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Abstract(s)
Entre as doenças oncológicas, o carcinoma da mama apresenta uma elevada
percentagem de diagnóstico entre as mulheres, em todo o mundo. Em 2008, cerca de 1,38
milhões de novos casos de carcinoma da mama foram diagnosticados. As taxas de incidência
desta patologia são mais elevadas na Europa Ocidental e menores na África Central e Oriental
[1].
O carcinoma da mama é bastante complexo e multifatorial, o que leva a uma variação
significativa na terapêutica escolhida, no tempo de recorrência (TTBR), na sobrevida sem
doença (DFS), na sobrevida sem recidivas (RFS) e na sobrevivência global (OS) do doente [2].
O tamoxifeno continua a ser um fármaco importante no tratamento e prevenção do
carcinoma da mama dependente de regulação hormonal, pelo facto de ser um Modelador
Seletivo dos Recetores de Estrogénio (MSRE) [3,4]. A sua eficácia depende da ativação
metabólica deste pró-fármaco, predominantemente via citocromo P450 2D6, nos metabolitos
ativos endoxifeno e 4-hidroxitamoxifeno [3,5]. A atividade do CYP2D6 pode ser reduzida em
função da presença de variantes genéticas ou de fármacos inibidores do enzima, o que leva a
uma diminuição significativa dos níveis plasmáticos dos metabolitos ativos [3,5].
As interações medicamentosas são um dos principais problemas da terapêutica com
tamoxifeno, nomeadamente, em situações onde são coadministrados inibidores do CYP2D6,
como é o caso dos ISRSs muito usados em doentes com carcinoma da mama [4,5].
A implementação da terapêutica individualizada é difícil, pelo facto de existir
variabilidade interindividual na eficácia e na toxicidade do fármaco. O tamoxifeno tem vários
efeitos adversos, que incluem eventos vasculares trombóticos e risco de carcinoma do
endométrio [4]. A realização de testes de genotipagem prévios ao tratamento é importante para
rastrear os doentes que não apresentarão resposta efetiva ao fármaco, tendo, assim, uma
menor probabilidade de sobrevivência [6].
Description
Dissertação de mest., Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Univ. do Algarve, 2012
Keywords
Carcinoma da mama Tamoxifeno Variabilidade genética Inibidores do CYP2D6 Testes de genotipagem