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Abstract(s)
A alimentação é um fenómeno social que pode ser considerado como o espelho da mentalidade de uma época. No século XVI, foram vários os escritores que inseriram nas suas obras preceitos de dietética e cenas de banquetes onde imperava a convivialidade. Entre esses autores estão Rabelais, com Pantagruel e Gargantua, Garcia da Orta, com os Colóquios dos Simples e Drogas e Cousas Medicinais da Índia e Bartolomeo Platina, com o De Honesta Voluptate et Valetudine.
Os três escritores utilizam como principal processo retórico-poético a constante referência ao prazer provocado pela comida e pela bebida, fazendo-nos entrar nos ideais da filosofia epicurista. No entanto, a alimentação não tem como finalidade única a de saciar apetites, ela tem, igualmente, propriedades terapêuticas. Dá-se, deste modo, grande importância à teoria dos humores, baseada num sistema de correspondência entre os elementos do universo, o temperamento do ser humano e a natureza dos alimentos, considerando que estes últimos têm a virtude de, se ingeridos de forma adequada, serem um dos principais motores para uma vida saudável.
Description
Dissertação de mest., Literatura, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2010
Keywords
Literatura comparada Retórica Alimentação Viagens