundo, do imaginário e discurso barrocos dos poemas seiscentistas.
- A propósito do romance tradicional «NauCatrineta»: peregrinações no tempo e no espaçoPublication . Boto, Sandra«Nau Catrineta» é um dos poucos romances marítimos presentesna tradição oral moderna portuguesa. Contudo, a sua popularidade entre nósé inquestionável. Parece por isso natural que no século XIX Almeida Garretttenha assumido como certa a sua origem portuguesa e que desde então estaposição não tenha praticamente sido revista: instalava-se então a leitura na-cionalista no debate em torno das origens da «Nau Catrineta», definitivamenteimplantada pela inclusão da versão de Almeida Garrett nos manuais escolaresiniciada durante o regime do Estado Novo e com ecos no presente.Contudo, a aplicação de uma metodologia diacrónica e de geografia folclóricanum estudo como o que tenho vindo a dedicar a este romance permite-nos des-mistificar esta leitura cristalizada do mesmo. A presente comunicação pretendeapresentar algumas conclusões que apontam para a necessidade de contrariar aideia romântica associada a este romance (que tem vindo a ser acarinhado comoexpressão poética do Portugal marítimo e marinheiro do século XVI), que nãopassará, deste modo, de uma eficaz e bela construção romântica. No recurso àcomparação com a balada europeia e com outros modelos poéticos tradicionaisassenta a argumentação aqui proposta.