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“De Marvão vê-se tudo”, assim dizia José Saramago

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Segundo José Saramago, de Marvão vê-se tudo. Em Marvão, no dizer do povo, os pássaros vêem-se pelas costas. Para outros, Marvão é um ninho de águias. Marvão é uma vila alcandorada, na sua verdadeira aceção, isto é, uma pedra bem lá no cimo onde os falcões e outras aves de rapina nidficavam. De difícil acesso, muito difícil acesso, a crista quartzítica empina-se quase na vertical e deixa, bem lá no alto, uma estreita plataforma, que o homem roubou às aves e foi ampliando para aí se instalar. E lá no topo do “mundo”, de onde se vê tudo, como dizia Saramago, o homem acastelouse. Mas para aí chegar a Humanidade teve que percorrer, durante milhares de anos, outros caminhos. Contorce-se, cá em baixo, à volta deste alcantilado morro, o rio Sever que ao longo de milhões de anos foi abrindo caminho por entre quartzitos, calcários, granitos e, por fim, depois de cavar os xistos, descarrega as águas que, entretanto, foi recolhendo no grande Tejo. Nasce este rio mais acima de Marvão, mas em encostas mais doces e suaves, nas faldas da Serra de Mamede e, estranhe-se, quase enganando algumas leis da Física, corre de sul para norte, por mais de 63 km, para ir prestar vassalagem ao grande rio peninsular, o Tejo.

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Marvão Fortificação Raia Crista quartzítica

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Argumentum, CEAACP, CAM

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