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- Arquivo Histórico Municipal de Olhão: breves considerações sobre os seus fundos documentaisPublication . Vinagre, HelenaGrande parte da documentação, que hoje constitui o espólio documental do Arquivo Histórico Municipal de Olhão, foi produzida pelo próprio município e desde remotas lembranças que se encontra instalada em diferentes dependências da Câmara, sob tutela da mesma. Todavia, exemplos há de documentação não produzida pelas câmaras mas que passou a estar depositada nos seus arquivos e sob responsabilidade destas. É o caso da documentação produzida pelo Administrador do Concelho1. Olhão não constitui excepção e o seu Arquivo Municipal2 alberga todo o fundo documental produzido pelo magistrado administrativo, que representava o governo nos diferentes concelhos. Outros acervos têm vindo, ao longo dos anos e consoante a disponibilidade quer da entidade produtora, quer igualmente da própria Câmara, a ser incorporados no arquivo. São espólios recolhidos de diferentes actividades desenvolvidas no concelho de Olhão, bem como fundos pessoais de relevante interesse histórico e arquivístico local.
- Artefactos em haste e em osso do Paleolítico Superior portuguêsPublication . Évora, Glória Marina Sousa de AlmeidaEstá reunida aqui a informação que se encontrava dispersa por artigos publicados em revistas especializadas de Arqueologia e em actas de congressos referentes aos utensílios feitos sobre haste e sobre osso recuperados de escavações arqueológicas na sua maioria realizadas no final do século XIX e durante os século XX. Os 12 sítios arqueológicos referidos neste estudo1 são os únicos até ao momento em que os artefactos sobre matéria dura animal se encontraram preservados, mas como alguns provêm de escavações arqueológicas antigas talvez aí existissem mais artefactos mas em fragmentos que não foram recolhidos devido aos métodos de selecção e recolha de materiais durante as escavações. É a recolha de todos os fragmentos de matéria óssea que vai permitir fazer o estudo dos restos de fauna recolhida durante os trabalhos de escavação e permite também procurar aí restos de debitagem e artefactos ósseos fragmentados ou inteiros. É esta diferença que existe actualmente nas escavações arqueológicas de sítios pré-históricos onde todos os fragmentos são (ou deveriam ser) recolhidos, independentemente do seu tamanho ou estado. Foi feita a análise dos artefactos inteiros e fragmentados, alguns já foram publicados, outros ainda estavam inéditos, procurando caracterizar os traços de manufactura deixados pelos utensílios líticos, uns retocados e outros não retocados, sobre a superfície óssea.
- Aspectos tafonómicos em Castanheiro do Vento (Vila Nova de Foz Côa) com base no estudo da arqueofaunaPublication . Costa, CláudiaO presente contributo tem como objectivo a apresentação dos dados referentes ao estudo do conjunto de fauna vertebrada recolhido durante as intervenções arqueológicas que se têm realizado em Castanheiro do Vento, desde 1998 até à campanha de 2006. Tratando-se de um conjunto osteológico com problemas de preservação que se traduzem numa percentagem diminuta de material identificável, elevados índices de manipulação térmica e grau de fragmentação também bastante elevado, o estudo propriamente dito privilegiou uma abordagem eminentemente tafonómica. Esta abordagem tinha como principal objectivo a reconstituição da história tafonómica do sítio arqueológico e consequente avaliação dos processos destrutivos e de preservação de afectaram a colecção osteológica em apreço.
- Bioarchaeology and burial practices at Capela de Nossa Senhora da Victória (Rio Maior, Portugal)Publication . Murphy, Kimmarie; Tucker, Bryan; Pereira, Carlos M. C.; Oliveira, Humberto Nuno de; Thacker, Paul T.A team of archaeologists discovered numerous human remains during three seasons of excavations and architectural analysis at Capela de Nossa Senhora da Victória (Our Lady of Victory Chapel) in Rio Maior, Portugal between 1987 and 1989. The earliest excavation in 1987-88 occurred both inside of the standing chapel and outside along the south wall. These initial excavations, directed by Oliveira, Martins, and Pereira, uncovered the foundations of a medieval manor house and a few bones identified as human remains (Oliveira et al., 1989). As Figure 1 illustrates, in 1989 more extensive excavations in front of the Chapel uncovered a small cemetery containing at least seven burials and an ossuary (Oliveira et al., 1990). This report focuses on the osteological analysis of skeletal remains recovered from the excavations at Capela de Nossa Senhora da Victória.
- A calibração das datas de radiocarbono dos esqueletos humanos de MugePublication . Martins, José M. Matos; Carvalho, António Faustino; Soares, António M. MongeAs primeiras datas obtidas para os concheiros de Muge foram-no a partir de amostras de carvão (por conseguinte, da biosfera terrestre) nos anos cinquenta e sessenta do século passado e vêm eivadas de incertezas demasiado grandes, isto é, com desvios-padrão de 350 ou 300 anos 14C, o que as torna de muito pouca utilidade se se pretender construir uma cronologia precisa para estes concheiros mesolíticos. Actualmente, a maior parte das datas disponíveis para os concheiros de Muge foram determinadas a partir do colagéneo de amostras de ossos humanos provenientes de enterramentos que neles tiveram lugar. Embora se trate de amostras da biosfera terrestre, os valores das razões isotópicas das amostras datadas indicam que os indivíduos inumados tiveram uma dieta em que a percentagem dos alimentos de origem marinha/estuarina era elevada (Lubell e Jackes, 1988; Lubell et al., 1994; Umbelino, 2006). Por isso, as datas convencionais de radiocarbono obtidas a partir destas amostras terão de ser calibradas tendo em conta a percentagem de dieta de origem marinha/estuarina revelada pelas análises isotópicas e o valor do efeito de reservatório aplicável para aquela época, naquela área do estuário do Tejo, o que não tem sido feito.
- O conceito de praça na cidade da Guarda entre a Idade Média e a Idade ModernaPublication . Pereira, DanielaO presente artigo intitulado “O conceito de praça na cidade da Guarda entre a Idade Média e a Idade Moderna”, aborda, no âmbito da História do Urbanismo e da História da Arte, os diferentes conceitos (funções) de praça que existiram na cidade da Guarda nessas épocas. A análise morfológica das transformações urbanísticas da cidade da Guarda permitiu-nos apurar a existência de diferentes conceitos de praça, que acompanharam o crescimento urbano da cidade. Relacionadas com o crescimento urbano medieval da cidade surgem duas praças na Guarda: a praça de São Vicente e a praça de Santa Maria da Vitória ou do Mercado. Num primeiro momento de crescimento definem-se dois eixos que atravessam longitudinal e transversalmente a cidade medieval. Na intercepção desses dois eixos ergue-se a igreja de São Vicente onde, no seu largo, aparece a primeira praça que se caracteriza por ter as funções sobrepostas (rua, passagem, igreja, mercado). Já na praça de Santa Maria da Vitória ou do Mercado revela-se uma vontade de separação das funções urbanas ali desempenhadas, apesar da concentração na mesma área dos edifícios significativos (Paços do Concelho, Hospital, “Casa dos Contos”, igreja, mercado).
- Esboço sobre a vida e obra de Joaquim Maria Rodrigues de BritoPublication . Oliveira, A. Paulo DiasDa vida do professor de filosofia do direito não foi em grande abundância o que conseguimos apurar, esta “ofuscação” poder-se-ia dever ao facto de concentrar nos estudos todo o seu entusiasmo, segundo nos é testemunhado por Manuel Emídio Garcia2, e, por esse motivo, se ter afastado, conscientemente, de todo o contacto da vida pública, o que, diga-se de passagem, não facilita a pesquisa de dados sobre a sua existência. É dado seguro que nasceu na freguesia de S. Cristóvão, que corresponde hodiernamente à freguesia de Almedina, em Coimbra aos 27 dias do mês de Junho de 1822, pensamos que na Rua das Fangas, pois nos anos de estudante o seu domicílio foi sempre nessa rua, nos números 10 (1837), 11 (1838) e 35 (1840 a 1843) e enquanto lente era aí, também, o seu aposento, neste caso nos números 28 (1855), 23 (1861) e 18 (1865). Em 1873 foi dessa artéria, ainda, que partiu o préstito fúnebre. Era filho do lente de leis Joaquim José Rodrigues de Brito e de Josefa Benedita Freire Ventura de Brito e sobrinho do Desembargador João Rodrigues de Brito, este último deputado nas Cortes vintistas.
- A Etnoarqueologia brasileira no contexto da redemocratizaçãoPublication . Poloni, Rita Juliana SoaresAo tentar compreender a relação existente entre a produção artefactual humana e o meio no qual determinada comunidade se insere ou a relação existente entre esta produção e a geração de conhecimento, significado, identidade ou poder para tais comunidades, o trabalho do arqueólogo está sempre em alguma medida ligado à analogia. Como tentar compreender o significado ou função de determinado artefacto sem haver alguma correlação entre este e outros já conhecidos? Ou, como tentar apreender a importância destes artefactos para as suas comunidades produtoras e/ou consumidoras, ou o contexto social e ideológico nos quais esses mesmos artefactos são produzidos, reproduzidos, valorizados e divulgados, sem haver nenhuma referência, por menos generalizável que seja, de contextos em alguma medida semelhantes? É neste ponto que a Etnoarqueologia toma importância num cenário científico que se abre às possibilidades de conhecer comunidades humanas que vivem – ou que já viveram – sob contextos sociais e ecológicos largamente diversos do modo de vida Ocidental, criando analogias que sirvam não só para o conhecimento arqueológico destes próprios povos como de outros a respeito dos quais, possam servir em alguma medida, de parâmetro comparativo.
- Investigações arqueológicas recentes em grutas e sítios de ar livre do Holocénico Antigo e Médio do norte de MarrocosPublication . Linstädter, JörgÉ cada vez mais óbvio que os processos de neolitização de Portugal e do norte de África estão estreitamente relacionados. De um modo geral, ambas as regiões se integram na expansão do modo de vida neolítico, de oriente para ocidente, que ocorreu durante o VI milénio cal BC (Zilhão, 2001; Manen et al., 2007). Ambas eram povoadas por caçadores - recolectores em época pré-neolítica e o conhecimento, tanto das respectivas distribuições espaciais e temporais, como dos restantes aspectos arqueológicos, tem crescido notavelmente na última década. O quão importante terá sido o seu impacte na formação dos respectivos neolíticos é que é ainda objecto de debate. Em Portugal, parece provável um declínio da população mesolítica, apesar da permanência de alguns grupos, por exemplo em Muge, já durante o período neolítico (Carvalho, no prelo). O conhecimento deste processo no lado africano é ainda limitado, mas sítios como Hassi Ouenzga, no leste de Marrocos, mostram uma continuidade das sociedades epipaleolíticas com sucessivas adopções das inovações neolíticas (Linstädter, 2008). Uma segunda característica partilhada é o modo em como se instalam grupos plenamente neolíticos nas regiões consideradas.
- O levantamento popular de Olhão contra os francesesPublication . Mendes, António RosaEntre Fevereiro e Março de 1808, um destacamento francês a mando do general Maurin ocupou o Algarve. Para o pequeno “Reino” – epíteto honorífico, a que nunca correspondeu qualquer realidade institucional – era uma invasão sem precedentes, pois, consoante notava pelo último quartel do século XVIII um escritor local, “nas guerras com Castela ordinariamente a barreira dos montes e do Guadiana o faz ser lugar de descanso”1. As ameaças vinham antes do mar, sobretudo da crónica pirataria magrebina; e ainda se recordava o terrível ataque dos ingleses do conde de Essex, que em 25 de Julho de 1596 desembarcaram perto de Faro, a cidade episcopal que assaltaram, saquearam e incendiaram. Em Faro se intalou Maurin, obsequiosamente acolhido pela aristocracia local, quer civil quer eclesiástica. Recepções e banquetes oferecidos pelos magnates e, da parte do bispo D. Francisco Gomes de Avelar, uma pastoral emitida a 21 de Maio exortava os diocesanos “a que vos lembreis que a nossa Santa Lei e Religião nos manda que procuremos sempre viver em paz com todos, e sujeitar-nos a quem governa com uma perfeita sujeição e obediência”2. Legítimo ou intruso – questão que se não punha, porquanto era sempre de instituição divina –, o poder soberano, assim caucionado pela doutrina do absolutismo jusdivinista, requeria submissão incondicionada.