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Em 1980, o quarto centenário da morte de Camões dá azo a que se mobilize a figura
do escritor-cidadão como porta-voz da comunidade nacional. Três anos antes, voltara
a haver comemorações oficiais do 10 de Junho e coube a Jorge de Sena e Vergílio
Ferreira tomarem a palavra; em 1980, será a vez de David Mourão-Ferreira e Eduardo
Lourenço. Mas nessa data redonda das celebrações, o ícone camoniano, de consabida
origem romântica, leva escritores à esquerda a tomarem a dianteira: a fazerem de
Camões sua personagem ― caso de José Saramago, em Que Farei com Este Livro? ―
ou a promoverem publicações que são muito mais do que um gesto evocativo. É o
caso do nº. 6 (Outono de 1980) da revista Loreto 13, da Associação Portuguesa de
Escritores (APE), que celebra em conjunto o centenário de Camões e os 80 anos de
José Gomes Ferreira. Camões faz-se patrono e emblema de escritores que, por essa via, actuam no sentido de fazer ganhar, no terreno político-cultural, o Portugal
democrático conquistado com a Revolução dos Cravos.
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Instituto de História Contemporânea - Colecção E-IHC