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Em Portugal o adobe é um material empregue quer na arquitetura vernácula quer na arquitetura planificada do século XX. No que se refere à arquitetura erudita são raros os exemplos construídos nesse material, pese embora os vestígios arqueológicos atestarem a sua presença desde o período Calcolítico (4000 a 2000 aC). Apesar da sua antiguidade no território é nos sítios arqueológicos dos períodos Romano e Islâmico que o adobe surge com maior expressão, na generalidade, com forma quadrada e em paredes interiores. Para além desta presença histórica, a arquitetura de adobe em Portugal situa-se nas zonas onde prevalecem solos com percentagem considerável de argila e água em grande quantidade, ou seja, no litoral centro e zonas hidrográficas dos rios Vouga, Mondego, Tejo e Guadiana. Nas povoações alcandoradas, ou seja, de encosta e em planalto existem alguns casos excecionais e, maioritariamente, em paredes interiores de construções rurais. O presente artigo tem como objetivo a apresentação da construção e produção de adobe nas zonas alcandoradas das regiões de Trás-os-Montes, Beira Litoral, Estremadura, Alentejo e Algarve.
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Arquitetura vernácula Adobe Povoações alcandoradas
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Argumentum, CEAACP, CAM