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- Remote sensing analysis of recent coastal change and its controlling factors in Darnley Bay (Amundsen Gulf, Canada)Publication . Tanguy, Rodrigue Raymond Phoebus; Delgado, Prates, Gonçalo NunoAs the Arctic warms, permafrost coasts are experiencing higher rates of erosion, threatening coastal communities and infrastructure, and altering sediment and nutrient budgets. However, some areas are still neglected by research. The mouth of the Gulf of Amundsen is home to Darnley Bay, while the coast of the ecologically important Cape Parry to Paulatuk area included in the Anguniaqvia Niqiqyuam Marine Protected Area has been still little studied. This area is home to Arctic char, cod, beluga whales, ringed and bearded seals, polar bears and sea birds. It is also an important area for the Inuvialuit who have an intrinsic attachment to their land ensuring the survival of their culture and food source. Settled in Paulatuk, Inuvialuit are witnessing the warming of their territory and the degradation of the permafrost. This study aims to establish the geomorphological characterization of the Paulatuk coast and peninsula and to quantify coastal changes over 55 years, using a new very high resolution survey based on CNES Pleiades imagery from August 2020, as well as historical aerial imagery from 1965. Key areas, such as Paulatuk, were also surveyed using unmanned aerial vehicles in 2019. The results indicate a small average erosion rate of -0.1 m/year of the surveyed coastlines from 1965 to 2020. At a regional scale, there is a disparity in erosion rates depending on the type of substrate. Erosion rates are significantly different in function of the type of coastal material. Unconsolidated areas show erosion rates of up to -3 m/year while consolidated express stability. These values are relatively low compared to other sites on the Beaufort Sea Coast (e.g. Qikiqtaryuk/Herschel Island, Yukon coast, Mackenzie delta), which are more susceptible to erosion due to soil composition, ground ice content, cliff height and exposure to swells. The very high resolution geomorphological mapping provide important spatial information to the coastal community. Paulatuk is showing signs of degrading permafrost landscape with subsidence zones and potential thaw ponds drainage. A preliminary assessment suggest that infrastructure construction influences permafrost degradation and that future soil thawing process could become a threat for the community. This study, based on unprecedented very high resolution data contributes to the general characterization and identification of erosion rates of the Arctic coasts.
- Monitorização da efetividade e da segurança da terapêutica farmacológica do VIH/SIDA baseada na evidência farmacogenómica: revisão sistemática da literaturaPublication . Santos, Patrícia Sofia Marques dos; Advinha, Ana Margarida Molhinho; Silva, Isabel Maria Júlio daIntrodução: A recente história do VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) afeta todo o mundo e representa uma das principais preocupações de saúde pública da OMS (Organização Mundial de Saúde). Apesar de complexo, o mecanismo de infeção é, atualmente, melhor conhecido, tendo-se conseguido desenvolver fármacos, com distintos locais de atuação no ciclo replicativo do vírus. Desta forma, o tratamento da infeção, ainda que não curativo, conta com múltiplas alternativas, visando regredir a progressão do vírus pelo organismo. Este tratamento leva, regularmente, à ocorrência de efeitos adversos ou falta de efetividade, culminando na não adesão à terapêutica, por parte dos doentes, ou até mesmo em toxicidade, antes de se alcançar a supressão virológica. Para isso, é fundamental garantir a efetividade e a segurança da terapêutica antirretroviral, individualmente, podendo isso ser efetuado a partir da identificação de biomarcadores farmacogenómicos que permitam prever a resposta ao fármaco, prevenindo tanto a ocorrência dos efeitos indesejados como a falta de efetividade. Método: O projeto dividiu-se em duas parte: i) atualização da base de dados com os biomarcadores farmacogenómicos identificados nos RCM (Resumo das Caraterísiticas do Medicamento) de antirretrovirais com AIM (Autorização de Introdução no Mercado) em Portugal; e ii) a elaboração de uma RSL (Revisão Sistemática da Literatura), com base nos dados obtidos da primeira fase, onde se objetivava identificar estudos que identificassem e descrevessem os biomarcadores encontrados nos RCM e outros potencialmente relevantes. Resultados: A maioria dos fármacos com AIM em Portugal continha, no seu RCM, informação farmacogenómica. O biomarcador mais vezes identificado, em RCM, foi o CYP3A (não especificado), contrariamente ao observado na literatura, onde se identificou o CYP2B6 como o biomarcador mais prevalente. A RSL revelou, ainda, a existência de outros biomarcadores relevantes, especialmente no caso do tenofovir. Conclusão: A maior parte das variantes necessita, ainda, de alguma investigação clínica, sendo que apenas um pequeno número é considerada aquando da prescrição destes fármacos. Além disso, a genotipagem não é uma prática comum, sendo necessário maiores incentivos e investimentos nesta área.
- O cumprimento fiscal dos contribuintes individuais em Portugal à luz da teoria do comportamento planeado: um modelo preditivo com equações estruturaisPublication . Alves, Filomena Isabel Gertrudes; Rebelo, Efigénio; Valle, Patrícia Oom doO cumprimento fiscal é uma questão comportamental complexa, e identificar os fatores que influenciam os indivíduos em matéria de cumprimento das suas obrigações fiscais é um desafio, não só para académicos, mas também para decisores políticos e administrações fiscais. Embora os primeiros estudos tenham enfatizado que o cumprimento das obrigações fiscais advinha exclusivamente das consequências económicas da deteção dos incumprimentos e da punição por essa conduta, num passado mais recente, a abordagem comportamental, assente sobretudo nas crenças e nas atitudes dos contribuintes, tem vindo a prevalecer sobre os denominados modelos económicos. Embora não haja como negar o papel das sanções legais na gestão do cumprimento das obrigações fiscais, mas reconhecendo que existem outros fatores igualmente importantes, esta tese visou analisar empiricamente o impacto exercido por um conjunto de variáveis económicas e não económicas no comportamento de cumprimento fiscal dos contribuintes individuais em Portugal à luz da Teoria do Comportamento Planeado, uma das teorias de psicologia social mais utilizadas na previsão do comportamento humano. Foi utilizada uma abordagem quantitativa para testar 15 hipóteses de investigação, tendo os dados sido recolhidos através de um questionário online. Com uma amostra não probabilística constituída por 194 contribuintes individuais em Portugal, foi utilizada a abordagem PLS-SEM (Modelo de Equações Estruturais de Mínimos Quadrados Parciais) para verificar a validade e fiabilidade dos construtos em análise e testar as relações formuladas entre estes. Os resultados validaram a intenção de cumprimento e o controlo comportamental percecionado como preditores do cumprimento fiscal, mas também suportaram que, por muito forte que seja a intenção de cumprir as regras fiscais, o cumprimento é particularmente determinado pela perceção individual da existência de barreiras impeditivas ao incumprimento fiscal. Reforçaram ainda, não só o papel das sanções não legais (ou moral tributária) na formação das atitudes dos contribuintes, mas também que a perceção de justiça acerca do sistema fiscal e da atuação da Autoridade Tributária e Aduaneira contribuiu significativamente para um aumento dessa moral tributária.
- Efeitos terapêuticos e não terapêuticos de Cannabis sativa L.Publication . Gomes, Catarina Cabral; Miguel, Maria GraçaA espécie Cannabis sativa L., também conhecida por cânhamo-indiano, pertence à família Cannabaceae. Desta planta extraem-se diversos compostos, nomeadamente os canabinóides, sendo estes os responsáveis pela maioria das atividades biológicas desta espécie. Os efeitos biológicos dos canabinóides ocorrem através da ativação de recetores mediados pelo sistema endocanabinóide. Para além de aplicações terapêuticas, o cânhamo-indiano também é muito usado em indústrias de construção e isolamento e tem vindo a mostrar cada vez mais valor na indústria alimentar e cosmética. O presente trabalho foca-se nas atividades biológicas dos diversos canabinóides, bem como, nas suas aplicações terapêuticas em algumas patologias tais como, cancro, dor, epilepsia e doenças neurodegenerativas. Para além do mencionado, irá ainda abordar um pouco da história, botânica e métodos de secagem e extração de cânhamo india
- Perceção do bem-estar no trabalho: estudo de caso na Junta da Freguesia da GuiaPublication . Bentes, Alexandre Miguel Silva; Contreiras, JoaquimO presente trabalho final do mestrado passará por dois objetivos, sendo que o primeiro está ligado com o desenvolvimento de competências ligadas às tarefas de recursos humanos na instituição autárquica, Junta de Freguesia da Guia. E o segundo objetivo pretende o desenvolvimento de um projeto de investigação relacionado com a percepção do bem-estar no trabalho, na mesma instituição. As práticas e as várias atividades desenvolvidas, assim como o desenvolvimento do projeto de investigação, decorreram em simultâneo. A realização do projeto de investigação teve como objetivo determinar a perceção do bem-estar na instituição onde decorreu o estágio, e para isso, foi realizado um estudo para encontrar os pontos fortes e reforça-los. Desta forma, foi necessária a realização de uma revisão de literatura, onde foram analisados temas como a gestão de recursos humanos, gestão de recursos humanos na administração pública, bem-estar e bem-estar no trabalho. Após abordagem teórica, pretendeu-se responder aos objetivos propostos, através de uma metodologia de intervenção apreciativa e qualitativa, apoiada pela técnica do grupo focal. Foram realizados dois grupos focais com os colaboradores das carreiras de Assistentes Operacionais e Assistentes Técnicos e, de seguida, procedeu-se à analise de conteúdo, enquadrando as respostas dos colaboradores nas categorias e condições do bem-estar. Os excertos retirados das respostas dos colaboradores, servirão para a análise de acordo com os procedimentos/objetivos.
- Conceções dos docentes de uma equipa local de intervenção face à inclusão de crianças com necessidades educativas específicasPublication . Azevedo, Otília Isabel Nunes Mendes Pearce de; Luísa, Cláudia Cristina GuerreiroA inclusão é uma temática muito debatida atualmente e de extrema importância em contexto escolar. Tendo sido alterada recentemente a legislação neste capítulo e, sabendo que a inclusão de todas as crianças no seu grupo de pares é fundamental para que haja um desenvolvimento harmonioso, impõe-se perceber quais são as conceções dos educadores de infância na sua prática e perceber qual o contributo dos docentes de uma equipa local de intervenção (ELI) na inclusão das crianças com Necessidades Educativas Específicas (NEE). Este trabalho tem como objetivo geral contribuir para um maior conhecimento sobre as práticas, implementadas pelos docentes de uma ELI, para a inclusão de crianças com necessidades específicas, numa sala de atividades, em creche e/ou jardim de infância. É uma investigação qualitativa e descritiva, com recurso a entrevistas semiestruturadas, onde através de um conjunto de questões se analisam as perceções de três educadores titulares de grupo, três docentes da Equipa Local de Intervenção de Lagos (ELI - Lagos) e três encarregados de educação, no concelho de Lagos. Concluímos que a inclusão de alunos com NEE é muito importante, pois proporciona benefícios ao nível da autonomia e funcionalidade, ajuda na definição de objetivos e na orientação para uma vida ativa e ajuda a que as crianças com NEE sejam aceites e incluídas na sociedade. Como estratégias de intervenção destacou-se o trabalho cooperativo, pois favorece a interação entre as crianças e desenvolve competências sociais, diversidade das tarefas e dos materiais, parcerias pedagógicas e envolvimento familiar e social.
- Desfiliação religiosa e abuso psicológico em grupo nas Testemunhas de JeováPublication . Ramos, Alexandre José Carvalho; Faísca, LuísProcurámos com esta tese contribuir para o conhecimento referente à desfiliação das Testemunhas de Jeová, e acerca da perceção de abuso psicológico cometido no seio deste grupo religioso. Realizámos em primeiro lugar uma revisão sistemática, com o objetivo de determinar a prevalência da perceção de abuso psicológico em grupo em ex-membros de seitas e cultos. Foram incluídos nesta revisão sistemática artigos publicados em língua inglesa e espanhola. Foi realizada uma busca sistemática da literatura em dez bases de dados eletrónicas para publicações anteriores a 2020. Foram encontrados apenas dois estudos, que reportaram uma elevada prevalência da perceção de abuso psicológico em grupo em ex-membros de seitas e cultos (M = 88.0%). Foram discutidas diversas limitações desta revisão sistemática. Depois, realizámos três estudos empíricos. O primeiro destes estudos teve como objetivos: a) identificar os motivos que levaram indivíduos de Portugal e do Brasil a desfiliarem-se das Testemunhas de Jeová; b) descobrir quais foram as consequências da desfiliação religiosa na vida dessas pessoas; c) explorar associações entre esses motivos e consequências da desfiliação religiosa; d) explorar associações entre a sensação de pertencer às Testemunhas de Jeová quando era membro e os motivos para a desfiliação; e e) avaliar o nível de depressão dos participantes e estudar a possibilidade da depressão ser uma consequência da desfiliação das Testemunhas de Jeová. A amostra foi constituída por 236 ex-Testemunhas de Jeová adultos de ambos os sexos (faixa etária: 16–66 anos), sendo na maioria brasileiros (62.7%) e portugueses (30.5%). Os principais motivos para a desfiliação das Testemunhas de Jeová foram: perda da fé na doutrina (26.8%), discordância ou desilusão com a liderança (14.9%) e discordância com alguns regulamentos e obrigações (11.0%). As três principais consequências da desfiliação das Testemunhas de Jeová foram: ostracismo (30.9%), problemas de saúde (26.3%) e sentimentos negativos (13.4%). O segundo estudo empírico teve como finalidade traduzir para português e encontrar evidência de validade baseada na estrutura interna e evidência convergente das pontuações da Group Psychological Abuse Scale (GPA) e da Psychological Abuse Experienced in Groups Scale (PAEGS). Não foi encontrada evidência de que a perceção de abuso psicológico em grupo seja um construto multidimensional e invariante entre grupos, nem que os dois instrumentos avaliem o mesmo construto. O terceiro estudo empírico teve como propósitos: a) calcular a prevalência da perceção de abuso psicológico em grupo em ex- -Testemunhas de Jeová em Portugal e no Brasil; b) explorar diferenças relativamente ao nível de perceção de abuso psicológico em grupo entre homens e mulheres, e entre portugueses e brasileiros ex-Testemunhas de Jeová; c) analisar uma possível relação entre a perceção de abuso psicológico em grupo em ex-membros das Testemunhas de Jeová em Portugal e no Brasil e a sensação de pertencer a esse grupo quando era membro; e d) explorar uma possível relação entre a perceção de abuso psicológico em grupo em ex-membros das Testemunhas de Jeová em Portugal e no Brasil e o nível de depressão dos mesmos. A amostra foi a mesma do primeiro estudo empírico. Verificámos que a grande maioria dos participantes percecionou as Testemunhas de Jeová como um grupo religioso abusivo (97.5% – GPA; 89.4% – PAEGS). As médias das pontuações obtidas na GPA e na PAEGS foram significativamente mais elevadas nos brasileiros do que nos portugueses. No entanto, o tamanho do efeito foi pequeno e médio, respetivamente.
- Estudo de seroprevalência de anticorpos anti-SARS-CoV-2 no concelho de MoraPublication . Costa, Mélanie Ferreira; Condinho, Mónica Sofia Leal; Sinogas, Carlos José ManaiaEm dezembro de 2019, na China, registaram-se os primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus, que se veio a espalhar por todo o mundo pondo em causa a saú-de e a vida da humanidade. A pandemia foi declarada pela OMS a 11 de março de 2020. As estatísticas do número de casos confirmados e óbitos são ferramentas essen-ciais para monitorizar a propagação da doença, no entanto, sabe-se que não refletem o real impacto da mesma. Acontece que, um grande número de casos não é detetado por serem casos assintomáticos, paucissintomáticos ou simplesmente não serem testados. Neste contexto, os estudos de seroprevalência revelam elevada importância para estimar o número de pessoas que foram expostas ao vírus e para avaliar a proporção da população que já poderá ter desenvolvido anticorpos contra o SARS-CoV-2 numa área específica, podendo estar potencialmente protegidas contra infeções subsequentes. Os primeiros dois casos confirmados de infeção pelo SARS-CoV-2 em Portugal ocorreram a dia 1 de março de 2020, no Porto e em Lisboa. Relativamente à vila de Mo-ra situada no distrito de Évora, sabe-se que os primeiros casos identificados de COVID-19 foram registados no dia 2 de agosto de 2020. Em sequência desenvolveu-se um surto no concelho, que segundo se sabe, terá incluído 62 pessoas. Realizou-se um estudo de seroprevalência nesta população, a fim de perceber, se os indivíduos que testaram positivo desenvolveram anticorpos, dos que não testaram positivo quantos contactaram o vírus e, até que ponto a passagem do vírus levou à imu-nização da população. Para este estudo, usaram-se testes rápidos de deteção de anticor-pos anti-SARS-CoV-2 qualitativos. Participaram 272 pessoas, tendo-se registado uma idade média de 46,6 ± 18,7 anos, sendo que o género mais prevalente foi o feminino. A maioria dos participantes era de nacionalidade portuguesa e declarou-se no ativo relativamente à situação profis-sional. Concluiu-se que a maioria dos participantes que tinha testado positivo no teste RT-PCR, adquiriu imunidade que foi confirmada através da realização do teste rápido serológico e da deteção de imunoglobulinas. Além disso, também foi possível detetar participantes que provavelmente estiveram em contacto com o vírus, sem que tenham tido conhecimento. Estima-se que cerca de um terço das pessoas que contactaram o ví-rus terão sido testadas positivas para a infeção.
- Impacts of high pressure processing conditions on the microbiome of sea bass filletsPublication . Machado, Paulo Jorge Rodrigues; Power, Deborah; Pinto, Patrícia Isabel SilvestreFish and seafood products are some of the most important protein sources in human nutrition and more than 45% of the fish used for human consumption comes from aquaculture. However, fish products are easily perishable and often associated with human diseases, leading to development of different preservation methods. Recently, novel processing techniques like High Pressure Processing (HPP), that uses pressure to inactivate microbes without heat, are being optimized to extend shelf-life without affecting food quality. We used metagenomics (the global study of genetic material from environmental or organism samples) to characterize in a global way the microbes present in sea bass fillets treated with different pressures (300-600 MPa) and processing times (2-5 min) and after refrigerated storage for 1 or 11 days, contributing to optimize HPP of these products. We extracted and selected 42 DNA samples (of 14 experimental groups) based on their quantity and quality and sent them to a sequencing company to construct microbiome libraries based on the 16S rRNA gene sequencing. With the sequencing and bioinformatics analysis using QIIME it was possible to evaluate the impacts of HPP treatments on the bacterial microbiome of the samples. There was a decrease in bacterial load in the treated samples when compared to the control (confirmed by quantitative PCR of 16S), which was especially evident when we compared the control at 11 days with the treated samples at 11 days, notably in the 450MPa and 600MPa treatments. The most abundant genera of bacteria in the control fillets significantly changed after storage for 11 days, leading to a different composition to 300 MPa fillets and separated by PCoA from 450-600 MPa fillets. These had a microbiome more similar to the initial control fillets. These results will help optimizing HPP of fish fillets and identifying the main genera of deterioration bacteria and HPP effects.
- The socio-economic impacts of COVID-19 on the Portuguese fishing sectorPublication . Pereira, Raquel Poças; Erzini, Karim; Pita, CristinaEm Dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan é reportado pelas autoridades o primeiro caso de um vírus altamente contagioso, denominado de SARS-CoV-2. Nos meses que se seguiram o número de casos aumentou rapidamente por todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a classificar a situação como pandemia, a 11 de Março de 2020. De modo a desacelerar a propagação do vírus, os países implementaram medidas de segurança especificas para combater a situação, tais como confinamentos e distanciamento social. O impacto nas economias nacionais e internacionais foi grande, uma vez que muitas dessas medidas requereram o fecho de lojas, espaços de trabalho, espaços de lazer e restrições de mobilidade. Portugal não foi exceção, tendo sido diagnosticado o primeiro caso a 2 de Março e a 18 de Março decretado pelo Governo português o estado de emergência nacional. Foi implementado pelo Governo um confinamento a nível nacional, com o teletrabalho tornado obrigatório, atendimento ao público fechado, escolas e estabelecimentos comerciais fechados e evento públicos e privados cancelados. Nos serviços e lojas que foram mantidos abertos, tais como supermercados e serviços presenciais, foram limitados o número máximo de pessoas em espaços fechados e as fronteiras foram também fechadas, com o objetivo de diminuir o risco de transmissão do vírus. Todas estas medidas causaram impactos sociais e económicos aos cidadãos portugueses. Por todo o mundo o vírus veio impactar os mais variados sectores. O fecho em Janeiro, de um dos maiores mercados de pescado da China causou um impacto no sector das pescas a nível mundial, realçando o quão vulnerável é o sector aos mercados mundiais, uma vez que em muitos países é extremamente dependente de compradores estrangeiros e não tanto de mercados locais. Os impactos no sector foram diferentes, dependendo das características dos países. As principais alterações foram nas horas de trabalho, nos preços em lota, no armazenamento e nas cadeias de distribuição. Houve uma redução do esforço de pesca e descargas, em países como Espanha e Indonésia. Com as restrições nas viagens e perdas de mercados internacionais verificou-se em países da Oceânia, como Vanuatu, a diminuição de pesca offshore mas um aumento da atividade de pesca em áreas mais costeiras, próximas das comunidades. O fecho dos principais mercados também contribuiu para uma perda de rendimentos, com uma baixa nos números de venda, levando a situações de desperdício alimentar por falta de capacidades de armazenamento, uma vez que houve dificuldades no escoamento dos produtos da pesca. A perda de rendimentos das populações causou também uma alteração nos hábitos de consumo, verificando-se em alguns países uma redução no consumo de pescado fresco e um aumento no consumo de fontes de proteína mais baratas, como produtos congelados ou em conserva. Apesar dos impactos negativos que a pandemia causou no sector, também se verificaram respostas positivas para mitigar os efeitos. Uma vez que a restauração esteve maioritariamente fechada, várias empresas optaram por vender os seus produtos online ou ao retalho. No setor da pesca mais artesanal também se constatou que as organizações de produtores compraram os produtos aos seus associados de modo a garantir um preço mínimo ao longo do ano. O aumento de vendas diretas e de cabazes foi também reportado em alguns países. O setor das pescas português é composto por uma frota maioritariamente de pequena pesca e tem como alvo um variado número de espécies usando um leque variado de artes de pesca, como redes de emalhar, redes de arrasto, palangre, salto e vara e armadilhas. No entanto, as três artes de pesca mais utilizadas são o cerco, polivalente e o arrasto. Em termos de capturas, a média de preço em lota, em 2019, foi de 2,08€/Kg. Comparando os valores médios entre as lotas de Portugal continental e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, a região autónoma dos Açores regista um valor mais elevado, seguido pela região autónoma da Madeira e pelo continente. As espécies capturadas em maior quantidade são a sardinha (Sardina pilchardus), o carapau (Trachurus trachurus) e a cavala (Scomber colias). Nos Açores, os atuns e a lula têm o maior peso em captura e na Madeira são os atuns e o peixe espada preto os capturados em maior quantidade. Em termos de valor comercial, em 2019 o polvo foi o mais importante, seguido do carapau e da sardinha. Habitualmente era a sardinha a ter o maior valor comercial, no entanto nos últimos 6 anos tem vindo a decrescer por redução nas capturas. Em termos de mercado internacional, Portugal importa mais produtos do que exporta. O pescado importado é maioritariamente oriundo da Espanha, Suécia e Holanda. Dos produtos exportados, os principais clientes são Espanha, Itália e França. O principal objetivo deste estudo foi identificar os impactos socioeconómicos da pandemia no setor das pescas português, as principais causas desses impactos e as medidas de mitigação e adaptação postas em prática. Dada a importância dos media para a população como fonte de informação, foi tido também como objetivo identificar os tópicos relacionados com os impactos da pandemia no setor, anunciados pelos jornais portugueses de modo a verificar se existiam diferenças entre resultados. A metodologia consistiu em questionários realizados via telefónica, em três períodos diferentes do ano pandémico (Maio 2020, Novembro 2020 e Março 2021), a 15 representantes de associações de pescadores localizadas ao longo de Portugal continental e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Os questionários foram compostos por questões de resposta aberta e fechada, organizadas por 3 seções: impacto socioeconómico do COVID-19 na atividade dos associados, impacto na saúde e bem-estar e as medidas adotadas pelo setor para combater a crise pandémica. De modo a complementar os questionários, foram também analisados os dados das descargas mensais, em quantidade (Kg), valor (€) e preço médio (€/Kg), entre Janeiro 2017 e Março 2021, das lotas com as quais as associações entrevistadas trabalham. Paralelamente, foram recolhidas noticias de 8 jornais nacionais, datadas entre Março 2020 e Maio 2021. Estas foram agrupadas por temas principais e sub-temas, assim como mês da publicação. Os resultados obtidos nos questionários revelaram que a perceção dos representantes das associações de pescadores foi de que o primeiro confinamento, em Março/Abril 2020 impactou mais negativamente o setor do que o segundo confinamento, em Janeiro/Fevereiro 2021. O facto de o setor ser muito dependente dos mercados internacionais, do canal HORECA (hotéis, restaurantes e cafés) e o turismo foi uma das principais causas apontadas para os impactos maiores nos primeiros meses da pandemia, uma vez que estas atividades estiveram praticamente paradas. A descida do preço em lota, principalmente no primeiro confinamento, foi bastante sentida. Houve um esforço do governo por rapidamente disponibilizar apoios financeiros para mitigar os impactos causados pela pandemia e para a aquisição de equipamentos de segurança pessoal. Relativamente aos apoios financeiros, a perceção dos representantes das associações de Portugal continental foi de que o processo para a obtenção dos mesmos foi demorado e burocrático, no entanto nas regiões autónomas, os representantes consideraram que não houve problemas de maior com os apoios financeiros regionais. Relativamente ao apoio para a aquisição de equipamentos de proteção pessoal, as perceções foram de que o apoio funcionou bem. Os dados das descargas demonstraram igualmente que durante os primeiros meses de pandemia houve uma maior queda nos preços em lota, quando comparados com o segundo confinamento em Portugal. Relativamente às notícias analisadas (n=174) nos jornais portugueses, verificou-se que houve um maior número de publicações relacionadas com esta temática, em Abril 2020 (n=48), seguido de Março (n=27) e Maio(n=20). Os três tópicos mais abordados foram as medidas de mitigação e adaptação, Pesca e lota e a tripulação, respetivamente. É de realçar que relativamente às notícias relacionadas com as medidas de mitigação e adaptação, as informações publicadas eram maioritariamente relativas aos apoios financeiros nacionais, linha de crédito e apoios financeiros regionais. Ao longo do ano de pandemia, o número de notícias acerca dos impactos da pandemia no setor foi diminuindo. Comparando todos os dados e perceções obtidas, verificaram-se algumas diferenças relativamente às respostas aos questionários e ao tipo de notícias publicadas. As diferenças maiores foram no foco dado pelos media aos apoios financeiros disponibilizados pelo governo e à perceção dos representantes, uma vez que estes nem sempre consideraram que os apoios funcionaram devidamente. Quanto aos mercados, apesar de ter sido o tópico que os representantes apresentaram como sendo dos mais impactados, poucas notícias abordaram esse tema. Relativamente a questões relacionadas com a tripulação, pesca e lota, transporte e mobilidade e sistema de vendas, não houve uma grande discrepância entre as notícias publicadas e as respostas aos questionários, ainda que tenha havido poucas notícias acercas destes temas. Apesar dos impactos negativos causados pela pandemia, o setor nunca parou a sua atividade. O facto de ser muito dependente de mercados externos e de os seus trabalhadores estarem cada vez mais envelhecidos e em menor número e a elevada dificuldade em terem poupanças, poderá ter também contribuído para os impactos sentidos. Apesar do cansaço perante toda a situação nacional e mundial, demonstrado nas várias fases de entrevistas telefónicas, os representantes demonstraram-se disponíveis em continuar a colaborar com a comunidade científica. No futuro, será necessário um estudo mais aprofundado, de modo a ser possível quantificar os impactos sentidos no setor das pescas português de modo que em situações futuras semelhantes hajam medidas de mitigação e adaptação bem apropriadas às necessidades do setor.
