Repository logo
 
Publication

O Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia

dc.contributor.authorAraujo, Renata
dc.date.accessioned2023-07-21T13:46:23Z
dc.date.available2023-07-21T13:46:23Z
dc.date.issued2019
dc.description.abstractDiz o poeta que “O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia”, mas logo a seguir, e em aparente contradição, diz “Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia”, e explica, “porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia”.1 Numa assumida provocação, gostaria de dialogar com o poeta. É que o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, não apenas porque ele não é o rio que corre pela minha aldeia, mas por que, de certo modo, também o é. Parafraseando Guimarães Rosa, poderia dizer que o Tejo está em toda a parte, em todo o mundo da expansão portuguesa, pelo menos. De facto, é quase um lugar comum referir à dimensão aquática da expansão portuguesa e a estratégia de implantação urbana na orla costeira, ou à beira dos rios, que foi o locus maioritariamente eleito na colonização do Brasil. Como diria o poeta, “toda a gente sabe isso”.2 Contudo, sendo as águas recorrentes cabe, de todos os modos, colocar a questão acerca da relação que as cidades estabelecem com elas. Há, sem qualquer dúvida, e todos nós empiricamente o podemos atestar, o peso da dimensão telúrica da paisagem, que o mar ou o rio, por si sós, potencializam. Exemplos como Olinda, Salvador ou o Rio de Janeiro, tornam absolutamente evidente o quanto a conjugação mar e colinas, que a cultura urbanística da expansão denodadamente buscou, produziu resultados cénicos espetaculares. Nestes casos, não há qualquer pejo em invocar a relação entre Lisboa e o Tejo como matriz. Mas há as circunstâncias em que havendo cidade e rio, não existem os montes por onde se possa, sobranceiramente, alcançar a água com a vista. Esse é o caso das cidades e do rio que corre pela minha aldeia. O rio que corre pela minha aldeia é aqui, evidentemente, o Amazonas e, por extensão, todos os rios que para ele também correm, onde se fundaram as cidades da Amazónia.pt_PT
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationAraujo, Renata. “O Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia”, in Carita, Helder, Garcia, José Manuel (eds.) A Imagem de Lisboa O Tejo e as Leis Zenonianas da Vista do Mar. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, Instituto de História da Arte, 2019, pp. 111-122. ISBN 978-972-9231-11-7pt_PT
dc.identifier.isbn978-972-9231-11-7
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.1/19858
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
dc.publisherCâmara Municipal de Lisboapt_PT
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/pt_PT
dc.subjectAmazóniapt_PT
dc.subjectLeis Zenonianaspt_PT
dc.subjectVistas de cidadespt_PT
dc.titleO Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeiapt_PT
dc.typebook part
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceLisboapt_PT
oaire.citation.endPage122pt_PT
oaire.citation.startPage111pt_PT
oaire.citation.titleA Imagem de Lisboa O Tejo e as Leis Zenonianas da Vista do Mar.pt_PT
person.familyNameKlautau Malcher de Araujo
person.givenNameRenata
person.identifier.ciencia-id4812-9AD7-7A9D
person.identifier.orcid0000-0002-7249-1078
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typebookPartpt_PT
relation.isAuthorOfPublicationc6dedb64-f2e4-46b0-968d-9379e8322b4e
relation.isAuthorOfPublication.latestForDiscoveryc6dedb64-f2e4-46b0-968d-9379e8322b4e

Files

Original bundle
Now showing 1 - 1 of 1
Loading...
Thumbnail Image
Name:
2019_Vista.pdf
Size:
1.89 MB
Format:
Adobe Portable Document Format
License bundle
Now showing 1 - 1 of 1
No Thumbnail Available
Name:
license.txt
Size:
3.46 KB
Format:
Item-specific license agreed upon to submission
Description: