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Abstract(s)
Nesta dissertação reflecte-se sobre o realismo mágico enquanto corrente literária que
contribuiu para uma importante renovação da ficção produzida em Portugal e em outros
países. É traçado o percurso desse conceito, que teve origem na pintura, em 1925, e foi
depois transposto para a literatura, sofrendo sucessivas definições de diversos autores e
críticos. O realismo mágico é definido em termos da intervenção do maravilhoso numa
narrativa de moldes realistas. Considera-se como o sobrenatural na literatura fantástica
procura despertar no leitor a dúvida ou o medo, enquanto, no realismo mágico, os
acontecimentos extraordinários não procuram surpreender e são aceites de forma natural,
como uma parte integrante da realidade.
Exemplificando através de aspectos concretos de algumas obras, realiza-se um
levantamento das principais características deste tipo de ficção. Considera-se ainda como o
maravilhoso e a alegoria surgem associados de forma a constituírem uma crítica social e
política indirecta.
De forma a comprovar a existência de um realismo mágico próprio da ficção portuguesa,
distinto do produzido entre outros países e autores, procedemos à leitura crítica das obras O
Dia dos Prodígios, de Lídia Jorge, e O Meu Mundo Não É Deste Reino, de João de Melo.
Essa questão é objectivada através da análise de diversos aspectos textuais, como a
intervenção de um maravilhoso de índole religiosa, a indeterminação do espaço e do tempo,
certos dons sobrenaturais conferidos às personagens centrais, e uma intertextualidade
paródica do texto bíblico, de mitos e do folclore.
Description
Dissertação de mest., Literatura Comparada, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2005
Keywords
Realismo mágico Corrente literária Maravilhoso Lídia Jorge João de Melo