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  • O processo de formação da rede monástico-conventual do Algarve (1189-1834)
    Publication . Marado, Catarina Almeida
    A geografia monástico-conventual portuguesa é normalmente caracterizada, em termos gerais, pela confrontação entre o Norte e o Sul, que opõe, da mesma forma, as ordens monásticas às mendicantes. Ou seja, a interpretação da distribuição territorial dos institutos religiosos em Portugal assenta na ideia de que as primeiras se concentraram nas regiões mais a norte e as outras se localizaram preferencialmente a sul. Mas este é apenas o ponto de partida para um amplo campo de trabalho sobre as relações destas instituições com o território. Neste contexto, e procurando conhecer com maior detalhe o modo como o clero regular se distribuiu em terras portuguesas, efectuaremos no presente artigo, uma reflexão sobre este tema dentro do espaço territorial do Algarve, centrando-nos essencialmente na análise do processo de formação da sua rede monástico-conventual.
  • A cidade, os conventos e as suas hortas
    Publication . Marado, Catarina Almeida
    Após a Reconquista Cristã, Tavira foi a primeira cidade do Algarve a receber uma casa conventual. Em 1312, uma comunidade de franciscanos claustrais1 instalou-se fora de portas, a sul do núcleo amuralhado, perto de uma das suas vias de acesso. A igreja do convento, com cabeceira orientada a nascente, implantou-se perpendicularmente à via, formalizando um largo junto à sua fachada lateral, as dependências conventuais localizaram-se do lado direito da igreja em torno do claustro e a sua cerca ocupou uma vasta área nos arrabaldes do núcleo urbano.
  • O contexto do património arquitectónico: um projecto de investigação
    Publication . Marado, Catarina Almeida; Correia, Miguel
    A par da substancial transformação do conceito de património arquitectónico, os modelos, estratégias e instrumentos que promovem a sua protecção sofreram também significativas alterações ao longo do tempo. Em simultâneo, e de forma inevitável, o contexto vem assumindo um progressivo e preponderante papel na sua salvaguarda e nos critérios que medeiam as intervenções nestes imóveis de valor patrimonial. As mais recentes cartas ou recomendações referem a importância do contexto – alargado ao conceito de “lugar” – para o significado dos bens imóveis de interesse cultural e, consequentemente, a necessidade de desenvolver instrumentos que promovam a sua conservação e gestão. Este artigo apresenta uma proposta de investigação que pretende reflectir sobre esta temática: o contexto do património arquitectónico. O objectivo final deste projecto é constituir uma plataforma crítica, que contribua activamente para a presente necessidade de reflexão sobre as Zonas Especiais de Protecção (ZEP) dos imóveis classificados, em particular sobre a sua delimitação. Este propósito assentará no desenvolvimento de três linhas de investigação: a interpretação das relações territoriais do património edificado, a inventariação e caracterização das zonas especiais de protecção existentes em Portugal e a elaboração de um estudo comparativo das diferentes experiências europeias no âmbito da protecção do contexto dos bens imóveis.
  • Convents as urban elements: morphological analysis of cities in Southern Portugal
    Publication . Marado, Catarina Almeida
    The history of religious communities in Western Europe can be briefly characterized by a double tendency of a model life of devotion: on one hand, a life of isolation found only in God, on the other hand, the finding of God in relationships with others. The first practiced by monastic orders which first appeared in the eleventh century and the latter which emerged in the thirteenth century with the mendicant orders. The monastic communities, mainly, Benedictines and Cistercians, sough isolation by settling in rural areas, where they built sumptuous buildings - the monasteries – while the mendicant communities (namely the Benedictines and Cistercians) settled in cities, building their modest houses – the convents – in the proximity of urban areas. Monasteries and convents reflect in this way the characteristics of the religious life led by the different religious communities. Architecture appears as a tool through which to communicate the ideals of living a life of devotion. Nevertheless, the way in which it relates to the territory, or with its surroundings in particular, is also a fundamental element for the affirmation of its spiritual doctrines. Therefore, the choice of place for the building of their home was for the religious orders an essential aspect in order to determine its foundation. Consequently these buildings – monasteries and convents – should also be seen and interpreted as territorial organisms (Marado, 2007) whether they are found in a rural or an urban space. Interpreted in its architectural dimension, these religious spaces are constructions consisting of three elements: a church, surrounding buildings and fence. In artistic terms, the church is the most prominent of the buildings, communicating directly with the outside world. The premises consist of a series of spaces, ordered and hierarchized, in terms of symbols and function, being that the cloister is at the center of it all, organizing and coordinating all the others. Finally, the fence (also designated as the garden) constitutes a non-built space, a green area that is outlined by a wall, which connects with the building, hence giving unity to the whole. In urbanistic terms convent spaces are important elements in the composition of the city. Their relationship with the urban space is made on various levels: they guide or constrain urban sprawl, participate in the design of the city and make the connection between the metropolis and the surrounding territory. Based on an analysis methodology that will take into account the different historical times and implementation models, this article aims to explore the consequences of the presence of convents in the urban space, through a comparative study of three cities in southern Portugal.
  • A formação do sistema conventual da cidade de Faro
    Publication . Marado, Catarina Almeida
    O presente artigo decorre de uma palestra realizada no VIII Curso Livre de História do Algarve que consistiu numa reflexão acerca da participação dos espaços conventuais no desenvolvimento urbanístico da cidade de Faro. Nessa ocasião este tema foi abordado dentro de um vasto espaço temporal, que se estendia do século XVI até à atualidade. Considerando que parte dessa intervenção incluiu um trabalho já publicado1, relativo ao período pós-extinção das ordens religiosas, este texto centrar-se-á apenas no momento anterior e terá como objetivo analisar o processo de formação do sistema conventual da cidade e a sua relação com a estrutura urbana. A cidade de Faro, apesar de ter tido apenas quatro conventos, constitui um importante caso de estudo para a compreensão do papel que estes edifícios tiveram nas cidades portugueses. A planta conhecida como “A urbanização das hortas” (Fig.1) demonstra-o claramente. Neste documento podemos ver que o plano de expansão da cidade no início do século XX consistiu, numa primeira fase, no preenchimento dos “vazios” que permaneciam no seu interior, parte deles constituídos pelas antigas hortas conventuais. Após a extinção das ordens religiosas, os espaços conventuais serviram não só para a instalação de novos equipamentos, mas também para a construção, programada e desenhada, de novos bairros dentro da cidade consolidada, apresentando um importante contributo para a “renovação” da cidade na transição do século XIX para o XX. Este fenómeno, evidente no caso de Faro, inscreve-se na sequência de acontecimentos urbanos que marcaram as cidades portuguesas deste período.
  • Do sagrado ao profano: o processo de atribuição de um uso às antigas casas regulares do Algarve
    Publication . Marado, Catarina Almeida
    A análise das extintas casas regulares da região do Algarve, realizada no âmbito da dissertação de doutoramento em Arquitectura intitulada “Património conventual e periferia: a salvaguarda dos antigos espaços conventuais do Algarve”, foi efectuada partindo da identificação de três diferentes fases no seu percurso histórico: conventual, pós-conventual e actual. A fase pós-conventual, que corresponde ao período que seguiu à extinção das ordens religiosas, tem sido ignorada por alguns dos estudos que abordam esta tipologia arquitectónica. Nesse sentido, a escassez de informação disponível relativamente a este momento da vida das antigas casas monásticoconventuais obrigou-nos a desenvolver um maior esforço de investigação documental. Este artigo pretende apresentar os dados recolhidos no contexto desse estudo e analisar, em termos globais, o processo de gestão das extintas casas regulares do Algarve, ou seja, a forma como se procurou garantir a sobrevivência deste conjunto de espaços – edifícios e cercas – através da atribuição de novos usos. Conhecer este processo e as suas consequências – tanto para os edifícios (que passaram de “lugares sagrados” a “espaços profanados”) como para as cidades (que utilizaram muitos destes espaços nas transformações que sofreram a partir da segunda metade do século XIX) – é, em nosso entender, fundamental para a completa interpretação destes bens imóveis de valor cultural.
  • Do sagrado ao profano: o processo de atribuição de novos usos o processo de atribuição de novos usos
    Publication . Marado, Catarina Almeida
    A análise das extintas casas regulares da região do Algarve, realizada no âmbito da dissertação de doutoramento em Arquitectura intitulada “Património conventual e periferia: a salvaguarda dos antigos espaços conventuais do Algarve”, foi efectuada partindo da identificação de três diferentes fases no seu percurso histórico: conventual, pós-conventual e actual. A fase pós-conventual, que corresponde ao período que seguiu à extinção das ordens religiosas, tem sido ignorada por alguns dos estudos que abordam esta tipologia arquitectónica. Nesse sentido, a escassez de informação disponível relativamente a este momento da vida das antigas casas monásticoconventuais obrigou-nos a desenvolver um maior esforço de investigação documental.