Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
900.76 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
O problema social que representa o envelhecimento da população, nas sociedades
modernas, é um exemplo paradigmático da forma como certas prespectivas, científicas e
não científicas, podem contribuir para o deformar, através da difusão de ideias e
representações já construídas.
Não se tratando de um novo fenómeno, a vivência a só ou residência unipessoal
junto da população idosa, adquire um grande relevo nas estatísticas e na realidade atual. Tal
fenómeno deriva de mudanças significativas emergentes ao longo da segunda metade do
seculo XX. Essas mesmas mudanças vão desde escolhas e estilos de vida até a processos
sociais decorrentes que, alteram, o panorama das relações e vida em sociedade.
Através da utilização de uma metodologia mista (quantitativa e qualitativa)
pretende-se realizar uma aproximação à realidade da vivência a só na população idosa
residente em várias freguesias do Concelho de Silves. Procura-se mapear esta realidade sob
diversos pontos de vista - económico, social, cultural, uma vez que as investigações no
âmbito, desta matéria são ainda escassas para uma realidade tão emergente em Portugal. Na
mesma medida, torna-se imprescindível caracterizar e traçar o perfil dos idosos que passam
pelo processo de mono-residencialidade e quais os motivos que levaram a essa mesma
situação. Com isto procura-se alcançar uma visão global da realidade presente, conhecendo
os objetivos de futuro que, os mesmos idosos, traçam para si.
Os resultados obtidos revelam a existência de uma variabilidade de respostas
associadas à vivência a só. Essa mesma variabilidade passa por vários setores como;
número de anos a viver sós associados ao nível de satisfação do processo monoresidêncial,
mudanças territoriais associadas à transição para o processo e até mesmo atividades que
fomentem o contacto social. Os sujeitos da investigação identificam aspetos positivos e
negativos relativamente à vivência a sós, o que contraria a ideia comum de que “viver
sozinho”, nas fases adiantadas da vida, corresponde a uma situação negativa. Os resultados
obtidos permitem caracterizar a amostra dos idosos a viver sós no Concelho de Silves
distribuídos pelas oito freguesias dele constituintes.
Description
Dissertação de mestrado, Educação Social, Escola Superior de Educação e Comunicação, Universidade do Algarve, 2013
Keywords
Educação social Idosos Lares de idosos Lares de idosos Apoio domiciliário Transição