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- Júdice Fialho, o maior industrial conserveiro do AlgarvePublication . Mesquita, José Carlos VilhenaA figura mais notável da História da Indústria Conserveira no Algarve, foi sem sombra para dúvidas João António Júdice Fialho, um homem inteligente e empreendedor, que nas primeiras décadas do século XX conseguiu conquistar os principais mercados europeus com as suas conservas de atum e de sardinha, mas também com as suas massas alimentícias, compotas e marmeladas. Foi dos poucos industriais das pescas que há mais de um século atrás soube visionar o conceito de globalização à escala atlântica, investindo na aquisição de modernos meios de transformação industrial do pescado, cujos avultados lucros lhe permitiram diversificar a produção e reinvestir noutros segmentos de mercado.
- O monografismo algarvio - O pioneirismo de Ataíde OliveiraPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaAnálise da notável obra de monografista do Algarve desenvolvida ao longo da vida do seu autor, o famoso presbítero e jurista, Francisco Xavier de Ataíde Oliveira. Neste artigo são revelados inúmeros pormenores da sua vida e obra, acentuando-se o facto de ter sido o mais notável e prolífero monografista português de todos os tempos. A região do Algarve deve-lhe a distinção de ter dado a conhecer ao país as volumosas monografias de Loulé, Olhão, e de várias outras localidades algarvias.
- Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do século XX: em homenagem ao Prof. Manuel Viegas GuerreiroPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaO Algarve na primeira metade deste século mantinha uma estrutura económica muito semelhante à do século passado. Quer isto dizer que os alicerces da sua economia regional permaneciam ainda assentes na agricultura, na pesca e indústria conserveira, no pequeno comércio e na manufactura artesanal. Todavia, a escassez dos recursos hidrográficos e as descontinuidades geomorfológicas, que numa espécie de anfiteatro decrescem de Norte para Sul, geraram assimetrias de desenvolvimento que mantiveram a serra adstrita a uma economia de subsistência, enquanto o litoral progredia no aumento da produção agro-industrial, na diversificação da oferta e na senda duma economia de mercado, ainda que incipiente.
- A Economia agrária do Algarve, na transição do Antigo Regime para o Liberalismo (1750-1836)Publication . Mesquita, José Carlos VilhenaA situação económica da agricultura algarvia foi sempre deficitária, mercê dos baixos índices de produtividade e de rendimento, suscitados pela desigual distribuição social da propriedade, pelo baixo investimento financeiro e pelo atraso científico-tecnológico, que – desde o período de reestruturação político-económica levado a cabo nos finais do séc. XVIII pelo consulado pombalino – dependia da reformulação de novas estratégias para a potencialização dos recursos endógenos. Além disso, os factores naturais de dinamismo energético, como a amenidade climática, os recursos hídricos e a fertilidade dos solos, só foram aproveitados na vigência do Liberalismo, e com especial acuidade no declinar de Oitocentos. Acrescente-se, por fim, que o sector dependia de factores extrínsecos, como a estrutura social da terra, a educação agrícola, o investimento integrado e as leis de mercado, entre outros elementos de fomento ou de desagregação do sector. Por outro lado, vemos que essa dualidade se distribuía numa geo-economia do espaço entre a beira-mar e as terras altas da serra algarvia.
- Etnografia algarvia - o caímbo de ZambujeiroPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaA etnografia algarvia é das mais ricas e diversificadas do país, porque envolve, numa simbiose ímpar e incomparável, três tipos de comunidades e três tipos de ambientes orográficos: a costa marítima, a planície rural e o relevo montanhoso. Em todos esses diferentes ambientes emergiram e proliferaram culturas autóctones e actividades muito peculiares. Como exemplo da etnografia rural algarvia destaco o Caimbo, que mais não é do que a designação que no Algarve se atribuía à vara com que se procedia à varejadura do figo.
- Tavira, o Marquês de Pombal e a fábrica de tapeçariasPublication . Mesquita, José Carlos VilhenaA acção política do marquês de Pombal na 2ª metade do séc. XVIII teve como objectivo a centralização do poder no Estado-Pessoa. Porém, quase em simultâneo, desenvolveu iniciativas de fomento económico que, em grande parte, contribuíram para um vasto programa de reformas, quer na organização da administração pública, quer no ordenamento social, introduzindo ideias e projectos que se assemelham, em certa medida, à revolução iluminista. O fomento do sector industrial foi um dos sectores de maior sucesso e grande dinamismo económico durante o seu consulado. A cidade de Tavira foi contemplada com o apoio à instalação de uma unidade fabril dedicada à produção de tapeçarias. Razões de vária ordem, nomeadamente o afastamento do Marquês do poder, contribuíram para o insucesso mercantil e encerramento desta unidade industrial, única em toda a História do Algarve.
- O Remexido e a resistência miguelista no AlgarvePublication . Mesquita, José Carlos VilhenaDesenvolvida análise do trajecto de vida de José Joaquim de Sousa Reis, vulgo o Remexido, não só como heróico guerrilheiro miguelista, mas também como cidadão, como político local e como militar. O trabalho está estribado em documentação inédita e em credíveis fontes bibliográficas. A sua leitura pode ser muito proveitosa até mesmo àqueles que se sentem menos familiarizados com a temático das Lutas Liberais no nosso país.
- Ascensão e decadência de Tavira no antigo regimePublication . Mesquita, José Carlos VilhenaA cidade de Tavira, pela sua posição estratégica na foz do rio Gilão, nas proximidades do Guadiana e da raia espanhola, espraiada sobre a ria que a defende das intempéries oceânicas e das incursões corsárias, teve desde a conquista crista uma importância fulcral na defesa militar do espaço oriental do reino do Algarve. A sua triangulação entre Ayamonte e Faro privilegia o seu posicionamento geográfico, condicionando simultaneamente o seu crescimento socioeconómico. Todo o seu desenvolvimento futuro ficaria dependente das relações internacionais com a Andaluzia e a costa magrebina, onde estabeleceríamos os nossos interesses comerciais em controversos territórios de difícil sustentação politica e de arriscada conservação militar.
- Coutos e terras de degredo no AlgarvePublication . Mesquita, José Carlos VilhenaPara obstar à sangria demográfica da raia e ao ermamento dos concelhos mais pequenos do país, os monarcas foram atribuindo foros de privilégio com vista ao repovoamento nacional. A legislação régia (Ordenações) instituiu os “coutos”, com o privilégio de neles proibir a entrada de juízes, meirinhos, mordomos e outros executores da justiça. A partir do séc. XIV, foram substituídos pelos chamados “coutos de homiziados”, por necessidade de povoamento da raia fronteiriça e das regiões extremadas do território nacional. No reinado de D. Dinis, definiu-se que um couto seria um local onde os seus habitantes ficariam isentos do serviço militar (escusados da hoste e do fossado), da pena de prisão, dos impostos e das multas ou coimas. Significa que os coutos beneficiavam dos mais altos privilégios, visto não impenderem sobre eles as autoridades fiscais nem as judiciais. No Algarve existiram vários coutos de homiziados, sendo os de Sagres, Portimão, Lagos e Castro Marim, os mais famosos.