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Klautau Malcher de Araujo, Renata

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  • Editorial / Apresentação
    Publication . Oliveira, António Paulo; Valente, Maria João; Araujo, Renata
    O número 12 da revista promontoria é dedicado ao Algarve rural. Este constitui um tema que não é, no presente, fácil de delimitar, em especial, quando é considerado na sua expressão mais abrangente, conferindo especial relevância às atividades e às comunidades. Como a geografia ou o urbanismo não se têm cansado de enunciar, os limites entre o campo e a cidade tornaram-se gradualmente mais difusos. A contraposição tende cada vez mais a ser outra; entre as ‘regiões urbanas’ do litoral e os ‘territórios vagos’ do interior. É o que ocorre também no Algarve, sempre mais exposto à desertificação das áreas serranas, depois de restringido, durante décadas, aos discursos em torno à profunda transformação da orla costeira.
  • Retábulos no Pará e no Maranhão
    Publication . Lameira, Francisco; Mendonça, Isabel; Araujo, Renata
    Os retábulos, enquanto equipamentos litúrgicos e arquitetónicos, foram um dos principais instrumentos de intervenção da igreja católica, atingindo a sua fase de maior esplendor, na região em estudo, nos finais do século XVII e no século XVIII. O património retabular remanescente, concebido e executado por artistas sediados no território, apesar de reduzido, é constituído por alguns exemplares de grande relevância artística, não só no contexto brasileiro, mas também no Mundo português. Este estudo compõe-se fundamentalmente de duas partes. Na primeira apresenta-se uma breve caracterização da região do Pará e do Maranhão, seguida de uma abordagem específica ao património retabular, ainda que uma parte dele já não subsista. Dando continuidade aos anteriores volumes desta coleção, foram analisados os seguintes itens: localização, encomenda, usos e funções, iconografia, materiais e técnicas, tipologias e modelos compositivos, periodização, filiação artística, processo produtivo e oficinas e artistas intervenientes. Na segunda parte figuram dois catálogos ilustrados, um com projetos e estudos de retábulos exclusivamente concebidos e/ou atribuídos ao arquiteto e desenhador António José Landi. O segundo é constituído por fotografias a cores de vinte e dois retábulos, acompanhados da respetiva abordagem crítica. A seleção dos exemplares recenseados neste último catálogo teve em conta diversos critérios. Em termos geográficos foram abrangidos retábulos, quer do Maranhão, quer do Pará, incluindo-se mais exemplares da cidade de Belém, por dispor de um acervo mais numeroso e de maior qualidade. Em relação à cronologia houve a preocupação de testemunhar as diversas conjunturas artísticas, desde os exemplares mais antigos até aos mais recentes, tendo-se valorizado, contudo, os retábulos dos séculos XVII e XVIII, por serem os de maior proeminência patrimonial. No respeitante à qualidade dos retábulos, foi dada preferência não só aos exemplares mais representativos da diversidade funcional e morfológica, mas também aos que denotam algumas especificidades. Finalmente, atendeu-se ao estado de conservação, excluindo-se alguns retábulos que presentemente estão a ser intervencionados ou que o foram de forma menos adequada.
  • O Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
    Publication . Araujo, Renata
    Diz o poeta que “O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia”, mas logo a seguir, e em aparente contradição, diz “Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia”, e explica, “porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia”.1 Numa assumida provocação, gostaria de dialogar com o poeta. É que o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, não apenas porque ele não é o rio que corre pela minha aldeia, mas por que, de certo modo, também o é. Parafraseando Guimarães Rosa, poderia dizer que o Tejo está em toda a parte, em todo o mundo da expansão portuguesa, pelo menos. De facto, é quase um lugar comum referir à dimensão aquática da expansão portuguesa e a estratégia de implantação urbana na orla costeira, ou à beira dos rios, que foi o locus maioritariamente eleito na colonização do Brasil. Como diria o poeta, “toda a gente sabe isso”.2 Contudo, sendo as águas recorrentes cabe, de todos os modos, colocar a questão acerca da relação que as cidades estabelecem com elas. Há, sem qualquer dúvida, e todos nós empiricamente o podemos atestar, o peso da dimensão telúrica da paisagem, que o mar ou o rio, por si sós, potencializam. Exemplos como Olinda, Salvador ou o Rio de Janeiro, tornam absolutamente evidente o quanto a conjugação mar e colinas, que a cultura urbanística da expansão denodadamente buscou, produziu resultados cénicos espetaculares. Nestes casos, não há qualquer pejo em invocar a relação entre Lisboa e o Tejo como matriz. Mas há as circunstâncias em que havendo cidade e rio, não existem os montes por onde se possa, sobranceiramente, alcançar a água com a vista. Esse é o caso das cidades e do rio que corre pela minha aldeia. O rio que corre pela minha aldeia é aqui, evidentemente, o Amazonas e, por extensão, todos os rios que para ele também correm, onde se fundaram as cidades da Amazónia.